Todas as coisas vivas têm uma aura, um campo de força ou energia, que circunda o seu envoltório material. Essa aura atua como proteção contra inúmeras coisas, inclusive contra as moléstias, a interferência de outras mentes ou inteligências; e assegura a manutenção das energias naturais, físicas e mentais. Se nossa aura for de algum modo danificada, impurezas a atravessam e atingem o corpo, com terríveis resultados. Trabalhamos durante muito tempo no campo das curas e nele pude encontrar evidências do que afirmo. As pessoas que já sofreram várias quedas (que deslocam a aura) mostram, frequentemente, sintomas de outras doenças, nos meses seguintes, e sempre nos mesmos lugares em que aura foi rompida ou está impedida de funcionar a contento. Por outro lado, a aura mostrará ao ocultista experimentado, ou ao médium, o que está errado com o corpo doente e não pode ser diagnosticado pelos métodos clínicos normais. A aura mostra descoramentos, rupturas, depressões e assim por diante, quando houver doenças mentais ou físicas, e a cor (ou a falta dela), ajudará o curador a entender o que se passa.
Com o desenvolvimento mediúnico, a aura da cabeça tende a expandir-se e se torna bastante evidente no caso de almas muito avançadas ou maduras. É por isso que os santos e as pessoas sagradas são apresentadas com uma auréola em torno da cabeça e mesmo com um facho de luz que, vindo de cima, atinge essa auréola. Aqueles que trabalharam com médiuns autênticos devem ter visto exatamente o mesmo fenômeno quando uma entidade ou inteligência de luz envia seus impulsos à mente do médium através da aura de sua cabeça.
Assim, aquele que deseja ser um médium ou um ocultista deve, antes de mais nada, aprender a controlar sua aura, de modo a não permitir que outras mentes a dominem. Diz um velho ditado: “Se você puxar o rabo do diabo ele guinchará”, o que em verdade significa, como já afirmei, que se você fizer o bem neste mundo ou trouxer luz, perturbará o demo e espantará o mal em todas as direções. Assim, quem quer que adentre o campo da mente provavelmente encontrará oposição em determinado tempo. Aprender a controlar a aura será de grande utilidade e ajuda no afastamento de influências indesejáveis e podemos apresentar ao iniciante várias sugestões para conseguir tal coisa.
Controle da Aura
Sendo a aura de substância ou freqüência mais leve que a da matéria, atua no mesmo nível ou velocidade do pensamento, podendo, portanto, ser controlada por processos mentais. Em outras palavras você pode “visualizar” à vontade sua aura, mentalizando-a aberta ou fechada. Isso pode, a princípio, parecer fácil, tal como andar de bicicleta nos parece simples ao vermos o garoto do vizinho, de apenas seis anos, pedalar sem receio. Mas, para o adulto, manter-se equilibrado no selim pode ser difícil o começo, com quedas por vezes dolorosas.
Há uma técnica muito simples que emprega a cor. As cores mais seguras e mais puras para uso da aura são o azul e o branco. Todos nós já vimos um saco de plástico, desses grandes, usado para por roupa suja, ou para lavagem a seco, ou ainda para proteger a roupa contra qualquer sujeira.
Imagine-se então dentro de um saco de plástico, azul claro ou branco, transparente, que envolve todo o seu corpo e completamente fechado acima da sua cabeça. Esse saco plástico imaginário deve ser também à prova d’água, de germes e de balas astrais, se é que você percebe o que pretendo dizer com isso. Você poderá ver o mundo através dele sem nem mesmo estar consciente da sua existência embora ele esteja ali. No que diz respeito ao fechamento acima de sua cabeça, você poderá ver aí um primeiro símbolo de segurança, de conformidade com o seu modo de pensar. Se você é cristão, gostará de pensar em uma cruz de ouro ou de prata. Um taoísta preferirá o simbolismo de yin-yang. O cabalista, o símbolo da cabala. O hermetista, o caduceu, e assim por diante.
Se a idéia do moderno saco de plástico o desagrada, também servirá um manto de pura cor ou de luz clara. Lembro-me de, ainda criança, contemplar a imagem da Virgem Maria vestida de azul celeste, com um manto que a cobria dos pés à cabeça preso por um diadema de estrelas de prata. Um belo manto áurico! Mas se você é um desses machistas que se envergonha do princípio feminino (que, no entanto, mais cedo ou mais tarde você terá de reconhecer) que tal uma brilhante armadura completa, à qual não falte sequer o elmo de Atena? Afinal de contas a deusa grega, Atena, era a mais poderosa de todos os guerreiros, triunfando até sobre Ares, o deus da guerra. Mas diferentemente desse deus, que lutava por simples prazer, Atena só o fazia para defender-se e nisso reside uma verdade oculta...
Assim, como você já deve ter percebido, aprender a controlar a aura mantendo-a instransponível não é muito difícil, mas uma simples questão de controle da mente. Ao fim de algum tempo isso se tornará automático e você perceberá que pode expandir e contrair sua aura à vontade. Um ocultista ou médium de experiência, que não deseje chamar a atenção sobre si mesmo ao entrar em um recinto, poderá reduzir sua aura ou “mascará-la”, pois nem sempre se deve revelar o trunfo que se tem nas mãos. A cor da aura pode mudar com os diferente estágios de desenvolvimento, mas é aconselhável evitar, na região da cabeça, qualquer cor perturbadora durante atividades mediúnicas ou ritos de ocultismo. Se você perceber que a pessoa com quem trabalha está produzindo cores vermelho brilhante ou marrom escuro na região da cabeça, retraia-se imediatamente e, se possível, rompa o círculo.
Brancos, azuis, alguns tons de verde ou lilás pálido são aceitáveis na aura da cabeça em períodos de atividade mediúnica e, se você observar cores douradas ou prateadas, tudo estará ainda melhor. Lembre-se: é sua mente que controla sua aura. As pessoas que fazem curas podem purificá-la para você, ajudando-o a recompô-la após fases de doença ou depois da iniciação, mas, tal como acontece com o seu corpo, a mente é o seu veículo pessoal e o moco pelo qual você a encara, uma vez que disponha desse conhecimento, fica entre você e Maat, a deusa egípcia da verdade que, segundo a tradição, pesava o coração da pessoa morta contra a pena da verdade, nos salões de Osíris.
Fonte: Autodefesa Psíquica
Autor: Murry Hope.