domingo, 16 de junho de 2013

Caboclo Tupinambá

Sim, sua vida espiritual vai bem à medida que você observa, analisa e
lapida seu comportamento, suas ações, pensamentos e principalmente seus
julgamentos, frequentemente precipitados e equivocados, a respeito das
pessoas e daquilo que ainda está por vir.
Sim, seu caminho é a Umbanda enquanto você valorizar a experiência
espiritual com os Orixás, Guias e Mensageiros do Astral que se desdobram em
muitas formas para te auxiliar. Seu caminho é e sempre será a Umbanda,
enquanto você acender uma vela e sentir que ela fala contigo, enquanto você
escutar o som do atabaque e seu corpo aquecer num compasso de vibrações e
arrepios, enquanto você sentir o aroma das ervas transmutadas em fumaça ao
contato com a brasa incandescente e for acometido da sensação de estar sendo
transportado para outro lugar, a Umbanda continuará sendo seu caminho
enquanto o brado dos Caboclos te arrepiar, o silêncio dos Pretos Velhos te
emocionar, o gracejo dos Baianos te alegrar, a sinceridade dos Exus te
curvar, a simpatia das Pomba Giras te atrair e a ciranda dos Erês te
relembrar que, apesar dos pesares, o mais importante é não perder a pureza
das crianças.
Sim, seu lugar é no Templo que freqüenta, enquanto os espíritos regentes
ainda forem referências de aprendizado, enquanto você sentir saudade ao
final de cada gira, enquanto os objetivos espirituais e materiais também
forem os seus objetivos, enquanto o sentimento de irmandade não se dissipar
facilmente em momentos de atritos e conflitos naturais, enquanto você
preservar o respeito e lealdade ao seu Sacerdote ."
Sr. Caboclo Tupinambá
Saravá!
Autor: Rodrigo Queiroz

Caboclo Cobra Coral

Foi um índio de origem asteca. Ele é o guia chefe do Terreiro. Na Umbanda ele trabalha na vibração de Xangô, que está presente no cume das pedreiras, nas cachoeiras e nas matas.
Quando falamos do Caboclo Cobra Coral, falamos também da supremacia da Umbanda, que é uma religião, formada dentro da cultura religiosa brasileira incluindo vários elementos, inclusive de outras religiões. Foi no Brasil que os espíritos indígenas de diferentes posições geográficas encontraram dentro de uma Espiritualidade a verdadeira oportunidade de evolução.
Na língua portuguesa, o significado de caboclo é o mestiço de branco com o indígena. A história oficializou o início da Umbanda no Brasil em 1908, com a incorporação do Caboclo Sete Encruzilhadas, porém foram encontradas publicações de que em 1890, o Caboclo Cobra Coral era incorporado por um jovem de 16 anos e que praticava a caridade conforme os fundamentos da Umbanda. O Caboclo Cobra Coral, como todo caboclo, conserva a vibração primária de Oxossi, porém com grande atuação na vibração original da linha de Xangô, que no sincretismo religioso corresponde ao São Jerônimo, representante da Justiça divina, da lei Karmica, é o dirigente das almas, o senhor da balança universal que fortalece o nosso estado espiritual.
Cobra Coral é um índio tranqüilo e sábio, profundo conhecedor das magias e das curas. Conhece os segredos dos animais peçonhentos, sua imagem é de um cacique alto, traz um tacape na mão esquerda e uma cobra coral na mão direita e outra na cintura. Ele não é apenas famoso no mundo físico, também no plano espiritual se conhece bem a sua fama. Muito temido pelos espíritos de ordem inferior, sendo conhecido no submundo astral como “O Grande Cobra Coral”. No submundo astral muito espíritos inferiores e chefes de agrupamentos têm verdadeiro pavor em encontrá-lo. No mundo dos grandes mágicos e magos, ele é conhecido como “O mago do Cajado da Cobra”.
Cobra Coral chefe da falange de origem asteca, foi a encarnação do físico e astrônomo Italiano Galileu Galilei no século XVII, considerado o pai da matemática e do ex-presidente norte americano Abraão Lincoln. A sua última encanação foi no norte do Brasil, na cidade de Cercania fronteira do Pará. O Caboclo Cobra Coral, é o emblema da pureza e da magia. A fé que habita em cada um de nós é particular. Ela cresce se solidifica, e os anos mudam o nosso caráter e cria comportamentos que irão nos diferencias por toda a nossa vida.

 

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Umbanda no fim dos tempos?

Recebi alguns e-mails perguntando o porque do meu sumiço repentino. Posso enumerar diversos fatores que contribuíram para isso mas para aqueles que aspiram a Luz Maior, não é desculpa. Quem quer arruma um jeito, quem não quer, arruma uma desculpa. Logo, nada justifica o meu sumiço repentino. Me desculpem.
Precisei sim, me afastar, rever alguns conceitos, estudar um pouco mais a Doutrina, visitar mais casas, e sim, confesso que a minha decepção pelos adeptos da religião fica cada dia mais evidente. Cada dia que passa, quero menos depender de médiuns e sim, depender única e exclusivamente de mim e dos meus mentores.
Existe um termo muito comentado dizendo “Não sou dono da verdade”, o que eu discordo, eu sou DONO sim da MINHA verdade e da minha concepção de vida, eu sou DONO da verdade que me faz bem, da verdade que me causa alegria, felicidade que me engrandece, sim, eu sou DONO de uma das VERDADES, a que me faz feliz e se adéqua ao meu modo de vida.
Visitando algumas casas, pude verificar o indizível desleixo de muitos sacerdotes, inclusive a sujeira do lugar, seja física ou espiritual, médiuns sem doutrina que ficam digladiando em toda a corrente, machucando outros médiuns, derrubando atabaques. Infelizmente é incrível quando a religião realmente se adéqua à massa, fica submersa a uma ignomínia infinita.
Sim, estou decepcionado com toda a vaidade que presencio dentro dos centros que visitei, um “mentor” querendo aparecer mais do que o outro, um médium recebendo quatro, cinco caboclos em um mesmo trabalho, um baiano que só toma bebida refinada, outra entidade dizendo que só fuma cubano.
Sim, estou indignado com a hipocrisia, com o ego, com a vaidade presente e preponderante nos terreiros, tenho saudades dos preto-velhos que se não tinha o seu fumo para acender o cachimbo, usavam de qualquer outro artifício para causar o “fumacê”, saudade dos caboclos que não exigiam Heineken ou Serra Malte, e sim, um suco para que pudessem completar sua mandinga, saudades dos exus, que não precisavam ostentar suas capas de cetim aveludado, que podiam fazer qualquer trabalho com Marafo e não “Red Label”. Saudades dos exus que trabalhavam de forma eficiente com um cigarro “Derby” e não charuto cubano importado aromático.
É minha gente… É o antropomorfismo hediondo e ignorante prevalecendo nos terreiros, é a falta de doutrina, de estudo e o oportunismo exacerbado de muitos sacerdotes e até mesmo médiuns que se aproveitam da ignorância dos que ali, desesperadamente adentram a procura de socorro.
Ultimamente o que eu ando reparando de guias “chiques”, que só tomam coisas de primeira, que exigem a sua roupa para trabalhar, que a roupa tem que ser de tecido fino, desculpem-me, se for pra depender de guias que ainda infla mais o meu ego, que não me ensina o valor da simplicidade e sim do status, ignoro e aprendo pelos meus próprios passos.
Simplicidade e Humildade não são questionáveis, qualquer imbecil sabe o que é e se essa guerra de vaidades dentro do terreiro é correta, sim, prefiro uma boa literatura a seguir exemplos tão vis.
Isso porque nem vou querer entrar no detalhe daquele show gastronômico, vamos encher a barriga do Orixá para ter o meu pedido realizado… Não consigo limitar a linha entre o fanatismo e a ignorância, infelizmente!
O maior dos problemas da Umbanda, indubitavelmente é a MISTIFICAÇÃO, seja consciente ou inconsciente.
Sei que serei criticado duramente com esse post, mas não me importo, não vivo disso, e tenho plena consciência do amor pelos meus mentores e pela seriedade que sempre levei a religião, ao contrário de muitos, não procurei desde cedo por cobrança, e sim por curiosidade e amor, a bandeira da prática da caridade, o altruísmo incondicional e o amor recíproco entre terrícolas e habitantes de outro plano.
O que infelizmente presencio hoje é um arsenal de médiuns despreparados,  com a comunicação, ou como queiram dizer, incorporação, em um estado deficiente, dando consultas, utilizando elementos de baixa vibração para trabalhar com magia, presencio “mentores” dando consulta e dizendo coisas infundáveis, desagradáveis, mentores que possuem os mesmos erros do seu próprio médium. Um guia de luz denunciando quem é que enviou a demanda, delatando familiares… Que guia de luz é esse que ao invés de solucionar o problema prefere disseminar a discórdia, a vingança e o ódio delatando quem foi o emissor da demanda? Será que eu que sou tão ignorante a ponto de discordar disso ou tem alguma coisa errada?
Me pergunto exaustivamente, onde iremos parar? Muitos vão dizer: A Espiritualidade sabe o que faz e nós em nossa limitada ignorância não devemos questionar. Sim, é a mesma desculpa que outros fanáticos de outras doutrinas utilizam para o que não podem explicar ou que suas mentes trevosas não podem conceber.
Eu realmente fico triste de como a religião mudou em 15 anos, tenho inveja daqueles que a conheceram ainda antes que eu e puderam sim, presenciar essa maravilhosa doutrina em toda sua essência, sinto imensurável tristeza e me questiono de forma exacerbada:  Onde Vamos Parar???
É médium falando: Eu tenho um pé de Dança maravilhoso, o meu guia dança que é uma beleza, sem falar em médiuns que utilizam suas pombagiras de forma demasiadamente vulgar porque não possuem a coragem de se assumirem e aceitar quem são.
Cada vez que mais adeptos adentram à religião, menos preparados estão os sacerdotes e mais banalizada fica a religião.
Importante salientar que não estou dizendo que existem casas sérias, em nome de Deus, rogo que existam, existem casas que o axé ainda é forte, que existe estudo, existe preparo, existe direção, mas são poucas, quase raras. Visitei dezenas de terreiros esse ano que passou, e posso falar com propriedade, de uns 50 visitados, 2 em minha concepção eu digo, vale a pena explorar a corrente. Obvio que desses dois, capaz de entrar e começar a fazer parte da corrente, muito “podre” será exposto, como um deles mesmo, o sacerdote dormia com os ogãns.
Saudades daquela Umbanda simples, de médiuns dedicados, daquele guia que falava e você poderia SEGUIR COM FÉ que dava certo, saudades daquelas mandigas de onde o consulente voltava pra agradecer, saudades daquela simplicidade e eficiência que havia na Umbanda.
Sinceramente, eu em minha limitada existência desconheço os desígnios da Espiritualidade, mas sou de uma filosofia deísta, Deus existe, mas outras forças atuam em nosso plano, e acho pura hipocrisia deixar essa responsabilidade para a espiritualidade, não acredito em um Deus interferente, porque senão o que seria do Livre Arbítrio?
Penso eu que a Espiritualidade está assistindo com Tristeza o futuro de tal maravilhosa religião, sem poder interferir de forma eficaz, porque o Livre Arbítrio é Sagrado, então cada um colherá o que plantou, mas até aí, o que será da Imagem da Religião?
Profundamente chateado com tudo o que eu vi, presenciei, tenho certeza que para muitos o que falei é normal, é aceitável, mas para mim que questiono e reflito sobre tudo, se for procurar bem mesmo e com calma, vão perceber que está tudo errado!
Neófito da Luz.

Vibração Iansã

De acordo com o panteão Umbandista é a Orixá dos Ventos, a Deus dos raios, a guerreira de Aruanda. É a Rainha do Jacutá. Suas cores é o amarelo, também utilizam o marrom para Iansã dependendo da forma de trabalho do centro e também já vi utilizarem o vermelho ou o rosa.
Seu sincretismo é Santa Barbara. Suas incorporações variam de casa para casa, às vezes se apresentando com uma guerreira dançando com sua espada, às vezes dançando com o leque simbolizando o elemental ar, sendo assim, o vento e quando vibra nas águas, pode apresentar-se chorando. Depende muito de onde a Iansã do filho está imantada, se está pura, se está na vibração de Xangô ou Ogum ou até mesmo Oxum ou Iemanjá. Depende única e exclusivamente da linha do médium.
Seu dia é quarta-feira e vibra normalmente junto com a irradiação de Xangô, o dia de suas festividades normalmente ocorrem no dia 04 de dezembro, dia de Santa Barbara. Normalmente sua oferenda é vinho tinto ou branco ou até mesmo champagne, frutas das mais variadas, também já presenciei colocarem feijão fradinho no dendê com cenouras cozidas. Velas amarelas ou brancas, dependendo da casa, pode usar o marrom ou até mesmo o vermelho. Sua saudação é “Epahei”
A vibração Iansã atua no Ar, o elemento que segundo os hindus é onde carrega o Prana, a energia criadora do Universo, nela trafega toda a energia Divina que nos anima, é no ar que está o oxigênio, o símbolo primordial do elemento Vida, junto com a água. Dizem os Estudos Iniciáticos que é o Ar que transmite essa Energia incriada Universal.
Como existem vibrações e algumas delas podem se entrelaçarem, já senti como elementar de Iansã também o Fogo, o elemento do Poder Físico, do que nos impulsiona às lutas. Mas como vibração oriunda característica é o ar. Mas também pode existir Iansã que vibre na água.
A Energia de Iansã também é a força da Guerra, é a vencedora de demandas, a guerreira de Aruanda, é aquela que protege seus filhos com a mesma Energia de Guerra de Ogum. Também é sincretizada como a senhora dos Eguns, espíritos desencarnados segundo o panteão Umbandista, é a que encara a morte, que tem livre arbítrio entre os Mundos. Um fato curioso que ajuda a corroborar com tal afirmação é que Iansã raramente traz um caboclo de pena e sim um caboclo de couro, também conhecido por nós como boiadeiros, e são exímios domadores de eguns, é uma linha excelente para desmanchar e até quebrar feitiços de eguns entre outros tipos de obsessão dos mesmos.
Sua vibração nos impulsiona à luta, à coragem, à gana de vencer. Sua falange é muito pouco conhecida e conheci poucos caboclos que trabalham sob sua irradiação, geralmente são os caboclos que trazem como nome sua vibração, Ventania, caboclo dos Ventos, Sete Ventos, Sete Raios, Raio Dourado, conheci muito mais caboclos boiadeiros que atuam sob essa falange.
Os animais de Iansã carregam sua força e poder de guerra, são considerados os búfalos, bois, falcões, águia, entre outros que vivem em savanas e selvas africanas.