sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Médiuns Imperfeitos - Um Verdadeiro Aprendizado

 Comentários de um Pai de Santo
Um médium não é um santo!
Ele é apenas um ser humano comum, empossado de uma grande missão junto ao próximo.
Os médiuns quando sérios em sua missão, compreendem que a mediunidade é coisa santa com origem em Deus, que lhes concede a missão mediúnica para que o médium possa evoluir através dela.  Portanto, um médium não é melhor ou superior aos seus irmãos e em muitos casos ou na maioria deles, o fenômeno ocorre ao contrário.
A mediunidade não é um dom para que uma vez desenvolvida, se possa cobrar por seu uso.
A mediunidade é tão comum entre os homens que podemos compará-la a cor do nosso sangue, que apresenta a mesma cor independente da raça em que temos origem.
A variedade mediunica é muito grande, Kardec catalogou perto de 60 tipos de mediunidade. Normalmente as mais comuns são a incorporação, a psicografia (escrita) e a vidência. Por serem mais comuns, são também as mais utilizadas por vagabundos e canalhas da espiritualidade, que normalmente fazem uso dela em mistificações, visando a exploração de pessoas incautas que acreditam em um ser humano que se diz médium, sem ao menos checar a veracidade das coisas que possivelmente se fala desse médium.
No inicio, todos são ignorantes em relação ao que vão encontrar no caminho mediunico e nesse inicio são todos interessados e humildes.
Se um médium for mal caráter, ele usará a mediunidade de forma errada e explorará as pessoas que dele se aproximarem através dela.
Existem aqueles(as) que hoje psicografam livros e os vendem. Quando o dinheiro enche os seus bolsos, os maus médiuns alegam nada ter em comum com as coisas santas, mas sim, que são dotados de uma capacidade nata em suas vidas e portanto, essa capacidade se transforma em trabalho remunerado, quando na realidade o dinheiro arrecadado nessas obras deveria ter objetivo beneficente e filantrópico.
Uma regra existe em relação aos médiuns classificados como "maus médiuns", normalmente são todos eles mistificadores e todo cuidado ao lidar com eles deve ser grande, tendo em vista que normalmente acuam psicologicamente as pessoas que os procuram incutindo-lhes o medo.
Vamos ver abaixo, como podemos distingui-los do que presta (mediunicamente falando).
Médiuns Levianos
Os que não tomam a sério suas faculdades e delas só se servem para divertimento ou para futilidades.
s médiuns levianos são normalmente vitimas de um obsessor que julgam ser um Guia em suas vidas. O obsessor se dedica a confundi-lo em sua missão e acata todos os pedidos que o médium lhe faz e na hora que for, na intenção de levá-lo a derrota na mediunidade.
Certa vez conheci uma jovem que informou que recebia uma Baiana e a considerava sua grande amiga, já que todas as vezes que ela e suas amigas precisavam dela, a baiana prontamente atendia a todas. Ao discordar da conduta de ambas, já que os espíritos não estão a nossa disposição em qualquer horário, a jovem me convidou para ir a sua casa a noite para tirar a prova. Quando cheguei, lá estavam a jovem, duas amigas e seus pais. Nos momentos seguintes, sem qualquer ritual ou cerimônia, incorporou a tal baiana, que disse um monte de barbaridades a todos os presentes.
Quando se dirigiu a mim, lhe fiz algumas perguntas que ela não soube responder o que mostrou que a entidade (se é que havia alguma) não era uma baiana e sim, um zombeteiro que se divertia com a jovem e suas amigas.
O zombeteiro se divertia e caçoava de todos, uma vez que nada sério era praticado ao lado dele. Nessas situações as mistificações (de ambos os lados) são quase que uma regra. Esse tipo de médium é muito perigoso. Se atendem a um espírito maligno, esse espírito poderá ensinar coisas terríveis ao médium e fazer grande mal as pessoas.
Médiuns orgulhosos
São os que julgam que nada mais têm a aprender e não tomam para si as lições que freqüentemente recebem. Não se contentam com as faculdades que possuem, querem tê-las todas. Não aceitam críticas e zangam-se com a menor contradição. Gostam de ser admirados e geralmente tomam aversão por pessoas que não os aplaudam, fugindo dos locais aonde não conseguem impor-se.
No passado, no inicio de meu desenvolvimento, integrou-se a corrente um casal adolescente. Com o passar dos meses, o rapaz desse casal “desenvolveu” muito rapidamente a sua afinidade com os seus Guias, todos eles de nomes memoráveis dentro da Umbanda. Passados mais alguns meses, o jovem médium passou a ser muito admirado pela assistência do terreiro, mas não pela corrente que notava a sua predisposição para mistificações.
A incorporação de seus Guias era marcante, o grito do Caboclo era fortíssimo e fazia o terreiro tremer, impressionava qualquer leigo que visse  a sua chegada. Dizia ainda que era vidente e que via os Guias de todos os demais médiuns e que também ouvia de seus Guias muitos conselhos e ensinamentos e quando fazia algo estranho aos rituais, quando lhe perguntavam o porque de suas atitudes, ele sempre dizia;
“Meus Guias pediram, meus Guias me falaram ou meus guias me ensinaram” .
Com o passar do tempo, caiu em contradição em muitas coisas e passou a não ser mais tão admirado.
Resultado – Por não ser mais admirado deixou a corrente e abriu um terreiro em um dos quartos de sua casa. Em menos de um ano, foi parar na miséria. A dor da miséria lhe colocou um cabresto, hoje ele é evangélico e abomina a Umbanda. A sua burrice, aliada a sua mania de ser superior, o levou a derrota na espiritualidade.  Os orgulhosos sempre têm um triste fim. Isso ocorre para que aprendam a dobrar os joelhos, não passam de lixo em uma corrente decente e são rapidamente excluídos pelo Guia chefe de um templo.
Os médiuns orgulhosos em sua maioria desmoronam rapidamente na vida mediúnica. Qualquer médium iniciante chega totalmente ignorante em relação ao que vai praticar como religião. Em sua iniciação (em local sério), passa a receber ensinamentos de bom nível que lhe permitirá desenvolver a mediunidade e com o desenvolvimento passa a crescer na espiritualidade, mas quando o orgulho fala mais alto, associa-se em sua vida pesada obsessão que o levará ao total desastre nesse aspecto.
São em sua maioria ingratos em relação aos seus dirigentes, já que após pequeno aprendizado, julgam saber de tudo (o que é um grande engano) e dedicam-se a critica sobre a conduta de seu Pai ou Mãe de Santo em relação aos rituais, dias e horários de sua casa. Nessa situação são afastados da corrente a que pertenciam pelo plano espiritual e deixam a casa que os recebeu de braços abertos e se vão sem olhar para trás.
E em seguida, guiados pela pesada obsessão que sofrem, abrem terreiros sem o devido preparo e deles se aproximam outros que com a mesma idéia se comprazem  e a partir desse ponto inicia-se a Egrégora destrutiva visando sua queda na vida mediunica.
Por abrir uma porta sem os conhecimentos de segurança magnéticas necessárias para isso, passam a absorver a carga maléfica das pessoas que passam a frequentar o local e  encontram rapidamente com as doenças, os feitiços sobre os quais não tem  conhecimentos para rebater e a derrota material.
Em seu desespero passam a procurar por outros templos a fim de conseguir os conhecimentos necessários para conduzir um templo e até pagam por eles, afinal hoje existem Federações de Umbanda ou as ditas escolas iniciaticas de discutivel conhecimento e seriedade que diplomam aqueles que fazem seus cursos, empossando-os como "sacerdotes" de Umbanda, porém, desconhecem o segredo de como as coisas são feitas (mironga)  dentro de um templo e vão a cada dia descendo mais e mais degraus na espiritualidade e também na vida material.
Uma vez derrotados materialmente, abandonam as nossas praticas e dedicam-se a outras formas de religião, como exemplo, as evangélicas, onde passam a espiar muitas de suas faltas.
O fato de hoje existirem escolas inciaticas e faculdade de Umbanda, em nada modificará a missão de um médium se ele não tiver em sua vida a missão de dirigir um templo de Umbanda.
Se um médium não nasceu com a missão sacerdotal, ele até poderá abrir um terreiro levado por seu orgulho, poderá bater no peito e dizer;
Hoje eu sou um Pai ou Mãe de Santo!
MAS COM CERTEZA NÃO MORRERÁ COMO TAL,  já que aquilo que construiu não possui bases sólidas e irá desmoronar com o tempo e nesses casos é comum morrer o Pai ou Mãe de Santo e a sua casa se fechar, isso ocorre devido ao despreparo mediúnico do dirigente, onde nessa situação o mau médium não consegue formar um sucessor, já que nele ninguém confiou, por essa razão morrem sozinhos.
Só que até que isso aconteça, o mau médium levará a desgraça a muitos que nele confiarem o que aumentará seriamente o seu karma. São normalmente mistificadores e fantasiam situações em sua mente guiados por pesada obsessão e passam a representar exus para se mostrarem fortes aos que neles acreditam, levando essas pessoas as encruzilhadas ou aos cemitérios, para fazerem despachos sem critério ou objetivos, o que é lógico, trará a todos os envolvidos pesada obsessão.
O orgulho é uma das causas primárias da derrota de todos os grandes vilões da história.
Quem planta colhe! (E como colhe)
Médiuns mercenários
Os  que  exploram suas faculdades mediúnicas,  cobram trabalhos, aceitam presentes ou exploram as pessoas que os procuram. São mistificadores por excelência.
Certa vez fui visitar um pequeno terreiro a convite de um amigo simplório. Quando cheguei, sentei na assistência e junto lá estava meia dúzia de pessoas. Entre elas, uma senhora de aparência muito humilde aguardava o inicio dos trabalhos. Alguns minutos se passaram e o pequeno terreiro começou a receber mais pessoas, “que pagavam para pegar fichas”. Iniciados os trabalhos o “guia” chefe (com “g” minúsculo) incorporado, iniciou o atendimento.
Lá pelas 23 horas, todos que haviam pago pelas fichas, foram atendidos antes daquela humilde senhora, que preocupada com o horário, perguntou ao cambone chefe, quando seria atendida. Recebeu em seguida a resposta, que ela teria que esperar todos os que pagaram serem antes atendidos. A mulher disse então que não poderia esperar e foi embora.
Nervoso com as mistificações que havia presenciado, briguei com meu amigo e o chamei de imbecil por freqüentar aquele antro e fui embora em seguida.
Passados cinco anos, reencontrei na rua o meu ex-amigo, que informou que a mãe de santo do tal terreiro havia ficado muito doente, com doenças inexplicáveis e passou anos na cama e por isso foi obrigada a fechar a espelunca.
Todos que cobram por qualquer coisa que façam em nome de Deus, seja na religião que for, encontrarão a ruína e as doenças inexplicáveis.
Médiuns ambiciosos
São aqueles que embora não vendam suas faculdades, esperam tirar dela algum proveito ou vantagem e normalmente são mistificadores.
Conheci certa vez um pai de santo, que era pai de um colega de trabalho. De origem muito humilde, o pai de santo trabalhava como mecânico de máquinas e obviamente ganhava muito mal pelo seu trabalho numa pequena oficina. Convidado pelo meu amigo a visitar o terreiro, quando cheguei, a principio nada vi de anormal. Os trabalhos no pequeno terreiro foram abertos sem muita cerimônia. Como o ambiente era pequeno e não usavam os atabaques durante as consultas, todos podiam ouvir o que as pessoas falavam com os três médiuns incorporados.
Quase no final dos trabalhos, um homem foi falar com o guia do pai de santo sobre uma proposta de doação de um terreno de sua propriedade, para que o pai de santo lá construísse uma oficina e um terreiro nos fundos. O guia sem muita cerimônia, disse ao homem que era Deus que pedia a ele a doação do terreno, “por que o seu médium não tinha como comprar o terreno” e que ele (o guia) já tinha ajudado muito aquele homem e portanto, nada mais justo que ele doasse o terreno para o pai de santo construir a oficina e o terreiro.
Interessante, não?
Médiuns de má fé ou mistificadores
Os que representam incorporações e comunicações. Normalmente são charlatões, que visam apenas explorar outras pessoas que neles acreditam.
O pai de um outro amigo adoeceu sem cura (câncer). Ouviram então, falar de um médium que dizia receber o espírito de um médico que fazia operações espirituais. Meu amigo leigo em qualquer assunto espiritual pediu para que o acompanhasse até o local. Quando chegamos minha primeira pergunta  (porque sou macaco velho no assunto) foi:
“Quanto custa o atendimento”?
E recebi a informação que era de graça.
Mediante essa informação, entramos na casa, que era grande, quase uma mansão. Em seguida, chegaram mais dez pessoas trazendo seus doentes e todos se acomodaram na grande sala da casa. Um dos participantes da corrente pediu para todos se concentrarem em Jesus e perguntou se alguém gostaria de ler um trecho do Evangelho, enquanto o médium se preparava para receber o tal médico num dos quartos da casa e eu, li o trecho do Evangelho.
Terminada a leitura, o meu amigo foi chamado até a cozinha e lá ele foi entrevistado por um homem, sobre a doença de seu pai (qual era a doença, há quanto tempo, etc.).
As operações começaram a ser feitas pelo tal médico e as pessoas atendidas não podiam ir embora, tinham que aguardar na sala até que todos fossem atendidos. Chegando a vez do pai do meu amigo, eu já cismado disse;
“Deixe que eu levo o seu pai”!
Entrei na sala empurrando a cadeira de rodas e fechei a porta e o tal médico foi olhar o papel em que estavam escritos os detalhes da doença, descritos pelo meu amigo na entrevista que aconteceu na cozinha.
Perguntei então ao tal médico porque ele tinha que ler o papel para saber qual era a doença, já que sendo um espírito ele já deveria saber o que estava ocorrendo com o pai do meu amigo.
Sem muita cerimônia, passou a mão sobre a cabeça do doente e falou (com sotaque alemão) para que eu saísse com o doente e aguardasse na sala. Apesar da vontade de ir embora, resolvi esperar para ver até onde iria a safadeza.
Terminadas as operações, uma jovem se apresentou e informou que todos os operados deveriam levar para suas casas, algumas pedras (tipo quartzo) e coloca-las num copo d’água e beber diariamente a água que seria energizada espiritualmente pelo tal médico espiritual e que as pedras eram de graça. Mas todos os presentes deveriam durante 30 dias comer mel, para que as operações pudessem ser bem sucedidas.
A jovem, em seguida informou que não poderia ser qualquer mel, teria que ser o mel que eles forneciam energizado pelo doutor, pela bagatela, em valores de hoje a R$ 300,00 um vidro de 500 ml. No total foram vendidos doze vidros de mel. Agora faça as contas, multiplique R$ 300,00 x 12 x 30 dias.
Muito inteligente e criativo não é verdade?
E o nosso planeta está cheio desses vagabundos que deveriam usar a inteligência para fazer o bem, no entanto, fazem o mal. Se numa vida futura, nascerem com problemas de grandes doenças ou aleijados, todos poderão dizer:
“Pobre alma, que karma dificil”
Quem planta colhe!
Médiuns egoístas
Os que somente em seu interesse pessoal se servem de suas faculdades, não fogem à regra de normalmente, explorar seu próximo. São extremamente obsediados.
Conheci terreiros que não exigiam que seus médiuns trabalhassem em todos os trabalhos, os médiuns eram livres para comparecer ou não aos trabalhos.
O pai de santo não se importava com a presença dos médiuns e sim, com o dinheiro das mensalidades.
Desde que pagassem as mensalidades em dia, poderiam participar da corrente quando sentissem vontade. E a maioria dos médiuns adotava essa conduta, só comparecia aos trabalhos quando a dor de barriga chegava. Nesse dia, trabalhavam, se julgavam descarregados e depois voltavam quando a dor de barriga também voltava.
Também muito interessante!
Médiuns invejosos
Aqueles que procuram imitar outros médiuns que lhe são superiores moralmente. Normalmente abrem terreiros, porém, sem o adequado preparo. Atraem para si grandes problemas espirituais e materiais e contribuem para a deturpação que hoje se conhece.
 (Veja médiuns orgulhosos, é praticamente a mesma coisa)
Comentário final do Pai de Santo sobre o assunto
Não importa o tipo de classificação na qual um mau médium se enquadra. Qualquer médium que permita que seus defeitos acompanhados de sua má índole venham a imperar em sua vida mediúnica é um derrotado.
No futuro conhecerá as leis de nosso Grande Pai, leis que irão puni-lo de forma exemplar, no sentido, de que aprendam a respeitar as coisas santas e também a respeitar o próximo, que normalmente mais fracos espiritualmente, os procuram na busca desesperada de solução para seus problemas.
O próximo que se aproxima de um médium, o faz na busca de saciar a sede que possui de ajuda espiritual ou de Deus. Se esse médium em sua insana vivência na espiritualidade dá vazão à exploração inescrupulosa do próximo, fatalmente pagará por seus erros e crimes espirituais.
O mau médium força o afastamento das entidades iluminadas que desejam a sua vitória e permite a aproximação de obsessores e espíritos malignos que irão a cada dia mais levá-los a vielas de escuridão e de vergonha.
Outros são cegos da espiritualidade guiando outros cegos, fatalmente cairão no abismo e levarão com eles, todos que neles acreditam ou com eles se comprazem.
Muitos se mostram limpos e reluzentes por fora, possuem o dom da palavra e enganam as pessoas. É como aprendemos: são como se fossem um bonito jarro branco, bonito e reluzente por fora, porém, em seu interior estão cheios de podridão, de rapina e de iniqüidade.
Use o seu bom senso, ensine as pessoas para fugirem deles!
O orgulho, a vaidade e o egoísmo são as causas primárias da derrota de todos so grandes vilões da história.
Fonte: Núcleo Umbandista São Sebastião.


 

Leis da Umbanda

      1-     Ame e sirva a Deus acima de todas as coisas.
2-     Não mate.
3-     Se não puder falar bem de seu irmão, dele não fale nada.
4-     Se não puder ajudar seu irmão a construir, não tente destruir seu irmão.
5-     Se não puder dar nada a seu irmão, dele não tome nada.
6-     Aproxime-se mais daqueles que o seu coração ama menos.
7-     Nunca negue o que estiver em suas mãos o poder de conceder a seu irmão.

Oração ao Pai Omulu (São Lázaro)

     Divino Pai da Geração, eu Vos peço que abençoe a minha vida, os meus sete corpos, os meus sete campos vibratórios e os meus sete sentidos;
     Que a Vossa Benção paralise toda e qualquer negatividade que pretenda fazer adoecer a minha vida e o meu caminhar;
     Que a Vossa Proteção mantenha viva e saudável a morada da minha alma e do meu coração, para que nenhum pensamento, sentimento, palavra ou ação negativa tenha força na minha existência.
     Divino Pai Omulu, eu Vos peço que me purifique e me ampare, que ampare a minha família, o meu lar e o meu trabalho material e espiritual, e que ampare os meus amigos, para que a Luz Divina esteja sempre viva em nós e em torno de nós.
     Sagrado Pai Omulu, peço também a Vossa Benção, para os meus adversários encarnados e desencarnados, para que neles seja paralisado qualquer sentimento negativo em relação a mim, à minha família ou aos meus amigos. E que, assim, possam eles igualmente manter acesa a Luz Divina Sustentadora da Vida, evoluindo sempre...
Que assim seja!

Você também se preocupa?...

 Um médium iniciante, foi falar com o dirigente do terreiro, estava ansioso em saber algumas coisas:
-Pai preciso saber urgente quem são meus orixás, e com quais entidades vou trabalhar?
-E por quê esta pressa meu filho? Respondeu o dirigente.
-É que eu tenho amigos em outro terreiro e quando souberam que eu estava freqüentando a Umbanda, me fizeram estas perguntas e eu não soube responder.
-Vou te ensinar a resposta, quando te perguntarem novamente responda:
-“Sou filho do Orixá Humildade e do Orixá Caridade, às Entidades com as quais vou trabalhar são Fé, Amor, Paciência, Perseverança”.
O médium ficou olhando sem entender às palavras do dirigente que continuou:
-Na Umbanda não temos de nos preocupar quem são nossos Orixás, temos o dever de cultuar a todos com a mesma Fé e Amor, de nossas Entidades o que menos vai importar é seu nome. Devemos sim nos preocupar em ajudá-las a transmitirem às energias positivas e a Paz para aqueles que às procuram, e nós médiuns é que vamos ajudá-las, de que jeito? Nos preparando quarenta e oito horas antes, nos reservando de aborrecimentos, fofocas, invejas, ciúmes, sexo, nos resguardando de todos os sentimentos ruins, que possa nos atrapalhar a estarmos em paz conosco mesmo. Assim é que os médiuns colaboram com os nossos Irmãos de Luz. A obrigação do médium é preparar o seu interior expulsando tudo de ruim e ler livros com bom conteúdo de paz e conhecimento sobre Mediunidade. É assim a NOSSA UMBANDA!

Abaluaê, Xapanã, São Lázaro

Aprendi que Omulú, Abaluaê e Xapanã são nomes do mesmo Orixá, alguns, no entanto, os separam alegando serem Orixás diferentes. No nosso terreiro os três nomes são adotados sendo Omulú o mais ouvido. Sincretizado a São Lázaro, existem algumas histórias sobre ele. A igreja católica alega ter sido ele irmão de Marta e de Maria e que viveu em Betânia, local próximo a Jerusalém. E quando Jesus chegou em Betânia, Lázaro já estava morto há quatro dias, sendo ressuscitado por Jesus em seguida.
A tradição oriental informa que São Lázaro foi bispo de Chipre no ano 900 e os franceses afirmam que ele foi bispo de Marselha e que foi martirizado durante a perseguição de Nero.
A imagem do santo mostra-o de muletas com um cão lambendo-lhe as chagas espalhadas pelo corpo todo. Os nossos irmãos africanos nos ensinaram que Omulú é o protetor contra as doenças e contra a peste, que seu corpo é coberto com uma roupa de palha que lhe esconde as feridas, por esse motivo o sincretismo com São Lázaro ocorreu. Outros o sincretizam a São Roque e outros a São Cipriano.
A Omulú recorrem todos que sofrem de moléstias tidas como incuráveis, o que lhe vale a fama de médico dos miseráveis.
Orixá ligado às linhas de Oxalá e Africana, Omulú e seus seguidores encaminham as almas dos recém falecidos ao mundo espiritual e deles absorve os fluídos e miasmas que exalam de um cadáver. Daí a sua ligação com os cemitérios, aonde se condensam as vibrações desse gênero, bem como, nos cruzeiros em geral, tais como os encontrados nas estradas, nos cemitérios e nas igrejas. Desta forma Omulú é um Orixá que protege e é também uma das portas de conhecimento que se abre para desmanchar magias maléficas.
É necessário muito conhecimento e muita segurança para trabalhar em sua linha vibratória. Quando evocado nos terreiros, a evocação é sempre feita pelos guias, como os Caboclos e os Pretos Velhos, sendo que muitos Pretos Velhos trabalham na vibração de Omulú.
Suas cores são o branco e o preto, o branco simboliza o sentido da pureza espiritual dedicado a Oxalá e nas contas negras está representada a ausência da vida. Omulú não deve ser encarado como algo assustador, porque ele não é. Omulú e seus enviados são atuantes nos cemitérios e impedem o mau uso das energias e fluídos lá depositados, através dos cadáveres sepultados, dispersando na atmosfera esses fluídos e energias que poderiam ser usados por espíritos malignos em seus hediondos trabalhos de baixa magia. Na África ele é o protetor contra a peste, contra a varíola e outras doenças contagiosas.
Nas obrigações a Omulú são normalmente usadas velas brancas ou brancas e pretas (metade de cada cor e evite usar essa vela a menos que saiba como manipular velas. Se não sabe, use somente a cor branca), cravos brancos ou outra flor branca masculina, água pura ou vinho branco doce e repetimos: Orixás não bebem. No Candomblé, são usadas em descarregos de pessoas doentes, a pipoca preparada em azeite de dendê (sem sal). Na Umbanda é raro esse tipo de descarrego, porém, ocorre em alguns templos.
Omulú é evocado nos nossos templos para descarga e cura de doenças de pessoas tidas como desenganadas ou terminais ou ainda, para cura de doenças causadas por feitiços, que não podem ser curadas pela medicina do homem. A evocação deve ser sempre feita pelos nossos Guias, nunca o evoque sem autorização ou sem saber o que está fazendo ou pedindo. Devido a sua ligação com os cemitérios e com os mortos, a evocação de espíritos inferiores pode ocorrer conjuntamente, o que é perigosíssimo.
•Cor ...................... Branco e preto
•Domínios .............. Cemitérios
•Atuação ............... Contra doenças e feitiços
•Saudação ............. Atotô, meu senhor
•Elemento ............. Terra

OBS:
O Orixá Omulú não deve ser confundido com a entidade conhecida como Exú Omulú, chefe da linha dos cemitérios da Quimbanda.
Muita confusão ocorre neste sentido, muitos alegam ser o exu e o Orixá o mesmo ser, isso não é verdadeiro. Omulú é um dos grandes Orixás da nossa Umbanda e o exú que adota seu nome é simplesmente o exú que desenvolve os seus trabalhos nos cemitérios.
O Exú Omulú chefia também a linha das almas da Quimbanda, cujo local de atuação são os cemitérios e os cruzeiros, a cor predominante dessa linha é o cinza escuro e não o conhecido vermelho e negro. Os videntes sérios que conheci informaram que as entidades chefiadas por esse exú apresentam-se com garras, chifres e o corpo coberto de pêlos e a sua especialidade é causar a morte violenta, as doenças que a medicina do homem não compreende, não detecta e não consegue curar.
Já vi ignorantes comparecerem aos cemitérios no dia de finados, vestidos de branco levando obrigações ligadas ao Orixá Omulú e ao mesmo tempo matando animais nessas obrigações, imbecis que nada sabem tanto do Orixá quanto do exú, com certeza acertarão contas no futuro, com ambos.


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Vidência e Clarividência

   Ainda são muitíssimo raros os médiuns clarividentes no Movimento Umbandista e em outros sistemas filoreligiosos também.
(muitos poderão dizer que conhecem muitas pessoas que tem esse dom, mas devemos ficar atentos a essa abundância e saber distinguir o que é e o que não é real). Muitos dos médiuns, infelizmente, ainda são providos da tola vaidade e dizem que viram essas ou aquelas entidades e acabam mistificando, ou pior criando imagens distorcidas que ficam plasmadas na mente das pessoas, isso quando não se transformam em imagens de gesso esdrúxulas e ridículas, que nada tem haver com as entidades. 
      Essas confusões só contribuem para aumentar as deturpações e afastar as pessoas de bom senso do verdadeiro Movimento Umbandista.
Como se processa a VIDÊNCIA:
Ocorre por meio de elevados mecanismos ondulatórios, onde a entidade envia seu fluido de ligação com os núcleos vibracionais superiores do médium, ativando assim a retina física, a qual aguçada interpenetra dimensões até então invisíveis.
O que deve ficar bem claro é que o médium enxerga o que seu mentor desejar e não o que bem entender, com isso afirmamos que ninguém vê o plano Astral a todo o momento, algo que muitos querem tornar trivial.
A vidência embora seja vista como se fosse com os olhos físicos, pode ser apenas uma imagem que foi projetada (como uma imagem de TV).
Já a CLARIVIDÊNCIA:
É uma vidência interiorizada, há uma ativação do mentor no que equivale no físico às glândulas epífise e hipófise.
Sutilíssimos transmissores do cérebro são ativados para que o médium, mesmo de olhos abertos, veja quadros, cenários, pessoas, objetos, entidades e etc. (a clarividência foi um dos sentidos bloqueados, como já vimos).
Na Clarividência o mentor projeta na região QUIASMA ÓPTICO do médium uma espécie de tela panorâmica, onde o médium consegue vislumbrar dentro de si os mais diferentes cenários e encenações, com as mais variadas personagens.
Às vezes são ativados também seus núcleos intermediários, quando há necessidade de que veja certas imagens suas em outras encarnações.
Há entidades que se utilizam também do chamado "COPO DA VIDÊNCIA" é um copo comum que contém água e um cristal (é um condensador de luz astral e um catalisador de certas imagens, as quais impressionam a retina do médium). A estaticidade da água com o cristal transparente em seu interior facilita a projeção dos fluidos, podendo também as imagens ali se projetar.  
Bom, como vimos não é tão simples e tão abundante nos médiuns atuais, portanto devemos nos precaver diante de tantos médiuns videntes né?

Pai Joaquim de Aruanda

Caboclo Tupinambá

Sim, sua vida espiritual vai bem à medida que você observa, analisa e
lapida seu comportamento, suas ações, pensamentos e principalmente seus
julgamentos, frequentemente precipitados e equivocados, a respeito das
pessoas e daquilo que ainda está por vir.
Sim, seu caminho é a Umbanda enquanto você valorizar a experiência
espiritual com os Orixás, Guias e Mensageiros do Astral que se desdobram em
muitas formas para te auxiliar. Seu caminho é e sempre será a Umbanda,
enquanto você acender uma vela e sentir que ela fala contigo, enquanto você
escutar o som do atabaque e seu corpo aquecer num compasso de vibrações e
arrepios, enquanto você sentir o aroma das ervas transmutadas em fumaça ao
contato com a brasa incandescente e for acometido da sensação de estar sendo
transportado para outro lugar, a Umbanda continuará sendo seu caminho
enquanto o brado dos Caboclos te arrepiar, o silêncio dos Pretos Velhos te
emocionar, o gracejo dos Baianos te alegrar, a sinceridade dos Exus te
curvar, a simpatia das Pomba Giras te atrair e a ciranda dos Erês te
relembrar que, apesar dos pesares, o mais importante é não perder a pureza
das crianças.
Sim, seu lugar é no Templo que frequenta, enquanto os espíritos regentes
ainda forem referências de aprendizado, enquanto você sentir saudade ao
final de cada gira, enquanto os objetivos espirituais e materiais também
forem os seus objetivos, enquanto o sentimento de irmandade não se dissipar
facilmente em momentos de atritos e conflitos naturais, enquanto você
preservar o respeito e lealdade ao seu Sacerdote ."
Sr. Caboclo Tupinambá
Saravá!
Autor: Rodrigo Queiroz

Caboclo Cobra Coral

Foi um índio de origem asteca. Ele é o guia chefe do Terreiro. Na Umbanda ele trabalha na vibração de Xangô, que está presente no cume das pedreiras, nas cachoeiras e nas matas.
Quando falamos do Caboclo Cobra Coral, falamos também da supremacia da Umbanda, que é uma religião, formada dentro da cultura religiosa brasileira incluindo vários elementos, inclusive de outras religiões. Foi no Brasil que os espíritos indígenas de diferentes posições geográficas encontraram dentro de uma Espiritualidade a verdadeira oportunidade de evolução.
Na língua portuguesa, o significado de caboclo é o mestiço de branco com o indígena. A história oficializou o início da Umbanda no Brasil em 1908, com a incorporação do Caboclo Sete Encruzilhadas, porém foram encontradas publicações de que em 1890, o Caboclo Cobra Coral era incorporado por um jovem de 16 anos e que praticava a caridade conforme os fundamentos da Umbanda. O Caboclo Cobra Coral, como todo caboclo, conserva a vibração primária de Oxossi, porém com grande atuação na vibração original da linha de Xangô, que no sincretismo religioso corresponde ao São Jerônimo, representante da Justiça divina, da lei Karmica, é o dirigente das almas, o senhor da balança universal que fortalece o nosso estado espiritual.
Cobra Coral é um índio tranqüilo e sábio, profundo conhecedor das magias e das curas. Conhece os segredos dos animais peçonhentos, sua imagem é de um cacique alto, traz um tacape na mão esquerda e uma cobra coral na mão direita e outra na cintura. Ele não é apenas famoso no mundo físico, também no plano espiritual se conhece bem a sua fama. Muito temido pelos espíritos de ordem inferior, sendo conhecido no submundo astral como “O Grande Cobra Coral”. No submundo astral muito espíritos inferiores e chefes de agrupamentos têm verdadeiro pavor em encontrá-lo. No mundo dos grandes mágicos e magos, ele é conhecido como “O mago do Cajado da Cobra”.
Cobra Coral chefe da falange de origem asteca, foi a encarnação do físico e astrônomo Italiano Galileu Galilei no século XVII, considerado o pai da matemática e do ex-presidente norte americano Abraão Lincoln. A sua última encanação foi no norte do Brasil, na cidade de Cercania fronteira do Pará. O Caboclo Cobra Coral, é o emblema da pureza e da magia. A fé que habita em cada um de nós é particular. Ela cresce se solidifica, e os anos mudam o nosso caráter e cria comportamentos que irão nos diferencias por toda a nossa vida.

 

Caboclo Pantera Negra

No rico universo místico da Umbanda, existem entidades pouco conhecidas e estudadas.  Com o tempo, é natural que algumas delas sejam esquecidas por nós. Uma delas é Pantera Negra, celebrado por uns como caboclo e por outros como exu.
Seu Pantera era mais conhecido pelos umbandistas de antigamente, quando
muito terreiro era de chão batido, caboclo falava em dialeto, bradava alto e
cuspia no chão.
Nas sessões ele comparecia sempre sério, voz de trovão, abraçando bem
apertado o consulente que atendia. Não gostava muito de falatório, queria
mesmo é trabalhar.
O tempo foi passando e raramente o encontramos nos centros, tendas e outros agrupamentos de nossa Umbanda. Aonde terá Seu Pantera ido?
O falecido Pai Lúcio de Ogum (Lúcio Paneque, de querida memória), versado
nos mistérios da esotérica Kimbanda, que se diferencia da popular Quimbanda e está distante da vulgar Magia Negra, dizia que Pantera Negra era chefe de uma Linha de Caboclos que atuam na Esquerda.
Estes caboclos, explicava Pai Lúcio, eram espíritos oriundos de tribos
brasileiras muito isoladas e desconhecidas, ou de tribos das ilhas do
Caribe, Venezuela, México e mesmo dos Estados Unidos.
Índios fortíssimos, arredios e alguns até brutos, as vezes gostam de marcar
seus “cavalos”, ordenando que coloquem na orelha uma pequena argola e no
braço uma espécie de pulseira de ferro.
Ainda costumam receber suas oferendas em encruzilhadas na mata, na
vizinhança de uma grande árvore. Podem ser assentados em potes de barro com ervas especiais, terra de aldeia indígena e outros elementos secretos, que são consagradas por sacerdotes iniciadas nos mistérios destes espíritos.
Pai Lúcio ainda dizia, que a maioria dos médiuns destes caboclos são homens.
Os mais conhecidos, além de Pantera Negra, são : Caboclo Pantera Vermelha, Caboclo Jibóia, Caboclo Mata de Fogo, Caboclo Águia Valente, Caboclo Corcel Negro e Caboclo do Monte.
Alguns irmãos umbandistas conhecem estes trabalhadores astrais, com o nome de Caboclos Quimbandeiros.
Pantera Negra aparece como caboclo e exu, mesmo fora da Umbanda. Na região Sul do Brasil, principalmente, o encontramos dentro de um grupo muito especial, chamado de Caboclos Africanos.
Ali ele se manifesta com o nome de Pantera Negro Africano, ao lado de
Arranca-Caveira Africano, Arranca-Estrela Africano e Pai Simão Africano,
entre outros.  A maneira de atuar destes entes é muito parecida com a dos
Caboclos Quimbandeiros, sendo confundidos com frequência.
Alguns adeptos e médiuns que trabalham com estas entidades, acreditam que é o mesmo Pantera.
Porém Seu Pantera Negra vai além. Seu culto é encontrado nos Estados Unidos e no Caribe, como tive a oportunidade de conhecer, dentro do Xamanismo Nativo, Santeria Cubana (ou Regla de Ocha) e Palo Monte.
Lembro de David Lopez, um santero de Porto Rico. Quando ele fez  dezesseis
anos, sua tia, Dona Carita, o levou a uma festa de Orixá e ali ele desmaiou.
Aconselhado por um babalawo, David resolveu fazer o santo. Antes da
iniciação para seu Orixá, como de costume no Caribe, foi celebrado um ritual em honra aos ancestrais (eguns).  Na celebração, incorporou em nosso amigo um espírito de índio bravíssimo…  Batia muito no seu magro peito e
vociferava como se estivesse em uma guerra.  Quando foi pedido o seu nome,disse o indígena: sou Pantera Negra!
Vi o mesmo tipo de transe aqui no Brasil, em raros médiuns de Seu Pantera,
como o querido irmão Mário (Malê) de Ogum, sacerdote umbandista.
No Haiti ele é conhecido como Papa Agassou (Pai Agassou) e aparece como uma negra pantera e não mais como índio.
A tradição considera que ele veio da África, da região do antigo Dahomé,
onde era celebrado como totem e protetor da Casa Real. O primeiro nobre
desta linhagem, contam os mais velhos, foi um homem-fera, pois tinha pai
pantera e mãe humana.
Agassou é muito temido, pois é profundamente justo e não perdoa os fracos de caráter.  Poucos médiuns conseguem suportar a incorporação dele ou de outros espíritos da família das panteras. É necessária muita preparação, firmeza de pensamento e moralidade. Do contrário, e isto realmente acontece, o médium começa a sangrar muito durante a incorporação. É terrível.
Em outras ilhas do Caribe, também encontramos seguidores de Pantera Negra..
Alguns o invocam como espírito indígena e outros como uma força africana,
meio homem, meio felino.
No Brasil, ouvi as mesmas recomendações de pessoas que cultuam ou trabalham com Pantera Negra.  Pai Lúcio me disse, que os aparelhos de Seu Pantera não costumavam beber, falar demais ou serem covardes. Eram disciplinados,verdadeiros guerreiros modernos.
Em certos rituais de Pajelança Cabocla, podemos ouvir o bater incessante do
maracá e o chamado do pajé, que canta:
*YAWARA Ê!*
*YAWARA Ê!*
*HEY YAWARA,*
*YAWARA PIXUNA,*
*PIXUNA Ê, YAWARA,*
*YAWARA, YAWARA!*
Yawara Pixuna, quer dizer Pantera Negra. Alguns traduzem como Onça Negra. O canto acima, pode ser utilizado para afastar espíritos maléficos, que fogem ao ouvir este nome mágico.
Caboclo ou Exu, Pantera ou Onça, brasileiro ou estrangeiro, ele é mais um
mistério que Zambi animou.  O tempo passa, mas Pantera Negra ainda persiste.
SALVE PANTERA NEGRA!
*Edmundo é Teólogo especialista em religiões Afro-Caribenhas,*
*o que é fruto de uma vida dedicada ao estudo superior e livre das religiões.*
*Este conteúdo faz parte do curso que **Edmundo vai ministrar  sobre o
universo da Kimbanda.*