Por qual razão durante a quaresma não podemos incorporar nenhuma entidade?
Nenhuma incorporação deveria acontecer. A explicação para as casas não trabalharem desde o natal ate o fim do carnaval é pelo fato do ambiente, aqui no plano material, estar muito pesado, em função dos desregramentos da época de festas, das dores das pessoas numa época onde as famílias deveriam estar reunidas e pelos desejos de bens materiais impossíveis de serem satisfeitos, por exemplo.
Com a vibração do ar pesada, o ambiente se torna propicio para a ação da magia negra, havendo grande movimentação no astral. As casas param ou deveriam parar para proteção dos médiuns. As equipes espirituais continuam seus trabalhos nessa época, ate mesmo para combater os magos negros. O médium tem como obrigação manter-se equilibrado e em vibração positiva, ate mesmo para ajudar a equilibrar as egrégoras formadas por tantos desatinos dos homens.
Dúvidas a respeito de mediunidade. Como encontrar um bom lugar? Como saber quando uma pessoa tem mediunidade?
Existem muitos sintomas específicos de mediunidade, tais como: insônia, ou sono demais, tonturas, dores físicas sem causa aparente, especialmente dor de cabeça ou de estômago, angústia, batedeiras no coração, falta de ar, nervosismo, aperto no peito, pesadelos, acordar cansado, dores nos ombros ou tensão no pescoço, formigamentos, suores excessivos, desmaios, etc. Todos sintomas de algum tipo de mediunidade (cura ou incorporação). além dos mais óbvios, como visões ou escutar vozes, choros, etc.
Claro que sempre se deve descartar eventuais problemas físicos que poderiam estar causando tais sintomas.
Na verdade existe uma centena de sintomas, mas esses são os mais comuns.
Na Umbanda o bom lugar para se desenvolver é aquele onde se pratique a caridade pura e desinteressada, onde nada se cobre, nunca, por nenhuma caridade praticada e onde só se trabalhe visando o bem das pessoas e da humanidade.
Quais são os sintomas que um médium de Umbanda pode sentir para descobrir que é médium de cura?
Existem sintomas que sugerem fortemente um processo mediúnico de cura não resolvido, tais como: tonturas, dores de cabeça, dores de estômago, sintomas de plenitude gástrica, flatulência, dores abdominais, cólicas, aperto no peito (angústia), acordar cansado, dores nos ombros ou tensão no pescoço, formigamentos, tosse seca, falta de ar, suores excessivos, desmaios, problemas hormonais, artrites, dores nas articulações, rinites, sinusites, etc. Todos sintomas de algum tipo de mediunidade. Os sintomas físicos e outros de efeitos físicos (objetos que se mexem, barulhos, etc) geralmente denotam mediunidade de cura.
Lembramos sempre que se deve descartar eventuais problemas físicos que poderiam estar causando tais sintomas.
Os problemas físicos são causados pelo acúmulo ou manipulação do ectoplasma; ectoplasma é o chamado fluído de cura, que assimilamos através da alimentação e deveríamos trocar com a natureza sem acumular - temos que trocá-lo porque ele é essencial à vida; mas quem tem mediunidade de cura vem com a proposta cármica de trocar muito mais lentamente o mesmo com a natureza para sempre sobrar um pouco para ser doado em trabalhos de cura. O ectoplasma é um potente anti-inflamatório, anti hemorrágico, anestésico, cicatrizante, etc, etc, etc. - não só para tratamentos de encarnados como de desencarnados.
Existem técnicas simples para se doar o ectoplasma em trabalhos de cura.
Sou médium na Umbanda há alguns anos e desde então venho sentindo minha evolução, tanto na parte espiritual (em relação as entidades), como na parte da matéria (como ser humano). Estou me tornando, aos poucos,uma pessoa melhor e com mais entendimento em relação a mim e ao meu próximo. Tenho notado isso pois depois que entrei de verdade na Umbanda me senti muito melhor, mais feliz e com muita vontade de participar dos trabalhos no centro, além de sempre estar disposto a ajudar materialmente o terreiro. A questão é que há alguns meses estou sentindo que essa vontade que tinha de ir aos trabalhos esta diminuindo a ponto de eu não querer mais ir para o centro. Mas vou, mesmo contra a vontade, pois sei que jamais devo me entregar. Para piorar sinto que a entidade com quem eu sempre trabalhei está bem mais longe, a ponto de já ter incorporado pensando ser o caboclo, quando na verdade quem estava trabalhando era o Sr. Exu.
Sei disso porque senti a vibração diferente e também porque perguntei quem estava ali naquele momento. Trabalho muito bem com os exus, só que no nosso terreiro não temos muita oportunidades de trabalhar com estas entidades, que respeito muito e tenho muito carinho.
Pergunto: é possível se pensar e chamar a nossa entidade (no caso, caboclo) e vir outra entidade (exu ou outra qualquer) riscando o ponto do caboclo?
Qual o procedimento que devo tomar para que normalize a minha sintonia com a entidade com a qual trabalho (o caboclo)? Devo fazer algum trabalho ou oferenda para o caboclo ou para a outra entidade (no caso, o exu)?
Também tenho uma cigana mas não trabalho com ela. Como proceder com estas entidades?
Em primeiro lugar seria necessário que você solicitasse à entidade chefe da casa que desse uma atenção especial a você, no sentido de estar, eventualmente, sendo vítima de uma obsessão. Mesmo os exus tem atitude respeitosa em relação à "gira" que está ocorrendo e não se fazem, normalmente, passar por outras entidades.
Como você falou muito bem, exus são entidades maravilhosas e não usariam a ausência de seu caboclo para se manifestar, o que nos faz pensar mais ainda num processo de obsessão ou de entidades querendo atrapalhar o trabalho da casa e se aproveitando de um desequilíbrio momentâneo, seu ou da corrente.
Os médiuns são atendidos rigorosamente uma vez por mês, para uma limpeza. O médium precisa desse atendimento, pois ajuda muito na caridade, deixando outros irmãozinhos desgostosos e zangados.
Caso o médium não esteja bem equilibrado, outras entidades podem se fazer passar por caboclos, exus, etc, não sendo nem uma coisa nem outra, enganando o médium. Também é preciso saber da firmeza da corrente. Isto é, se os médiuns não bebem, não cobram, etc. As entidades tidas como exus (os agentes mágicos), assim como as demais entidades manifestadas na umbanda não solicitam nenhum tipo de oferenda. Isso faz parte apenas de rituais africanistas, como o candomblé. É que através dos tempos as coisas foram se misturando, por causa da desinformação dos homens.
Na verdade o médium tem também que se sintonizar com a entidade que deverá se manifestar, de forma consciente, e saber qual chakra correspondente à mesma, deverá ser vibrado. Como geralmente quem dá atendimento são os caboclos de Oxossi, o chakra a ser vibrado é o esplênico (abaixo do umbigo). Imagine um pires rodando no sentido horário nessa região e você sentirá a vibração.
Ao mesmo tempo pense na cor azul celeste, que á cor de Oxossi (ao contrário do que se pensa não é verde - muitos pensam que é verde porque associam Oxossi com um índio caçador nas matas - na verdade são caçadores de almas). Invoque mentalmente o nome de seu caboclo. Com o amor que você tem, tenha fé que é seu caboclo que virá. Caso sinta outra vibração, não permita e retome do começo.
Não adianta você riscar o ponto, porque quem risca ponto é a entidade, depois de manifestada e não o médium. Mas você precisa conhecer os sete sinais positivos de um ponto riscado pois entidades malévolas ou brincalhonas, não teriam condições de riscá-lo. No caso de entidades que se manifestam como ciganas, não sabemos como proceder, pois não pertencem a nenhuma linha específica; são apenas um agrupamento, que por vezes vem trabalhar na caridade. E quanto a seus amigos exus, essas fantásticas entidades, eles vão trabalhar sob as ordens do seu caboclo, pois é desta forma que eles trabalham, de maneira que você não precisa, necessariamente, incorporá-lo. Ele vai trabalhando junto, de qualquer maneira. É preciso que você identifique também o que poderia estar desequilibrando você. Geralmente é nossa irritação com alguma vicissitude ou aborrecimento. Isso precisa ser combatido, pois não basta trabalhar na caridade para os outros. É preciso trabalhar na caridade também para si mesmo. A melhor maneira de não se irritar é compreendendo que nem tudo pode ser do nosso jeito e não se esquecendo de perdoar sempre.
Sou espírita há muitos anos, mas poucas vezes eu consegui dar passividade às entidades. No entanto, quando vou a algum centro de umbanda, eu sinto tão fortemente o envolvimento das entidades, que chego a "passar mal". Quando vou receber o passe na umbanda, sempre acabo por "receber" entidades ligadas a umbanda com grande facilidade. Aí me dizem que tenho que trabalhar lá.
Aprendi no kardecismo que o médium é médium em qualquer lugar e está apto a "receber" tanto um irmão sofredor como um espírito mais esclarecido. Essa afirmação me criou um conflito: por que então não consigo ter a mesma facilidade nos trabalhos mediúnicos da casa espírita, com a mesma facilidade que tenho no centro de Umbanda?
Será que tenho compromissos espirituais com a Umbanda e não com a Doutrina Espírita? Ou são obsessores que me "pegam"?
Dar passividade no Kardecismo geralmente é mais fácil, ao contrário do que você diz, pelo fato do médium poder se concentrar e, especialmente, fechar os olhos. Por outro lado são poucos os dirigentes espíritas que tem o hábito de "ajudar" o médium a "incorporar", numa mesa de intercâmbio espiritual. Como o treinamento é feito num curso à parte, na hora do trabalho o médium está mais por conta própria, praticamente, e pode se tornar difícil.
Na umbanda existem duas possibilidades. A primeira é que quando você recebe o passe, ou, às vezes, durante o simples atendimento com as entidades manifestadas, as entidades da casa estão trabalhando no sentido de ajudá-lo a incorporar, para mostrar a você, eventualmente, que você tem a mediunidade, e aí fica mais fácil. É como se fosse um aviso.
Quando você passa mal, dentro de um centro de umbanda, não é, necessariamente, por estar cercada de obsessores (pode até acontecer de algum desafeto seu não estar muito satisfeito por você estar lá e em vias de libertar-se dele), mas mais freqüentemente, é a sua mediunidade em desequilíbrio, que capta, desordenadamente, as vibrações do ambiente.
A outra possibilidade é essa que você intuiu mesmo: o médium de umbanda é aquele que tem um carma com a magia. É aquele que já trabalhou com magia no passado e está preparado para esse trabalho no presente. É como se ele chegasse na "sua casa".
Agora, a coisa mais interessante de sua mensagem é a provável distinção que você parece fazer, do tipo: no kardecismo se recebem espíritos esclarecidos e na umbanda se recebem espíritos sofredores, etc. Essa premissa não corresponde absolutamente a verdade.
Fonte: site
Em ambos os casos, as duas coisas acontecem. A diferença é que na umbanda, o médium não deve (e não precisa) receber obsessores e sofredores, pois eles são doutrinados na espiritualidade, ao contrário do kardecismo, onde a doutrinação começa na mesa de intercâmbio. Infelizmente algumas casas de umbanda ainda fazem "descargas", usando os médiuns, o que só serve para desequilibrá-los, pois isso não é absolutamente necessário.
Os espíritos, bondosamente, se "vestem" para cada trabalho, dependendo da forma que nós, encarnados, estamos preparados para recebê-los. Uma mesma entidade pode se apresentar como Pai João na umbanda e como Dr. Fulano de Tal no Kardecismo. Somos nós que fazemos as diferenças. São os nossos preconceitos, que as entidades compreendem e toleram, amorosamente.
A melhor coisa a fazer é seguir o seu coração e ficar na casa onde você se sinta mais à vontade. Pode ter certeza que, com maior ou menor dificuldade, a caridade que você vai fazer será a mesma, desde que realmente use a sua mediunidade de "incorporação". Mesmo porque a mediunidade não desenvolvida costuma trazer problemas físicos para o médium, um dia ou outro.
O importante é você procurar ficar numa casa séria, onde nada se cobre por nenhuma caridade praticada e onde nenhum ritual aconteça que possa causar qualquer tipo de constrangimento.
Sobre entidades que vieram trabalhar na Umbanda
Gostaria de saber alguma informação à respeito dos espíritos encantados.
Os encantados foram entidades que se manifestaram originalmente na antiga Atlântida (veja a primeira aula do curso on-line), quando surgiu a primeira síntese de Umbanda (as manifestações na forma: os puros, os simples e humildes).
São entidades que nunca tiveram reencarnações terrestres. Junto a eles, naquela época, também se manifestaram entidades chamadas de os nyrmanacayas (espíritos que já completaram suas reencarnações terrestres).
Muitos destes últimos se apresentam hoje na linha de Yori, popularmente conhecida como "crianças" - na verdade são crianças apenas no sentido dos renascidos para a vida espiritual e não são crianças de fato. Também se manifestam na linha de Oxalá.