segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Horas na Umbanda

As horas da Umbanda, são controladas por um Orixá independente dos demais, pouco conhecido, chamado ORIXÁ TEMPO, que é o determinante do envio das vibrações cósmicas, assim como o momento exato da utilização do ritual necessário. Como estamos encarnados no terceiro planeta, do sistema solar, controlado por uma estrela de 5ª grandeza, da 2ª Galáxia, um planeta presídio por nós chamado de Terra, temos que nos atentar ao sistema de contagem de tempo do mesmo, embora que não muito consonante com o Tempo Real. Baseados na nossa forma de contagem de Tempo, a Umbanda divide as horas de um dia em três tipos diferentes, a saber:
· Horas Abertas
· Horas Fechadas
· Horas Neutras
HORAS ABERTAS
São consideradas horas abertas na Umbanda, as não classificadas como neutras ou negativas, portanto, positivas para a feitura de qualquer dos trabalhos abaixo enumerados:
1. Mentalização
2. Vidência
3. Irradiação
4. Agrados
5. Amalás
6. Amacís
HORAS FECHADAS
São aquelas que, nenhum dos atos ritualísticos ou litúrgicos descritos acima podem ser efetuados. São consideradas horas fechadas, os 15 minutos anteriores e posteriores à HORA PEQUENA e à HORA GRANDE, ou seja, de 11:45hs às 12:15hs, assim como também de 23:45hs às 00:15hs, horas que são destinadas à entrega de EBÓS, DESCARREGOS, ou o emprego da Força Negativa para a prática do bem.
Nestas Horas Fechadas, não se deve praguejar, amaldiçoar, discutir, entrar ou sair de lugares cobertos e freqüentar locais espúrios.
HORAS NEUTRAS
São aquelas em que qualquer tipo de Ato Litúrgico ou Ritualístico é dado a cada um segundo o seu mérito.
Estas Horas Neutras da Umbanda são muito utilizadas no Esoterismo e classificadas como HORAS TERÇAS e HORAS NONAS (6hs e 18hs).
NOTA: Excetuando-se as Horas Negativas e Neutras, todas as outras horas do dia são consideradas como positivas.
Das 7 Linhas da Umbanda, apenas três podem interferir e alterar o ritual praticado em todas as horas:
1. A Linha de Oxalá
2. A Linha das Senhoras (OXUM, IEMANJÁ, IANSÃ e NANÃ)
3. IBEJI
A Paz de Cristo
Texto recebido do grupo Povo de Aruanda.
 Fonte http://estudoreligioso.wordpress.com/2009/02/19/horas-na-umbanda/
Contribuição da médium Aline. 

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Cigana Linda

Cigana linda, que és dona da natureza, ardilosa no falar, de olhar penetrante que busca o interior de nossa alma: as diversas encarnações te levaram a conhecer os mistérios, a magia do mundo espiritual e, em tua evolução, procuras nos ajudar.
Quantos pedidos e clamores te fazem no dia-a-dia que, com o estalar dos dedos, qual castanhola harmonizada ou o tilintar de tuas moedas, atendes, dando solução para os problemas mais difíceis.
Rindo encantas, és atração mais forte que a própria luz. Em noites enluaradas, ao som mágico dos violinos, te apresentas em volta da fogueira brilhante, com a chama do amor e da verdade.
Em nossas mãos buscas, pelas linhas traçadas, desvendar o que o porvir nos assegura e, em tuas cartas, nos orientas no caminho a seguir; porém, quando a ti estamos ligados, repentinamente mudas de direção, esquecendo-te que és um oásis no deserto e por isso te pedimos: Cigana, deixa apenas por um momento de ser nômade e fica junto a nós.

Mamãe Oxum


É incrível o número de pessoas que nos procuram pedindo por orações para serem feitas aos Orixás. Embora a melhor oração seja aquela que fala o que vai em seu coração, sei que para algumas pessoas, principalmente os iniciantes, é importante ter em mãos uma oração preparada exclusivamente para aquele Orixá, com as palavras que ele mesmo gostaria de dizer mas que em alguns momentos simplesmente não sabe como. Para os dirigentes de Terreiros essas orações prontas podem ser muito úteis para entregar aos assistidos que necessitem em dias de gira. Sendo assim, vamos começar hoje uma série de artigos que serão postados regularmente trazendo orações aos Orixás. E nada melhor do que começar pela Orixá que saudamos este mês: nossa Mamãe Oxum!
Oxum é a Mãe da água doce, Rainha das cachoeiras, dona da fertilidade e da vida. É o amor verdadeiro e incondicional, aquele amor puro, real, maduro e solidificado. Essa Orixá está ligada também ao casamento, à união entre pessoas, à prosperidade, ao ventre da mulher, à fecundidade e às crianças. Podemos dizer então que, por consequência, Oxum está intimamente ligada à felicidade. A Ela pedimos que acalente e alimente nosso coração tornando-o  forte e amoroso como suas qualidades Divinas. Assim como a água Oxum está em tudo pois se amamos algo ou alguém é porque Ela está dentro de nós.
Suas cores são amarelo dourado ou cor de rosa, suas pedras ametista ou quartzo rosa e seus pontos de força são as cachoeiras, os rios e as nascentes. É sincretizada com diversas Nossas Senhoras, na Bahia ela é tida como Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora dos Prazeres homenageada muitas vezes dia 2 de fevereiro junto com Iemanjá, no Sul do Brasil ocorre o sincretismo com Nossa Senhora da Conceição sendo homenageada no dia 8 de dezembro e no Centro-Oeste e Sudeste é associada ora com denominação de Nossa Senhora ora com Nossa Senhora Aparecida, homenageada então dia 12 de outubro.
Oração à Oxum:
Saravá Mamãe Oxum. Saravá Protetora dos velhos, das crianças e dos desamparados. Benditas são suas águas que lavam meu ser e que me livram do mal. Oxum, Divina Rainha, bela Orixá, venha a mim caminhando na Lua cheia e estendei o Vosso Manto sobre minha cabeça. Traga Mãe, em suas mãos, os lírios do amor e da paz. Torne-me doce, sedutora e suave como és. Daí-me forças para não cair estenuado pelo cansaço e pelo desânimo. Dai-me forças para que eu não me perca nos caminhos da ingratidão e da descrença. Amparai-me com o Vosso Poder, para que eu não me enverede pelas estradas escuras do pecado, da ambição, do ódio e da maldade. Afastai de meu coração o sentimento de vingança. Dai-me forças para saber perdoar os que me ofendem, os que me insultam, os que me perseguem e os que me humilham. Que o amor seja constante em minha vida. Que eu possa amar a tudo que existe. A Vós Mamãe Oxum, que sois o reflexo divino do Amor, ergo as minhas preces em agradecimento pelas bênçãos que recebo e que irei receber através de Vossa interseção junto ao Pai Oxalá. Nas águas das cachoeiras, nos lagos e nos rios, a Vossa força irradia proteção e luz para os sofredores, os enfermos e os angustiados. Ajoelho-me ante o Vosso manto luminoso e suplico com toda a minha fé que não me abandone nas horas de aflição e amargura. Ajudai-me Mamãe Oxum, protegei-me agora e sempre. Perdoe-me pelas minhas falhas. Perdoai os meus erros e as minhas omissões. Lançai o esplendor da Vossa Luz em meus caminhos para que minha humildade se transforme em força, afim de chegar até Vós. Saravá Mamãe Oxum. Orá iiê Oxum.

A Linha dos Baianos

A linha dos baianos .
DEPOIMENTO
 Durante minha caminhada como umbandista, tive a oportunidade de conhecer a amada linha dos Baianos e suas entidades que representam toda a alegria e descontração de um povo que mesmo tendo uma vida sofrida e cheia de dificuldades quando encarnados, traz toda a esperança e fé em dias melhores, numa mensagem de positivismo, humildade e por vezes com muita braveza.
Por muitos anos e em muitas casas a linha dos Baianos não era aceita, pois havia o argumento que logo surgiriam outras linhas com nomes de estados, porém, o que se notou foi que mesmo entidades que num determinado momento que encarnaram em outros estados do norte e nordeste brasileiro, tendem a fazer parte desta linha de trabalho.
Um exemplo disso é o Sr. Zé Pelintra, que ao que tudo indica nasceu no estado de Alagoas e que geralmente vem na linha de trabalho dos Baianos.
Veja que, esta linha é uma linha de trabalho comum em São Paulo, enquanto em outros estados trabalha-se mais com a linha dos Malandros, em que também se tem a presença do Sr. Zé Pelintra.
A linha dos Baianos é excelente para atuar na quebra de demanda e atuam tanto na Direita como na Esquerda e, quando isso acontece, algumas casas denominam como sendo a “virada de Baianos”.
Baianos que conheci durante essa caminhada entre eles, Maria do Coco, Severino, Zé do Coco, Sr. Zé Pelintra ou o primeiro que tive contato que simplesmente denominava-se Baiano, entre outros, deram-me lições de vida impressionantes, como o senso de justiça, a humildade, a simplicidade, a fé e a alegria de viver mesmo com todas as dificuldades.
Mostraram-me que ter autoconfiança é extremamente importante, porém não deve ser confundido com auto-suficiência. Mostraram, ainda, que a fé deve ser pautada num momento de lucidez e não usada como muleta. E que a espiritualidade esta sempre atenta e alerta para ajudar aqueles que se ajudam.
Esta linha, boa de papo, boa de história, boa de ensinamentos e boa de trabalho, faz com que nossas giras fiquem alegres toda vez que eles nos brindam com sua presença.
SALVE O GRANDE CRUZEIRO DA BAHIA, MEU PAI!!!
Jairo Pereira Jr. - 2009
Professor de Economia e Matemática
35 anos, casado, 1 filha e Umbandista
http://umbandaemdebate.blogspot.com/2009/01/linha-dos-baianos.html
 Durante muitos anos a linha dos baianos foi renegada e os trabalhos feitos com ela eram vistos com restrições. Dizia-se que por não ser uma linha diretamente ligada às principais, era inexistente, formada por espíritos zombeteiros e mistificadores. Aos poucos eles foram chegando e tomando conta do espaço que lhes foi dado pelo astral e que souberam aproveitar de forma exemplar. Hoje se tornaram trabalhadores incansáveis e respeitados, tanto que é cada vez maior o número de baianos que está assumindo coroas em várias casas. A alegria que essa gira nos traz é contagiante. Os conselhos dados aos consulentes e médiuns demonstram uma firmeza de caráter e uma força digna de quem soube aproveitar as lições recebidas. Atualmente já temos o conhecimento de que fazem parte de uma sublinha e nessa designação podem vir utilizando qualquer faixa de trabalho energético, ou seja, podem receber vibrações de qualquer das sete principais. Têm ainda um trânsito muito bom pelos caminhos de exu, podendo trabalhar na esquerda a qualquer momento em que se torne necessário. Cientes dessa valiosa capacidade, nós dirigentes, sempre contamos com eles para um desmanche de demanda ou mesmo sérios trabalhos em que a magia negra esteja envolvida. Com eles conseguimos resultados surpreendentes. Os que não admitem essa linha como vertente umbandista defendem sua posição criticando o nome que esses espiritos escolheram para seu trabalho. Já ouvi coisas do tipo “Daqui a pouco teremos linhas de cariocas, sergipanos, etc.” Esquecem eles que a Bahia foi escolhida por ser o celeiro dos orixás. Quando se fala nesse estado, nossos pensamentos são imediatamente remetidos para uma terra de espiritualidade e magia. O povo baiano é sincrético e ecumênico ao extremo, nada mais natural que sejam escolhidos para essa homenagem de lei que é como se deve ver a questão. Vale ainda lembrar que nem todos os baianos que vêm à terra realmente o foram em suas vidas passadas, esses espiritos agruparam-se por afinidades fluídicas e dentre eles há múltiplas naturalidades. É evidente que no inicio a Umbanda era formada por legiões de caboclos, preto-velhos e crianças, mas a evolução natural acontecida nestes anos todos fez com que novas formas de trabalho e apresentação fossem criadas. Se a terra passa por constantes mutações porque esperar que o astral seja imutável? O que menos interessa em nosso momento religioso são essas picuinhas criadas por quem na verdade, não defende a Umbanda, quer apenas criar pontos polêmicos desmerecendo aqueles que praticam a religião como se deve, dentro dos terreiros, onde abraçamos a todos os amigos espirituais da forma como se apresentam.
 Luiz Carlos Pereira
 http://povodearuanda.wordpress.com/2007/09/24/os-baianos-na-umbanda/
 O Baiano representa a força do fragilizado, o que sofreu e aprendeu na “escola da vida” e, portanto, pode ajudar as pessoas. O reconhecido caráter de bravura e irreverência do nordestino migrante parece ser responsável pelo fato de os baianos terem se tornado uma entidade de grande freqüência e importância nas giras paulistas e de todo o país, nos últimos anos. 
De um modo geral, Baianos são tidos como pessoas alegres e teimosas em afirmar sua identidade cultural. Os baianos da Umbanda são guias que mesclam características da direita e da esquerda, nas giras ele se apresenta com forte traço regionalista, principalmente em seu modo de falar cantado, diferente, eles são “do tipo que não levam desaforo pra casa”, possuem uma capacidade de ouvir e aconselhar, conversando bastante, falando baixo e mansamente, são carinhosos e passam segurança ao consulente que tem fé.
Os trabalhos com a corrente dos Baianos, trazem muita paz, passando perseverança, para vencermos as dificuldades de nossa jornada terrena.
Cor: branco, amarelo e laranja (dependendo da escala de evolução).
Características: Curas e feitiços (7 linhas).
Ferramenta: cigarros, velas, guias e etc.
Guia: sementes de coco (coquinho)
Bebidas: batida, água de coco e vinho tinto doce.
Comidas: farofa, vatapá, acarajé, caruru, melancia com farinha, coco, cocada e etc
Local: reino, matas, natureza
Comemoração: 25 de Novembro ou 12 de Janeiro (Senhor do Bonfim)
Saudação Baiano: Salve o Senhor do Bonfim
http://religiaoespirita.com/umbanda/linha-dos-baianos/
Os Baianos formam uma corrente de entidades que ao desencarnar, apesar da afinidade com o culto ao Orixá (muitos foram sacerdotes), não tinham o grau de preto-velho, estabeleceram uma egrégora de trabalhadores do astral que com o tempo reconhecida pela Umbanda passaram a ter a oportunidade do trabalho ativo e incorporante, acharam por bem batizar como linha dos Baianos como homenagem a origem dos primeiros formadores desta corrente e a Terra que tão bem acolheu o Orixá no Brasil. São muito ativos, despachados e descontraídos. Bons orientadores e doutrinadores, tem facilidade em lidar com o desmanche dos trabalhos de kimbanda e magia negra. Usam colares de cocos e sementes. Tendo na sua forma de trabalhar muito das qualidades de Iansã, por serem movimentadores e irrequietos, combinam esta forma de trabalha com sua natureza onde cada um se mostra regido por um Orixá diferente assim trazendo para a gira a força das sete linhas da Umbanda. Suas oferendas podem ser feitas ao pé de um coqueiro ou no ponto de força do Orixá que rege o baiano a ser oferendado. Gostam de festas comidas típicas da Bahia e batida de coco. Como cumprimento dizemos simplesmente: "É da Bahia meu Pai... Salve a Bahia" ou "Salve os baianos".
Água de coco, batida de coco, uma "branquinha", e a tradicional farofa, com acarajé, um peixe, ou qualquer coisa que só de sentir o cheiro nos remete a mágica Bahia de todos os santos.
Na Umbanda trazem uma mensagem de conforto por estarem mais próximos do nosso tempo. Os baianos eram antigos Babalorixás, ou pessoas que de uma certa forma viveram no sertão do Nordeste e trouxeram uma expectativa de vida para a região. Muitos dos baianos são descendentes de escravos que trabalharam no canavial e no engenho. Os baianos têm um conhecimento muito grande das ervas e do axé. Falam com sotaque arrastado, igual ao povo que ainda mora na Bahia. Muitos baianos também podem pertencer a vida de algum médium (avô, bisavô, tio-avô, etc) para ajudar a família e assim acaba também ajudando aos demais.
Cor : branco
Guia : sementes de coco (coquinho)
Vestes : Roupa branca e casaco de couro. Usa chapéu de couro.
Bebidas : batida e/ou água de coco
Comidas : farofa, melancia com farinha, coco, cocada e etc.
 http://www.umbandadeluz.com.br/page32.html

Pontos Riscados na Umbanda

 pontos cabalísticos riscados com Pemba de calcário representam uma grafia de projeção bidimensional de símbolos que se revestem de todo poder mágico, que as forças cósmicas lhe oferecem. Muitos tentaram, mas não conseguiram mostrar os fundamentos ocultos da lei de Pemba, ou dos pontos riscados. É por isso que não se pode copiar e nem interpretar tais pontos.
Só a umbanda sagrada pode faze-lo justamente por ser escritas por Guias, que evocam os sagrados orixás e sabem o significado do que fazem.
CONCEITOS DE PONTOS RISCADOS:
Para o Umbandista, o ponto riscado é um instrumento para os trabalhos magísticos efetuados para entidades, afinal de contas ele possui um grande significado e valor mágico.
Na verdade é o selo, o cartão de visitas, a identificação, o brasão e bandeira da entidade. É uma espécie de campo de força onde o instrumento utilizado pela entidade em seu efetivo campo de trabalho é a Pemba. E esta maneja as forças de sorte a lhe conferir afinidade com a entidade, identificado a quem ela se subordina, nem como os seus domínios ao ser usado para riscar o ponto.
Pode-se afirmar que a Pemba e um instrumento sagrado da Umbanda, pois nada pode se fazer com segurança sem os pontos riscados. A Pemba e confeccionada em calcário e modulado em formato ovóide alongado, e serve para, para ao riscar, estabelecer ritualisticamente o contato vibratório com as energias cósmicas.
Os pontos riscados são verdadeiros códigos registrados e sediados ao mundo espiritual, eles identificam poderes, tipos de atividades, e os vínculos iniciáticos da falange. Quando são traçados sem conhecimentos de causas, não projetam sua grafia luminosa e não passam de rabiscos inócuos. Como podemos ver, os pontos riscados é magia, então para se utilizar deles é necessário o devidos conhecimentos.
Riscar um ponto de traz para frente é inverter ou perverter a força da magia. Então não basta ver um ponto no livro para risca-lo sem o devido conhecimento. O mau uso do ponto riscado pode levar as conseqüências imprevisíveis, comparáveis as de um leigo em assuntos de eletricidade, entrando numa casa de forças e pondo-se a manejar as chaves ou embaralhar os fios, com o que acabara de provocar curtos circuitos, incêndios e eletrocussões em si e nos outros.
Um ponto riscado pode ser usado, dependendo do trabalho ou cerimônia a ser realizada, utilizando Pemba, marrafo (pinga) Fundanga (pólvora) Azeite, com o ponteiro na areia ou ate mesmo mentalmente, o que requer muita prática. Mas lembre-se: só se utiliza a pólvora ou pinga com autorização superior.
Quanto ao uso da Pemba, estudo o sentido e o valor das cores, só utilize a Pemba preta aquele que foi autorizado para tal. No umbanda o mais usual é o trabalho com a Pemba branca, azul, verde e amarela, também é usual a cor derivada do vermelho. Lembrem mais uma vez que todo ponto riscado é magia, com todo significado da sua grafia e ondas vibratórias. Por exemplo, a suástica como símbolo sagrado, cujas utilizações dadas há tempos imemoriais, símbolo este utilizado mesmo pelos Papas da religião católica, teve suas ondas invertidas pelo pseudo-arianos e como símbolo, acobertou e direcionou a Segunda Guerra Mundial.
Outro símbolo também muito conhecido e adotado como símbolo de alta magia é a conhecida estrela de Davi, ou a estrela de seis pontas, que hoje sabemos através do conhecimento revelados aos Umbandistas, tratar-se da estrela do equilíbrio, ou seja, estrela do trono da justiça de Deus, que o nosso divino pai Xangô-yê.
É interessante também observar que, quando um filho de Umbanda se apresenta perturbado dentro de um templo, muitas vezes notamos o Babalorixá cruzar seu corpo com Pemba. Isto representa a escrita divida, através da magia para chamar a razão à entidade obsessora, a fim de que ela possa conhecer através deste traçado cabalístico, o seu erro e abandonar este filho que ate então obsidiava.
Assim pode-se afirmar sem sombra de dúvida, que sem os pontos riscados nada de poderia fazer com seguranças,
Comentários finais:
O que é uma bandeira, senão o símbolo de uma nação. O que é uma rubrica, uma assinatura, se não a representação gráfica de um homem, ou mesmo de uma entidade?
Assim o ponto riscado, é o Brasão, a Bandeira, o cartão de visitas da entidade espiritual manifestante no umbanda. Irmão umbandista pratique a magia com sabedoria, pois ao utilizar a magia contra alguém, muitas criaturas poderão ter suas vidas prejudicadas, pois mesmo sem atingir o alvo, a lei do retorno é inevitável.



Os Pontos Cantados na Umbanda

 dos fundamentos de vital importância par a harmonização e eficácia dos trabalhos dentro de um templo umbandista é, sem dúvida, o que diz respeito aos Pontos Cantados (curimbas).
Em tempos imemoriais, o Homem materialista e ligado quase que exclusivamente aos aspectos físicos que o circundavam, tomado de profundo vazio conscienciosa, resolveu traçar caminhos que o fizesse resgatar a verdadeira finalidade de sua existência. Alicerçado em princípios aceitáveis, passou a buscar o elo de ligação para com o Criador, a fim de se redimir do tempo perdido e desvirtuado para outras ações.
Uma das formas encontradas para a reaproximação com o Divino foi a música, onde se exprimiam o respeito, a obediência e o amor ao Pai Maior. Desta forma, os cânticos tornaram-se um atributo socio-religioso, comum a todas as religiões, onde cada uma delas, com suas características próprias, exteriorizavam sua adoração, devoção e servidão aos desígnios do Plano Astral Superior.
A Umbanda, nossa querida religião anunciada no plano físico em 15 de novembro de 1908, em Neves, Niterói – RJ, pelo espírito que se nominou Caboclo das Sete Encruzilhadas, também recepcionou este processo místico, mítico e religioso da expressão humana. Nos vários terreiros espalhados pelas Terras de Pindorama (nome indígena do Brasil), observamos com fé, respeito e alegria os vários pontos cantados ou curimbas, como queiram, sendo utilizados em labores de cunho religioso ou magístico.
Em realidade os Pontos Cantados são verdadeiros mantrans, preces, rogativas, que dinamizam forças da natureza e nos fazem entrar em contato íntimo com as Potências Espirituais que nos regem. Existe toda uma magia e ciência por trás das curimbas que, se entoadas com conhecimento, amor, fé e racionalidade, provoca, através das ondas sonoras, a atração, coesão, harmonização e dinamização de forças astrais sempre presentes em nossas vidas.
A Umbanda é capitaneada por sete Forças Cósmicas Inteligentes, que são as principais e que, por influência dos Pretos-Velhos, receberam os nomes de Orixás, sendo que a irradiação ou linha de Oxalá (Cristo Jesus), precede todas as demais, razão pela qual as comanda. Todas estas irradiações têm seus pontos cantados próprios, com palavras-chave específicas e a justaposição de termos magísticos, de forma que o responsável pela curimba deve Ter conhecimento do fundamento esotérico (oculto) da canção.
Temos visto em algumas ocasiões determinadas pessoas até com boas intenções, mas sem conhecimento, "puxarem" pontos em horas não apropriadas e sem nenhuma afinidade com o trabalho ora realizado. Tal fato pode causar transtornos à eficácia do que está sendo feito, uma vez que podem atrair forças não afetas àquele labor, ou ainda despertar energias contrárias ao trabalho espiritual.
Quanto à origem, os pontos cantados dividem-se em Pontos de Raiz (enviados pela espiritualidade), e Pontos terrenos (elaborado por pessoas diretamente) Os Pontos de Raiz ou espirituais jamais podem ser modificados, pois constituem-se em termos harmoniometricamente organizados, ou seja, com palavras colocadas em correlação exata, que fazem abrir determinados canais de interação físico-astral, direcionando forças para os mais diversos fins (sempre positivos).
No que concerne aos Pontos cantados terrenos, a Espiritualidade os aceita, desde que pautados na razão, bom senso e fé de quem os compõe.
Às vezes, porém, nos deparamos com algumas curimbas terrenas que nos causam verdadeiro espanto, quando não tristeza. São composições "sem pé nem cabeça", destituídas de fundamento, com frases ingênuas e sem nenhum nexo, chegando algumas a denegrirem os reais valores umbandistas.
Cantam curimbas por aí dizendo que Exu tem duas cabeças; que Bombogira (Pombagira) é prostituta e mulher de sete maridos; que Preto-Velho é feiticeiro e mandingueiro; que o Orixá Nanã mora na lama dos rios; que Ogum é praça de cavalaria, e outras incoerências mais.
E quanto ao plágio (cópia adulterada) leitores ? Aí é que a questão se agrava. É que alguns "espertos" andam a visitar terreiros, ouvindo e decorando pontos pertencentes àqueles templos. Voltam à tenda onde trabalham ou dirigem, e começam a cantar os pontos aprendidos, com algumas alterações, para disfarçar é claro, e dizem a terceiros que as curimbas são de sua autoria ou de suas "entidades". Além de modificarem pontos que podem ser de raiz, estão sujeitos a serem desmascarados quando alguém toma conhecimento da origem e da real letra das curimbas.
Quanto à finalidade, os Pontos Cantados podem ser:
Pontos de chegada e partida; Pontos de vibração; Pontos de defumação; pontos de descarrego; Pontos de fluidificação; Pontos contra demandas; Ponto de abertura e fechamento de trabalhos; Pontos de firmeza; Pontos de doutrinação; Pontos de segurança ou proteção (são cantados antes dos de firmeza); Pontos de cruzamento de linhas; Pontos de cruzamento de falanges; Pontos de cruzamento de terreiro; Pontos de consagração do Congá; e outros mais, consoante a finalidade a que se destinam.
Vimos pelo acima exposto que as curimbas, por serem de grande importância e fundamento, devem ser alvo de todo o cuidado, respeito e atenção por parte daqueles que as utilizam, sendo ferramenta poderosa de auxílio aos Pretos-Velhos, Caboclos, Exus, e demais espíritos que atuam dentro da Corrente Astral de Umbanda.

Quem é o Ogã?

É um médium responsável pelo canto e pelo toque.
Qual sua importância no terreiro de Umbanda?
Ocupa um cargo de suma importância e de responsabilidade dentro dos rituais de Umbanda, pois ele é quem conduz a Curimba (conjunto de vozes e toques do atabaque) ajudando nos trabalhos com seus toques e cantos saudando os Orixás, chamando as entidades (guias) e quebrando qualquer energia negativa que esteja no terreiro.
Além disso, imagine um terreiro sem o som do atabaque, apenas com os cantos. Não seria a mesma coisa. A gira não teria tanta força e beleza!
Firmeza antes de começar os trabalhos:
Em toda casa existe um Ogã chefe, este, antes dos pais de santo iniciarem o trabalho, precisa junto com os outros Ogãs fazerem um prece direcionada aos orixás, mas principalmente para a linha que vai estar em Terra durante os trabalhos (exemplo: linha dos marinheiros). Independente da linha que estiver em Terra, os Ogãs não podem nunca esquecer de saudar os boiadeiros, pois estes são os guias que "cuidam" do atabaque.
Observação: É muito importante que o Ogã esteja em sintonia com a gira durante os trabalhos. É preciso que ele mantenha a concentração no que esta fazendo (tocando), esteja bem espiritualmente e esqueça durante a gira de qualquer problema e negativismo que estiver passando pela sua cabeça para que não haja um deslize de concentração, não saia do ritmo e não passe para os outros os seus problemas.
O Ogã, o atabaque, a Curimba, são peças fundamentais em toda e qualquer gira de Umbanda!