segunda-feira, 20 de agosto de 2012

As Diversas Faces da Umbanda (Ensinamentos)

     O caminho da espiritualidade tem muitas faces interessantes. Esse caminho é feito de muitas cores, muitos aromas, muitas ervas.
     Todas as religiões querem agradar a Deus e cada filho que aqui está acredita que a maneira que eles buscam o Pai é a mais correta. A espiritualidade em nosso país é feita de diversas culturas, da fusão de muitas raças, crenças e concepções religiosas. No Centro Orixalá se respeita muito as diferenças porque existem inúmeras nuances e visões acerca da espiritualidade.
     Vocês acham que existe só uma maneira de cultuar a Umbanda?
Não, não existe apenas uma maneira de cultuar a umbanda. É preciso compreender que umbanda não é apenas uma denominação religiosa; acima de tudo, o nome divino da suprema lei do Pai. Aumbandã é Lei de Caridade é Lei Divina. Foi usado de modo particular o nome sagrado para designar o culto atual; daí a umbanda nasceu, com a finalidade sagrada de congregar, sob a bandeira de Oxalá, o povo de Deus disperso. Deixo bem claro que não existem “outras Umbandas” o que existe são diversas formas de praticar os ensinamentos da espiritualidade; também diversas maneiras de cultuar os orixás de adorar a Deus ou de praticar a Umbanda.
     O que importa mesmo não é a forma externa mas sim a intenção, o que se faz em nome da Lei Suprema. Uns cultuam a umbanda misturada a respeito dos orixãos, com um ritual inusitado, vestem roupas coloridas, cantam numa língua diferente, familiar a pequenos números de indivíduos. (Essa é chamada de língua de santo ou do povo santo). Na verdade trata-se de um idioma antigo, dos povos da África esse é o culto umbandista conhecido como Omolocô.
     Alguns praticam uma umbanda com mais simplicidade chamam de umbanda (Pés no Chão, ou Pés Descalços). Não importa os nomes dados aos cultos, o importante é que todos trabalhem de maneira a praticar a Suprema Lei do Bem. É verdade também que tentam desafricanizar a umbanda, afastando tudo aquilo que a aproxima dos métodos do candomblé, tais como matança de animais, toque de tambores e outras coisas mais.
     Introduziram o estudo entre os médiuns ou para os médiuns para que eles desenvolvam uma visão mais detalhada a respeito dos orixás e seu simbolismo, porque o médium com esse conhecimento só faz coisa que não deve se quiser, quer dizer atos errados, o mal. Para isso em tudo no Universo existe a Lei de Ação e Reação.
     É claro que devemos respeitar as crenças e os métodos alheios assim como desejamos ver nossos fundamentos respeitados. Isso não quer dizer que para eles estejam errado, é que só conhecem essas energias ainda primárias e só conhecem essa forma de interagir com elas. Por outro lado nós estamos aprendendo a lidar com essas energias de outra maneira mais evolutiva.
     Em resumo não devemos julgar ninguém porque age diferente de nós. É porque enfim atabaques e palmas julgamos desnecessário. A forma não é nada se não existe força moral vital ou poder iniciático real e verdadeiro.
    Muitas vezes o médium precisa mesmo é aprender a gritar por socorro. Banhos defumações passes ou qualquer outro recurso empregado na defesa dos médiuns só será eficaz caso desenvolvam uma atitude mental e emocional sadia.
     Antigamente, nas sociedades antigas a criança a sua iniciação era dos sete aos quarenta e nove anos, essa mesma criança permanecia internada no colégio dos sábios.
     Hoje só se pode identificar alguém com tal força e energia superiores por meio das obras que realiza em torno delas, há uma movimentação que revela a construção de algo maior em benefício da Humanidade. A iniciação real não está atrelada a recursos materiais e financeiros nem ao ganho as custas alheias, tampouco se macula com troca de favores e com pagamento por serviços de ordem espiritual. Na presente existência a maioria dos iniciados verdadeiros jamais passou para rituais exóticos.
     Portanto, iniciar-se nos mistérios da natureza, consiste em estudar,praticar, adestrar faculdades, amadurecer e provar não só o conhecimento, mas a capacidade de administrá-lo.
Lembrem-se que o mental e emocional afasta muita gente do trabalho, acreditando que tem espírito por trás de seu mal estar. Alguns reclamam de dor na coluna, peso nas costas, cansaço sem motivo aparente. Tem que ver como está sendo sua vida. Qualidade de vida. Ociosidade Deus não gosta. Quando você decide fazer alguma coisa e faz, você movimenta energias e movimentar implica deixar de lado a ociosidade espiritual, emocional ou energética. Equivale a fazer uma faxina em seu interior e limpar tudo de dentro pra fora. Esse é o resultado de uma atitude deliberada, de uma ação construtiva. Você fazer alguma coisa e não apenas pedir ajuda ou deixar que outros façam por você.
Fonte: Livro Corpo Fechado
Na palavra de Pai João.

domingo, 15 de julho de 2012

Como reforçar a Aura

Todas as coisas vivas têm uma aura, um campo de força ou energia, que circunda o seu envoltório material. Essa aura atua como proteção contra inúmeras coisas, inclusive contra as moléstias, a interferência de outras mentes ou inteligências; e assegura a manutenção das energias naturais, físicas e mentais. Se  nossa aura for de algum modo danificada, impurezas a atravessam e atingem o corpo, com terríveis resultados. Trabalhamos durante muito tempo no campo das curas e nele pude encontrar evidências do que afirmo. As pessoas que já sofreram várias quedas (que deslocam a aura) mostram, frequentemente, sintomas de outras doenças, nos meses seguintes, e sempre nos mesmos lugares em que aura foi rompida ou está impedida de funcionar a contento. Por outro lado, a aura mostrará ao ocultista experimentado, ou ao médium, o que está errado com o corpo doente e não pode ser diagnosticado pelos métodos clínicos normais. A aura mostra descoramentos, rupturas, depressões e assim por diante, quando houver doenças mentais ou físicas, e a cor (ou a falta dela), ajudará o curador a entender o que se passa.
     Com o desenvolvimento mediúnico, a aura da cabeça tende a expandir-se e se torna bastante evidente no caso de almas muito avançadas ou maduras. É por isso que os santos e as pessoas sagradas são apresentadas com uma auréola em torno da cabeça e mesmo com um facho de luz que, vindo de cima, atinge essa auréola. Aqueles que trabalharam com médiuns autênticos devem ter visto exatamente o mesmo fenômeno quando uma entidade ou inteligência de luz envia seus impulsos à mente do médium através da aura de sua cabeça.
     Assim, aquele que deseja ser um médium ou um ocultista deve, antes de mais nada, aprender a controlar sua aura, de modo a não permitir que outras mentes a dominem. Diz um velho ditado: “Se você puxar o rabo do diabo ele guinchará”, o que em verdade significa, como já afirmei, que se você fizer o bem neste mundo ou trouxer luz, perturbará o demo e espantará o mal em todas as direções. Assim, quem quer que adentre o campo da mente provavelmente encontrará oposição em determinado tempo. Aprender a controlar a aura será de grande utilidade e ajuda no afastamento de influências indesejáveis e podemos apresentar ao iniciante várias sugestões para conseguir tal coisa.
Controle da Aura
     Sendo a aura de substância ou freqüência mais leve que a da matéria, atua no mesmo nível ou velocidade do pensamento, podendo, portanto, ser controlada por processos mentais. Em outras palavras você pode “visualizar” à vontade sua aura, mentalizando-a aberta ou fechada. Isso pode, a princípio, parecer fácil, tal como andar de bicicleta nos parece simples ao vermos o garoto do vizinho, de apenas seis anos, pedalar sem receio. Mas, para o adulto, manter-se equilibrado no selim pode ser difícil o começo, com quedas por vezes dolorosas.
     Há uma técnica muito simples que emprega a cor. As cores mais seguras e mais puras para uso da aura são o azul e o branco. Todos nós já vimos um saco de plástico, desses grandes, usado para por roupa suja, ou para lavagem a seco, ou ainda para proteger a roupa contra qualquer sujeira.
     Imagine-se então dentro de um saco de plástico, azul claro ou branco, transparente, que envolve todo o seu corpo e completamente fechado acima da sua cabeça. Esse saco plástico imaginário deve ser também à prova d’água, de germes e de balas astrais, se é que você percebe o que pretendo dizer com isso. Você poderá ver o mundo através dele sem nem mesmo estar consciente da sua existência embora ele esteja ali. No que diz respeito ao fechamento acima de sua cabeça, você poderá ver aí um primeiro símbolo de segurança, de conformidade com o seu modo de pensar. Se você é cristão, gostará de pensar em uma cruz de ouro ou de prata. Um taoísta preferirá o simbolismo de yin-yang. O cabalista, o símbolo da cabala. O hermetista, o caduceu, e assim por diante.
     Se a idéia do moderno saco de plástico o desagrada, também servirá um manto de pura cor ou de luz clara. Lembro-me de, ainda criança, contemplar a imagem da Virgem Maria vestida de azul celeste, com um manto que a cobria dos pés à cabeça preso por um diadema de estrelas de prata. Um belo manto áurico! Mas se você é um desses machistas que se envergonha do princípio feminino (que, no entanto, mais cedo ou mais tarde você terá de reconhecer) que tal uma brilhante armadura completa, à qual não falte sequer o elmo de Atena? Afinal de contas a deusa grega, Atena, era a mais poderosa de todos os guerreiros, triunfando até sobre Ares, o deus da guerra. Mas diferentemente desse deus, que lutava por simples prazer, Atena só o fazia para defender-se e nisso reside uma verdade oculta...
     Assim, como você já deve ter percebido, aprender a controlar a aura mantendo-a instransponível não é muito difícil, mas uma simples questão de controle da mente. Ao fim de algum tempo isso se tornará automático e você perceberá que pode expandir e contrair sua aura à vontade. Um ocultista ou médium de experiência, que não deseje chamar a atenção sobre si mesmo ao entrar em um recinto, poderá reduzir sua aura ou “mascará-la”, pois nem sempre se deve revelar o trunfo que se tem nas mãos. A cor da aura pode mudar com os diferente estágios de desenvolvimento, mas é aconselhável evitar, na região da cabeça, qualquer cor perturbadora durante atividades mediúnicas ou ritos de ocultismo. Se você perceber que a pessoa com quem trabalha está produzindo cores vermelho brilhante  ou marrom escuro na região da cabeça, retraia-se imediatamente e, se possível, rompa o círculo.
     Brancos, azuis, alguns tons de verde ou lilás pálido são aceitáveis na aura da cabeça em períodos de atividade mediúnica e, se você observar cores douradas ou prateadas, tudo estará ainda melhor. Lembre-se: é sua mente que controla sua aura. As pessoas que fazem curas podem purificá-la para você, ajudando-o a recompô-la após fases de doença ou depois da iniciação, mas, tal como acontece com o seu corpo, a mente é o seu veículo pessoal e o moco pelo qual você a encara, uma vez que disponha desse conhecimento, fica entre você e Maat, a deusa egípcia da verdade que, segundo a tradição, pesava o coração da pessoa morta contra a pena da verdade, nos salões de Osíris.
Fonte: Autodefesa Psíquica
Autor: Murry Hope.

terça-feira, 10 de julho de 2012

FORMAÇÃO DA FALANGE DOS PRETOS VELHOS NA UMBANDA

Os pretos velhos são nossos guias e protetores, mas no candomblé são consideradoa Eguns (almas desencarnadas), decorrente disso so tem fio de conta (Guia) na Umbanda. Usam Branco ou preto e branco. Essas cores são usadas porque, sendo os pretos velhos almas de escravos, lembram que eles so podiam andar de brabco ou xadrez preto e branco...
Linha dos Pretos Velhos
     Os Pretos Velhos trabalham praticamente na vibração de todas as linhas da Umbanda, mais especialmente na linha de Oxalá. Ferrenhos defensores do Evangelho de Jesus e de sua doutrina, são eles os incansáveis trabalhadores da Umbanda. Além da própria linha Africana a qual pertencem, trabalham ainda na vibração de Xangô (falange dos pretos) e muito na vibração do Orixá Omulú.
São Benedito (o Santo católico negro) é conhecido (e já o constatamos) entre muitas nações de Pretos Velhos, como o rei dos Pretos Velhos, tendo por esse santo católico grande devoção.
     Na cor de suas "guias" podemos conhecer a sua origem, sua linha de trabalho, sua evolução, seus conhecimentos, a área em que são mais fortes, etc
 Aqueles que usam guias nas cores preta e branca indicam que possuem grandes conhecimentos da magia negativa, trabalham normalmente na vibração de Omulú, o Senhor dos cemitérios, e usam seus conhecimentos no combate direto à linha das almas da Quimbanda, anulando ou minorando os efeitos dos trabalhos praticados por essa falange do mal. Infiltram-se nos trabalhos de Quimbanda, anulam feitiços e tudo o mais que por lá é praticado.
     Aqueles que usam pedras ou sementes de cor marrom indicam que pertencem à falange dos pretos da linha de Xangô. São dedicados ao cumprimento da justiça e no combate direto às injustiças praticadas contra seguidores ou praticantes do culto umbandista.
     Os que usam guias brancas ou mescladas com a semente conhecida como lágrima de Nossa Senhora, indicam que possuem elevado grau de espiritualidade e são grandes conselheiros e curadores.
     Os que usam pedras vermelhas, lágrimas de Nossa Senhora e coquinhos em suas guias, trabalham diretamente na vibração de Ogum e são conhecidos como Preto Velho da Bahia (são muito raros).
    Os Pretos Velhos são espíritos de elevada condição espiritual. Não devemos julgá-los fracos pelo modo em que se apresentam, isso porque um Preto Velho, andando devagarzinho, mostrando-se um velho fraco, amarra qualquer exú, desmancha qualquer feitiço e quebra qualquer demanda.
Confie neles e colha os resultados.
As Guias ou Colares
    Normalmente, consagram-se ou cruzam-se colares a pedido dos guias espirituais e cada linha tem suas cores específicas, iguais às dos seus orixás regentes.
    Como algumas cores mudam conforme a região, então eventuais alterações de cores impedem a uniformização da identificação dos orixás simbolizados nos colares usados pelos médiuns.
    Na confecção dos colares, algumas regras devem ser seguidas:
1ª — Os colares dos orixás costumam ser de uma só cor.
2ª — Há algumas exceções (Obaluaiê = preto-branco), (Omolu = preto-branco-vermelho), (Nanã = branco-lilás-azul-claro), (Exu = preto-vermelho; preto; vermelho), (Pombagira = vermelho; preto e vermelho; dourado).
    Enfim, há certa flexibilidade no uso das cores dos colares consagrados aos orixás na Umbanda. E isso se deve ao fato de que eles, na verdade, irradiam-se em padrões vibracionais diferentes e em cada um mudam as cores das energias irradiadas.
    Então, não podemos dizer que estão erradas as cores usadas na Umbanda. Apenas cremos que deveríamos padronizá-las e não recorrer ao uso individual delas. Também não deveríamos adotar as cores usadas em outros cultos afros.
— O uso de "quelê" também não deve ser adotado pelos umbandistas pois é privativo do Candomblé.
— "Quelê" é um colar curto, feito de pedras trabalhadas; é mais grosso que o normal e usado ao redor do pescoço, indicando que a pessoa é uma iniciada no seu orixá em ritual tradicional e só dele. Portanto, o seu uso não deve ser copiado, pois não é um colar umbandista.
    Para a Umbanda, vamos dar as cores mais usadas ou aceitas pela maioria:
• Oxalá = branca • Nanã = lilás
• Iemanjá = azul-leitoso • Omolu = branco-preto-vermelho
• Ogum = vermelho • Obaluaiê = branco-preto
• Xangô = marrom • Exu = preto e vermelho
• Iansã = amarelo • Pombagira = vermelho
• Oxum = azul-vivo • Oxóssi = verde
    Só que há um problema porque não são fabricadas regulamente contas de cristais ou de porcelanas nessas cores.
    Por isso, recomendamos que os umbandistas passem a usar colares de pedras naturais sempre que possível, porque só eles (e todos os elementos naturais) conseguem absorver e segurar as imantações divinas condensadas nas suas consagrações "internas".
    Contas e outros objetos artificiais ou sintéticos, produzidos industrialmente, não são capazes de reter as imantações poderosas dessas consagrações internas.
    Então, aqui há uma relação das pedras dos orixás:
• Oxalá = quartzo transparente
• Oiá-Tempo = quartzo fumê
• Oxum = ametista
• Oxumaré = quartzo azul
• Oxóssi = quartzo verde
• Obá = madeira petrificada
• Xangô = jaspe marrom
• Egunitá = ágata de fogo
• Ogum = granada
• Iansã = citrino
• Obaluaiê = quartzo branco e turmalina negra
• Nanã = ametrino
• Iemanjá = água-marinha
• Omolu = ônix preto — ônix verde
• Exu = ônix preto — hematita — turmalina negra
• Pombagira = ônix — ágata
    Em sua linha de atuação, os pretos-velhos apresentam-se pelos seguintes codinomes, conforme acontecia na época da escravidão, onde os negros eram nominados de acordo com a região de onde vieram:
Congo_ Ex: (Pai Francisco do Congo), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Iansã;
Aruanda_ Ex: (Pai Francisco de Aruanda), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Oxalá. (OBS: Aruanda quer dizer céu);
D´Angola_ Ex: (Pai Francisco D´Angola), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Ogum;
Matas_ Ex: (Pai Francisco das Matas), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Oxóssi;
Calunga, Cemitério ou das Almas_ Ex: (Pai Francisco da Calunga, Pai Francisco do Cemitério ou Pai Francisco das Almas), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Omolu/ Obaluayê;

http://maemartadeoba.com.br/a%20umbanda/pretos%20velhos/Preto%20Velho.htm
http://www.nuss.com.br/guias-e-protetores/linha-dos-pretos-velhos.html
Texto extraido do Livro " Formulário de Consagrações Umbandistas" Editora Madras / Rubens Saraceni
http://pt.wikipedia.org/wiki/Preto_velho.

NÃO FACILITE O TRABALHO DOS OBSESSORES!
CONCEPÇÔES BÁSICAS
OBSESSOR
Processo pelo qual um obssessor exerce sua ação obsessiva sobre uma ou mais pessoas ou entidades, alternando, diminuindo ou desorganizando sua energia ou vibração.
DO QUE SE ALIMENTA UM OBSESSOR?
Alimentam-se basicamente de energias produzidas por sensações, ou mais especificamente, emoções. São emoções viciantes, ou seja, produzem dependência, necessidade, vontade que querer mais, cada vez mais.
COMO NASCE UM OBSESSOR?
De carências, ilusões, medos, fascínios e vaidades. São originados pela ignorância e pelo ego negativo. No momento em que alguém considerar que para ser feliz, para sentir-se bem, para conquistar paz e saciedade, precisa buscar no outro, ou em meios externos esta sensação, então os processos obsessivos surgiram.
Esses ocorrentes erros humanos dão origem a comportamentos viciados, os quais necessitam se autoalimentar, para que continuem a produzir as sensações desejadas, porque emoções viciam!
A emoção e uma forma de energia produzida pelo ego, portanto precisa ser dominada pelo Eu superior, caso contrário, ela domina o seu criador.
A consequência deste processo é que:
- Quando um vício emocional surge, as obsessões começam.
- Quando os medos surgem, as obsessões começam.
- Quando o desejo de controlar o outro surge, as obsessões começam.
POR QUE ALIMENTAMOS AS OBSESSÕES?
-Por que não combatemos os nossos hábitos nocivos.
-Por que somos manipulados por nossas emoções.
-Por que não lutamos para controlá-las e desistimos fácil, então nos entregamos a para senti-las profundamente, nas situações mais simples da vida.
-Por que duvidamos da nossa força e do nosso Eu superior.
-Por que nos consideramos mais ou menos do que os outros, e esquecemos que somos todos filhos do mesmo Pai, portanto irmãos em essência.
-Por que nos separamos da Fonte Maior, nos consideramos separados do Todo e assim nos iludimos criando o egoísmo.
Tudo, efetivamente tudo na vida cotidiana na Terra é uma constante batalha por energia. Como não aprendemos a conquistar essa energia por meio da conexão com
Deus, então acabamos buscando esse suprimento de forma equivocada, mergulhando nas emoções.
E assim nos tornamos apegados e dependentes!
Dependentes de precisarmos sentir a sensação de sermos: mais belos, mais poderosos, mais ricos, mais magros, mais fortes, mais importantes, mais encantadores. Ou os possuidores dos melhores carros, das melhores roupas, melhores aparelhos eletrônicos, para que assim possamos nos sentir amados e com isso nos aceitar mais.
Dependemos de um estilo de vida estruturado de acordo com os padrões aprovados pela sociedade. Dependemos do emprego de “sucesso”, sem refletirmos o que é verdadeiramente sucesso.
-Somos dependentes! Não somos livres!
-Somos apegados! Não estamos no caminho mais fácil!
-Somos obssediados! Alimentamos a obsessão com nossos equívocos!
-Não aprendemos a dominar as emoções viscerais... Somos obssediados!
Não domamos as emoções densas... Ficamos doentes! Ficamos sem fome... Comemos demais... Ficamos apáticos... Ficamos hiperativos... Dormimos demais... Temos insônia... Trabalhamos demais... Ficamos intolerantes, irritados... Tornamos-nos negligentes e impotentes para mudar o mundo...
E assim, criamos mais:
-Ansiedade.
-Angústia.
-Orgulho.
O orgulho faz o umbral crescer! No físico e no extrafísico.
Os nossos erros alimentam o umbral... O nosso orgulho em piora o mundo...
QUE EMOÇÃO LHE DOMINA?
Descubra já! |Equilibre-se e cure-se! Desta forma você encontrará a verdadeira felicidade liberdade. Sentimentos da alma, construídos de dentro para fora.
POR BRUNO J. GIMENES
Saudação a Ogum

http://youtu.be/IDwkabSFOH0

domingo, 24 de junho de 2012

UMBANDA É PÉ NO CHÃO!

Mas, por quê!
            “Todo Umbandista já deve ter ouvido a frase “Umbanda é pé no chão”. Mas será que todos sabem o porquê de ficarmos descalços em nossos terreiros? São três motivos principais.
- O primeiro motivo é que o solo representa a morada dos nossos antepassados e quando estamos descalços tocando o chão com os pés estamos entrando em contato com estes ancestrais e, consequentemente, com todo o conhecimento e com toda a sabedoria que esse passado guarda.
- O segundo motivo pelo qual tiramos os calçados é o respeito ao solo sagrado do terreiro. Imagine que vir da rua com os sapatos sujos e entrar com eles no lugar em que nossos trabalhos espirituais são realizados seriam ações como alguém entrar em nossa casa carregando uma montanha de lixo que vai caindo e se espalhando por todos os cantos. Diante desta situação, você diria o quê? No mínimo, que essa tal pessoa não tem respeito por você ou pela sua casa.
- O terceiro motivo é o fato de que naturalmente nós atuamos como “para-raios” e ao recebermos qualquer energia mais forte, se estivermos descalços sem nenhum material isolante entre nosso corpo e o chão, ela automaticamente se dissipa no solo. É uma forma de garantir a segurança do médium para que não acumule ou leve determinadas energias consigo. Além de tudo isso, podemos dizer também que realizar nossos trabalhos espirituais descalços é uma forma de representar a humildade e a simplicidade do Rito Umbandista.
            Vale lembrar que, no início, este costume, nos cultos de origem africana, tinha outro significado. Os pés descalços eram um símbolo da condição de escravo, de coisa, uma vez que o escravo não era considerado um cidadão e estava, por exemplo, na mesma categoria do gado bovino das fazendas. Quando liberto, a primeira coisa que o negro procurava fazer era comprar sapatos que eram o símbolo de sua liberdade e, de certa forma, faziam com que ele fosse incluído na sociedade formal. O significado da “conquista” dos sapatos era tão profundo que muitas vezes eles eram colocados em lugar de destaque na casa para que todos os vissem. No entanto, ao chegar ao terreiro, espaço que havia sido transformado magisticamente em solo africano, os sapatos tornavam-se novamente apenas um símbolo de valores da sociedade branca e eram deixados do lado de fora. Ali, os negros sentiam-se de novo na África e podiam retornar à sua condição de guerreiros, sacerdotes, príncipes, caçadores, etc.
            Tenho certeza de que agora, entrar descalço no terreiro terá outro valor e sentido.”
REVISTA “A SABEDORIA DA UMBANDA”  -  POR:  MÃE MÔNICA CARACCIO

terça-feira, 19 de junho de 2012

O Tempo de Deus

Deus não tem pressa! Mesmo que os meus filhos, que se consideram rebeldes, não atendam de imediato ao chamado da eternidade, Deus sabe esperar.
     Ainda que nossa fé ameace se apagar, como uma chama que se esvai, Deus espera que nos reacendamos coma força oculta do amor.
     Quando os nosso dias parecem tumultuados e nossas emoções nos fazem mais sensíveis, Deus sabe esperar.
     Na verdade, meus filhos, Deus, que é Pai, não espera pessoas capacitadas para servi-lo na tarefa do bem. Sabendo Ele da nossa rebeldia e demora nas decisões, nos utiliza como somos e aos poucos capacita cada um, à medida que surgem as necessidades.
     Os bons espíritos não desejam médiuns santos ou indivíduos santificados, sem dificuldades e problemas. Trabalham com aqueles que se disponham a ir em frente, a evangelizar com seus exemplos, duramente conquistados e alicerçados em experiências concretas e dignificantes. Em geral, os santinhos, os bonzinhos já foram canonizados pela multidão ávida de ídolos e de ilusões.
     Nosso Senhor nos disse que não veio para os santos, mas para os pecadores. Não veio  para os salvos, mas para as ovelhas perdidas. Pense nisso e não fique por aí cobrando de você mesmo aquilo que ainda não está preparado para dar. Deus não tem pressa; você que é exigente. E Pai –Velho pode dizer mais: tanta exigência assim é resultado de imaturidade e de sentimento de culpa.
     Deus deu como meta a perfeição, mas estabeleceu como prazo a eternidade e, como companheira dessa caminhada, a paciência, pois Ele sabe que estamos muito distantes do ideal e ainda não atingimos a angelitude.
     Deus o quer como humano, não como anjo. É preciso antes humanizar-se, para então aperfeiçoar-se.
     Os anjos voam longe, e o Pai precisa de você aqui, com os pés firmes no mundo para auxiliá-lo no processo de aprimoramento da humanidade. Seja humano, mesmo com aquelas características que você identifica como defeitos. Não desista, permaneça ligado à fonte do infinito bem e, aos poucos, à medida que sua consciência desabrochar, expandir seus horizontes, você se livrará da carga de culpa e das punições. Trabalhe, ame e prossiga como você está, esforçando-se para melhorar.
     Porém, sem essa, meu filho, de ficar lamentando o tempo perdido. Quanto mais você se lamenta, mais deixa de caminhar. Não perca seu tempo com culpas ou desculpas.
     Errou? Continue caminhando. Caiu? Levante-se e prossiga. Não precisa justificar nada, pois enquanto justifica já perdeu maior tempo. Prossiga na certeza de que Deus e os bons espíritos não têm pressa em sua perfeição. O Pai sabe investir no tempo e espera apenas que você dê uma chance a si mesmo e a Ele para elaborar aquilo que, em meio a toda a pressa, você esqueceu: sua humanidade. Não deixe de ser humano. Seja você mesmo.
     Deus ainda não desistiu de investir em você. Por que continuar teimando em manter este estado infeliz em seus pensamentos e em seu coração?
     A hora é de ir avante, continuar trabalhando por dias melhores. Trabalhar, perseverar e não desanimar, ainda que às vezes você que não está bom. Está tudo sempre muito bom, meu filho.
     É preciso que você aprenda a ver o lado bonito de tudo, em todas as situações. Deus confia em você. Depende de você a confiança em Deus. Tenha certeza de que Ele, o Pai, estará com você na medida exata em que você estiver com Ele.
Fonte: Sabedoria de Preto Velho
Autor: Robson Pinheiro
Pelo espírito de Pai João de Aruanda.
                                                                               

Perdas

     Grande perdas às vezes significam grandes decepções.
     Mas como perdemos aquilo que não é nosso?
     Meus filhos julgam, às vezes, que perderam um ente querido pela morte. Mas essa visão é errada. Solte o seu parente que você julga morto. Aprenda a libertar a sua alma e deixar que ele voe nas alturas de sua própria vida.
     Muitos dos filhos acham que reter significa possuir. Engano. Na vida, o que possuímos de verdade é aquilo que doamos.
     Se você desejar reter as almas queridas, através de suas emoções e sentimentos desequilibrados, você se transforma aos poucos em pedra de tropeço para aqueles que você diz amar.
     Amor não é posse. Amar é doar, é libertar, é permitir que o outro tenha a oportunidade de escolher e trilhar o caminho que lhe é próprio. Amar é permanecer amando, mesmo sabendo que os caminhos escolhidos são diferentes do nosso.
     Então, meu filho, você não perdeu ninguém, não perdeu nada. Perdeu, talvez, a oportunidade de aproveitar a experiência e aprender a amar de verdade. Esse sentimento de perda é o maior atestado de uma alma egoísta.
     Ame mais, meu filho. Liberte, liberte-se e procure ser feliz. Mas, pelo amor de Deus, deixe os outros prosseguirem e, assim, encontrarem também o seu caminho. Ainda que seja do outro lado da vida. Ou talvez desse mesmo lado. Quem sabe?
     É preciso continuar amando. Mas é necessário que você entenda: seu tempo em companhia daquela alma que você diz amar já passou.
     Aprenda de uma vez, meu filho. Toda posse, todo apego é caminho para a obsessão.
     Pense nisso um pouco.

Fonte: Livro Sabedoria de Preto Velho
Autor: Robson Pinheiro
Pelo espírito Pai João de Aruanda.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Lindo este vídeo

Pombagiras



Na Umbanda manifestam na Linha de Esquerda assim como os exus, as pombagiras representam o lado feminino dos exus, a espontaneidade da mulher na sua essência: feminilidade, fertilidade, sensualidade.
Gostam de ser bem tratadas, mas nunca se vendem.
Vaidosas, gostam de exibir suas vestes e pertences nas Festas de Exu onde dançam graciosamente, conduzindo a todos que assistem, a um clima de descontração e alegria.
São muito diretas e francas nas palavras, atuam muito na ajuda de amor , dando conselhos, gostam muito de conversar com o jeito delas, algumas mais sérias outras mais sorridentes, mas sempre muito sinceras.
Na sua maioria foram mulheres comuns e anônimas. Pelo fato de contrariarem normas e costumes da época, tiveram que sobreviver às custas do próprio trabalho: muitas foram trabalhar em cabarés; outras ganhavam a vida lendo a sorte; ou ainda aquelas que fizeram da dança um meio de vida.
É muito importante distinguir as Pombagiras das Quiumbas. A primeira tem um compromisso moral e espiritual com a religião, enquanto a segunda, ainda não consegue discernir entre o bem e o mal, se prestando a qualquer tipo de magia.
As pombagiras auxiliam seus fiéis nos casos de amor, dificuldades financeiras e sociais e de um jeito muito peculiar, aconselham e ajudam na solução desses e outros problemas.
Todo médium de Umbanda tem a sua pombagira que o acompanha na atual existência.trabalham ativamente pela evolução moral e espiritual daqueles que as tratam com dedicação e respeito.
Gostam de ganhar perfumes, cigarros, cigarrilhas, pulseiras, champanhes, licores, brincos e tudo mais que exalte a beleza e o poder de sedução da mulher.
Suas cores são o preto e o vermelho, simbolizando o equilíbrio entre o positivo e o negativo, mas gostam também de roupas coloridas e estampadas. Tudo depende da linha que Elas trabalham.
Adoram flores, mas tem pela rosa vermelha a predileção, graças ao fato desta flor representar paixão e audácia.
Existem muitas falanges delas assim como acontece nos exus, sendo
algumas da Calunga Pequena, Encruzilhadas, Estradas, da Mata e
Praia:

Médium de Umbanda

Sou médium na Umbanda há alguns anos e desde então venho sentindo minha evolução, tanto na parte espiritual (em relação as entidades), como na parte da matéria (como ser humano). Estou me tornando, aos poucos,uma pessoa melhor e com mais entendimento em relação a mim e ao meu próximo. Tenho notado isso pois depois que entrei de verdade na Umbanda me senti muito melhor, mais feliz e com muita vontade de participar dos trabalhos no centro, além de sempre estar disposto a ajudar materialmente o terreiro. A questão é que há alguns meses estou sentindo que essa vontade que tinha de ir aos trabalhos esta diminuindo a ponto de eu não querer mais ir para o centro. Mas vou, mesmo contra a vontade, pois sei que jamais devo me entregar. Para piorar sinto que a entidade com quem eu sempre trabalhei está bem mais longe, a ponto de já ter incorporado pensando ser o caboclo, quando na verdade quem estava trabalhando era o Sr. Exu.
Sei disso porque senti a vibração diferente e também porque perguntei quem estava ali naquele momento. Trabalho muito bem com os exus, só que no nosso terreiro não temos muita oportunidades de trabalhar com estas entidades, que respeito muito e tenho muito carinho.
Pergunto: é possível se pensar e chamar a nossa entidade (no caso, caboclo) e vir outra entidade (exu ou outra qualquer) riscando o ponto do caboclo?
Qual o procedimento que devo tomar para que normalize a minha sintonia com a entidade com a qual trabalho (o caboclo)?  Devo fazer algum trabalho ou oferenda para o caboclo ou para a outra entidade (no caso, o exu)?
Também tenho uma cigana mas não trabalho com ela. Como proceder com estas entidades?
Em primeiro lugar seria necessário que você solicitasse à entidade chefe da casa que desse uma atenção especial a você, no sentido de  estar, eventualmente, sendo vítima de uma obsessão. Mesmo os exus tem atitude respeitosa em relação à "gira" que está ocorrendo e não se fazem, normalmente, passar por outras entidades.
Como você falou muito bem, exus são entidades maravilhosas e não usariam a ausência de seu caboclo para se manifestar, o que nos faz pensar mais ainda num processo de obsessão ou de entidades querendo atrapalhar o trabalho da casa e se aproveitando de um desequilíbrio momentâneo, seu ou da corrente.
Os médiuns são atendidos rigorosamente uma vez por mês, para uma limpeza. O médium precisa desse atendimento, pois ajuda muito na caridade, deixando outros irmãozinhos desgostosos e zangados.
Caso o médium não esteja bem equilibrado, outras entidades podem se fazer passar por caboclos, exus, etc, não sendo nem uma coisa nem outra, enganando o médium. Também é preciso saber da firmeza da corrente. Isto é, se os médiuns não bebem, não cobram, etc. As entidades tidas como exus (os agentes mágicos), assim como as demais entidades manifestadas na umbanda não solicitam nenhum tipo de oferenda. Isso faz parte apenas de rituais africanistas, como o candomblé. É que através dos tempos as coisas foram se misturando, por causa da desinformação dos homens.
Na verdade o médium tem também que se sintonizar com a entidade que deverá se manifestar, de forma consciente, e saber qual chakra correspondente à mesma, deverá ser vibrado. Como geralmente quem dá atendimento são os caboclos de Oxossi, o chakra a ser vibrado é o esplênico (abaixo do umbigo). Imagine um pires rodando no sentido horário nessa região e você sentirá a vibração.
 Ao mesmo tempo pense na cor azul celeste, que á cor de Oxossi (ao contrário do que se pensa não é verde - muitos pensam que é verde porque associam Oxossi com um índio caçador nas matas - na verdade são caçadores de almas). Invoque mentalmente o nome de seu caboclo. Com o amor que você tem, tenha fé que é seu caboclo que virá. Caso sinta outra vibração, não permita e retome do começo.
Não adianta você riscar o ponto, porque quem risca ponto é a entidade, depois de manifestada e não o médium. Mas você precisa conhecer os sete sinais positivos de um ponto riscado pois entidades malévolas ou brincalhonas, não teriam condições de riscá-lo. No caso de entidades que se manifestam como ciganas, não sabemos como proceder, pois não pertencem a nenhuma linha específica; são apenas um agrupamento, que por vezes vem trabalhar na caridade. E quanto a seus amigos exus, essas fantásticas entidades, eles vão trabalhar sob as ordens do seu caboclo, pois é desta forma que eles trabalham, de maneira que você não precisa, necessariamente, incorporá-lo. Ele vai trabalhando junto, de qualquer maneira. É preciso que você identifique também o que poderia estar desequilibrando você. Geralmente é nossa irritação com alguma vicissitude ou aborrecimento. Isso precisa ser combatido, pois não basta trabalhar na caridade para os outros. É preciso trabalhar na caridade também para si mesmo. A melhor maneira de não se irritar é compreendendo que nem tudo pode ser do nosso jeito e não se esquecendo de perdoar sempre.
Sou espírita há muitos anos, mas poucas vezes eu consegui dar passividade às entidades. No entanto, quando vou a algum centro de umbanda, eu sinto tão fortemente o envolvimento das entidades, que chego a "passar mal". Quando vou receber o passe na umbanda, sempre acabo por "receber" entidades ligadas a umbanda com grande facilidade. Aí me dizem que tenho que trabalhar lá.
Aprendi no kardecismo que o médium é médium em qualquer lugar e está apto a "receber" tanto um irmão sofredor como um espírito mais esclarecido. Essa afirmação me criou um conflito: por que então não consigo ter a mesma facilidade nos trabalhos mediúnicos da casa espírita, com a mesma facilidade que tenho no centro de Umbanda?
Será que tenho compromissos espirituais com a Umbanda e não com a Doutrina Espírita? Ou são obsessores que me "pegam"?
Dar passividade no Kardecismo geralmente é mais fácil, ao contrário do que você diz, pelo fato do médium poder se concentrar e, especialmente, fechar os olhos. Por outro lado são poucos os dirigentes espíritas que tem o hábito de "ajudar" o médium a "incorporar", numa mesa de intercâmbio espiritual. Como o treinamento é feito num curso à parte, na hora do trabalho o médium está mais por conta própria, praticamente, e pode se tornar difícil.
Na umbanda existem duas possibilidades. A primeira é que quando você recebe o passe, ou, às vezes, durante o simples atendimento com as entidades manifestadas, as entidades da casa estão trabalhando no sentido de ajudá-lo a incorporar, para mostrar a você, eventualmente, que você tem a mediunidade, e aí fica mais fácil. É como se fosse um aviso.
Quando você passa mal, dentro de um centro de umbanda, não é, necessariamente, por estar cercada de obsessores (pode até acontecer de algum desafeto seu não estar muito satisfeito por você estar lá e em vias de libertar-se dele), mas mais freqüentemente, é a sua mediunidade em desequilíbrio, que capta, desordenadamente, as vibrações do ambiente.
A outra possibilidade é essa que você intuiu mesmo: o médium de umbanda é aquele que tem um carma com a magia. É aquele que já trabalhou com magia no passado e está preparado para esse trabalho no presente. É como se ele chegasse na "sua casa".
Agora, a coisa mais interessante de sua mensagem é a provável distinção que você parece fazer, do tipo: no kardecismo se recebem espíritos esclarecidos e na umbanda se recebem espíritos sofredores, etc. Essa premissa não corresponde absolutamente a verdade.
Fonte: site
Em ambos os casos, as duas coisas acontecem. A diferença é que na umbanda, o médium não deve (e não precisa) receber obsessores e sofredores, pois eles são doutrinados na espiritualidade, ao contrário do kardecismo, onde a doutrinação começa na mesa de intercâmbio. Infelizmente algumas casas de umbanda ainda fazem "descargas", usando os médiuns, o que só serve para desequilibrá-los, pois isso não é absolutamente necessário.
Os espíritos, bondosamente, se "vestem" para cada trabalho, dependendo da forma que nós, encarnados, estamos preparados para recebê-los. Uma mesma entidade pode se apresentar como Pai João na umbanda e como Dr. Fulano de Tal no Kardecismo. Somos nós que fazemos as diferenças. São os nossos preconceitos, que as entidades compreendem e toleram, amorosamente.
A melhor coisa a fazer é seguir o seu coração e ficar na casa onde você se sinta mais à vontade. Pode ter certeza que, com maior ou menor dificuldade, a caridade que você vai fazer será a mesma, desde que realmente use a sua mediunidade de "incorporação". Mesmo porque a mediunidade não desenvolvida costuma trazer problemas físicos para o médium, um dia ou outro.
O importante é você procurar ficar numa casa séria, onde nada se cobre por nenhuma caridade praticada e onde nenhum ritual aconteça que possa causar qualquer tipo de constrangimento.
Sobre entidades que vieram trabalhar na Umbanda
Gostaria de saber alguma informação à respeito dos espíritos encantados.
Os encantados foram entidades que se manifestaram originalmente na antiga Atlântida (veja a primeira aula do curso on-line), quando surgiu a primeira síntese de Umbanda (as manifestações na forma: os puros, os simples e humildes).
São entidades que nunca tiveram reencarnações terrestres. Junto a eles, naquela época, também se manifestaram entidades chamadas de os nyrmanacayas (espíritos que já completaram suas reencarnações terrestres).
Muitos destes últimos se apresentam hoje na linha de Yori,  popularmente conhecida como "crianças" - na verdade são crianças apenas no sentido dos renascidos para a vida espiritual e não são crianças de fato. Também se manifestam na linha de Oxalá.
Sobre rituais
 Por qual razão durante a quaresma não podemos incorporar nenhuma entidade?
Nenhuma incorporação deveria acontecer. A explicação para as casas não trabalharem desde o natal ate o fim do carnaval é pelo fato do ambiente, aqui no plano material, estar muito pesado, em função dos desregramentos da época de festas, das dores das pessoas numa época onde as famílias deveriam estar reunidas e pelos desejos de bens materiais impossíveis de serem satisfeitos, por exemplo.
Com a vibração do ar pesada, o ambiente se torna propicio para a ação da magia negra, havendo grande movimentação no astral. As casas param ou deveriam parar para proteção dos médiuns. As equipes espirituais continuam seus trabalhos nessa época, ate mesmo para combater os magos negros. O médium tem como obrigação manter-se equilibrado e em vibração positiva, ate mesmo para ajudar a equilibrar as egrégoras formadas por tantos desatinos dos homens.
Dúvidas a respeito de mediunidade. Como encontrar um bom lugar? Como saber quando uma pessoa tem mediunidade? 
Existem muitos sintomas específicos de mediunidade, tais como: insônia, ou sono demais, tonturas, dores físicas sem causa aparente, especialmente dor de cabeça ou de estômago,  angústia, batedeiras no coração, falta de ar, nervosismo, aperto no peito, pesadelos, acordar cansado, dores nos ombros ou tensão no pescoço, formigamentos, suores excessivos, desmaios, etc. Todos sintomas de algum tipo de mediunidade (cura ou incorporação).  além dos mais óbvios, como visões ou escutar vozes, choros, etc.
 Claro que sempre se deve descartar eventuais problemas físicos que poderiam estar causando tais sintomas.
Na verdade existe uma centena de sintomas, mas esses são os mais comuns.
 Na Umbanda o bom lugar para se desenvolver é aquele onde se pratique a caridade pura e desinteressada, onde nada se cobre, nunca, por nenhuma caridade praticada e  onde só se trabalhe visando o bem das pessoas e da humanidade.
Quais são os sintomas que um médium de Umbanda pode sentir para descobrir que é médium de cura?
Existem sintomas que sugerem fortemente um processo mediúnico de cura não resolvido, tais como: tonturas, dores de cabeça, dores de estômago, sintomas de plenitude gástrica, flatulência, dores abdominais, cólicas, aperto no peito (angústia),  acordar cansado, dores nos ombros ou tensão no pescoço, formigamentos, tosse seca, falta de ar, suores excessivos, desmaios, problemas hormonais, artrites, dores nas articulações, rinites, sinusites, etc. Todos sintomas de algum tipo de mediunidade. Os sintomas físicos e outros de efeitos físicos (objetos que se mexem, barulhos, etc) geralmente denotam mediunidade de cura.
 Lembramos sempre que se deve descartar eventuais problemas físicos que poderiam estar causando tais sintomas.
Os problemas físicos são causados pelo acúmulo ou manipulação do ectoplasma; ectoplasma é o chamado fluído de cura, que assimilamos através da alimentação e deveríamos trocar com a natureza sem acumular - temos que trocá-lo porque ele é essencial à vida; mas quem tem mediunidade de cura vem com a proposta cármica de trocar muito mais lentamente o mesmo com a natureza para sempre sobrar um pouco para ser doado em trabalhos de cura. O ectoplasma é um potente anti-inflamatório, anti hemorrágico, anestésico, cicatrizante, etc, etc, etc. - não só para tratamentos de encarnados como de desencarnados.
Existem técnicas simples para se doar o ectoplasma em trabalhos de cura.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Mediunismo, Mediunidade, Animismo e Mistificação
 Freddy Brandi
A expressão mediunismo, criada por Emmanuel, designa as formas primitivas de mediunidade que fundamentam as crenças e a religião primitivas. Primitivismo; adoração inclusive de objetos inanimados, broches, talismãs, amuletos, e etc., o fetichismo nas crenças indignas e religiões africanas. A diferença entre Mediunismo e Mediunidade está na conscientização do problema mediúnico.
"A mediunidade é o mediunismo desenvolvido, racionalizado e submetido à religião religiosa, filosófica e às pesquisas científicas necessárias ao esclarecimento dos fenômenos, sua natureza e suas leis.
O mediunismo divide-se em vários ramos correspondentes, as noções africanas de que procedem. Existem as mais e as menos elevadas:
Umbanda: -  São  as práticas mais elevadas e voltadas para o bem.
Quimbanda: - Rituais selvagens provocados pelo sangue dos animais sacrificados e queima de pólvora e outros rituais relacionados a inferioridades dos espíritos.
Candomblé: - São as Danças nativas de origem africana e indígena.
A Macumba: - É um ritual muito antigo. Diz Herculano Pires que a Macumba é um instrumento de sopro, geralmente, de bambu, que é tocado para chamar os espíritos do mato, é o "despacho", ao contrário do que se pensa, não é a oferenda de comidas e bebidas que é colocada nas encruzilhadas, mas o envio de espíritos inferiores para atacar as pessoas visadas.
Mediunidade: É a faculdade humana pela qual se estabelece a relação entre homens e espíritos. Não é um poder oculto que se possa  desenvolver através de praticas, rituais ou pelo poder misterioso, desenvolve-se naturalmente nas pessoas de maior sensibilidade para captação mental, de coisas e fatos do mundo espiritual que nos cerca e nos afeta, com as suas vibrações afetivas e psíquicas.
É a faculdade ou aptidão que possuem certos indivíduos determinados médium, de servirem de intermediário entre o mundo físico e espiritual. A mediunidade é dada sem distinção a fim de que os espíritos possam levar a luz a todas as camadas, a todas as classes da sociedade, ao pobre como ao rico, os virtuosos, para os fortalecer no bem, e os viciosos para os  corrigir.
Mediunidade é simplesmente uma aptidão para servir de instrumento mais ou menos dócil, aos espíritos em geral. O bom médium é aquele que constrói boas qualidades morais e constantemente cultiva bons pensamentos, possui o hábito da oração e da leitura.
Dessa maneira , a mediunidade é a condição natural do homem, uma faculdade geral da espécie humana, que se revela em dois campos paralelos de fenômenos: os Anímicos: Que são os fenômenos mediúnicos, com há maior influência do espírito do médium na relação entre duas esferas, como nos casos de vidência. Espíritas: são fenômenos mediúnicos, quando, na relação, há uma atuação direta do espírito desencarnado sobre o encarnado, como ocorre na audiência e na psicografia.
Mistificação: São os escolhos mais desagradáveis da prática espírita; mas há um meio de evita-los, o de não pedires ao espiritismo nada mais do que ele pode e deve dar-vos; seu objetivo é o aperfeiçoamento moral da humanidade. Desde que, não vos afasteis disso, jamais sereis enganados, pois não há duas maneiras de compreender a verdadeira moral, aquela de que todo homem de bom senso pode admitir; mesmo que o homem nada peça, nem que evoque, sofre mistificações, se aceitarem o que dizem os espíritos mistificadores. Se o homem recebesse com reserva e desconfiança tudo que se afasta do objetivo essencial do espiritismo, os espíritos levianos não o enganariam tão facilmente.
Mistificar:  Quer dizer; enganar , trapacear, burlar, tapear, iludir, iniciar alguém nos mistérios de um culto, torna-lo iniciado, abusar da boa fé.
“Do que se conclui que só é mistificado aquele que merece”
Animismo: (anima – alma) Sistema fisiológico que considera a alma como causa primária de todos os fatos intelectuais e vitais, isto é, expõe o fenômeno anímico como a manifestação da alma do médium, portanto, á alma do médium pode manifestar-se como qualquer ouro espírito, desde que goze de certo grau de liberdade, pois recobra os seus atributos de espírito e fala como tal e não como encarnado. Para que se possa distinguir, se é o espírito do médium ou outro que se comunica, é necessário observar a natureza das comunicações, através das comunicações e da linguagem.
Outro grande engano é confundir Animismo com Mistificação.
 "Na verdade a questão do Animismo foi de tal maneira inflada, além de suas proporções, que acabou transformando-se em verdadeiro fantasma, uma assombração para espíritas desprevenidos ou desatentos. Muitos são os dirigentes que condenam sumariamente o médium, pregando-lhe o rótulo de fraude, ante a mais leve suspeita de estar produzindo fenômeno anímico e não espírita. Creio oportuno enfatizar aqui que em verdade não há fenômeno espírita puro, de vez que a manifestação de seres desencarnados, em nosso contexto terreno, precisa do médium encarnado, ou seja, precisa do veículo das faculdades da alma (espírito encarnado) e, portanto, manifestações anímicas".
A conclusão que chegamos é que não há fenômeno mediúnico sem participação anímica.
Existem também manifestações de animismo puro, ou seja, comunicação produzida pelo espírito do médium, sem a participação de outro espírito - encarnado ou desencarnado, pode ocorrer um processo espontâneo de regressão de memória. Existem fraudes de médiuns e de Espíritos que nada têm a ver com o animismo e o mediunismo. Pode ocorrer o desejo de promoção pessoal e de grupos. Existem a dos Espíritos que usam nomes falsos para desequilibrarem àqueles que se esquecem de estudar e julgam assim serem superiores demais. Devemos conservar a humildade e agradecer constantemente a oportunidade de servir.

Desenvolvimento Mediúnico

O desenvolvimento do médium seja ele iniciante ou não, afinal jamais se saberá de tudo, e por isso deve-se buscar a constante atualização nos materiais sobre o que se pretende aprender.
 Comumente relatos de médiuns iniciantes mostram que certos Médiuns, antes de trabalharem na corrente de Umbanda apresentavam incorporações desordenadas, constantes visões a todo instante, ouviam e sentiam muitas coisas, e que, após a entrada para o ofício mediúnico na Casa de Umbanda, essa intensidade diminuiu muito, chegando em alguns dos casos até extinguir-se.
 Os Guias e Mentores de Luz entendem que estas sensações de desequilíbrio e desarmonia que antes eram sentidos pelo médium sem terreiro, não mais são necessárias novamente, eis que estes desequilíbrios aconteceram para que o indivíduo se conscientizasse sobre seu caminho espiritual, acerca de Deus, da Caridade, do seu real objetivo na Terra, e obviamente de seu Karma espiritual.
Porém esta conscientização só se dará por meio de estudos.
 Reflitamos e entendamos então, que só por meio do estudo conseguiremos entender mais sobre estas indagações acima expostas, e só com a prática habitual do estudo cominada com a prática empírica da mediunidade poderá ter a excelência na prestação do ofício mediúnico, e no tão pretendido desenvolvimento “completo” das faculdades mediúnicas. Paciência, estudo, concentração, disciplina servirão e muito para galgar o rápido desenvolvimento.
  Com muita freqüência, vemos que os médiuns iniciantes na Umbanda têm pressa na prática do exercício de sua Mediunidade seja da incorporação, de vidência, de psicografia, entre tantas outras faculdades, o que o médium aprendiz deseja é começar logo na prestação de sua caridade espiritual, além de querer conseguir sua total evolução em um período curto de tempo.
 Antes de tudo, deve-se saber que o processo de desenvolvimento das faculdades mediúnicas se dá individualmente e que cada indivíduo tem seu tempo, não existindo regras quanto à estipulação de tempo para as faculdades mediúnicas, sendo, portanto, cada um responsável pelo seu próprio
Desenvolvimento espiritual e cada qual com seu tempo.
 Outro ponto a ser abordado, é que, jamais um dirigente espiritual centrado fará ser apressado este processo, que Via de Regra é lento e acima de tudo individual, também não se quer ver o médium iniciante atropelando-se nas etapas necessárias ao perfeito trabalho
Mediúnico, pois o que se objetiva não é apressar ou tornar madura a mediunidade precocemente, sem que antes, haja o estudo mediúnico aliado à prática experimentada da faculdade mediúnica.
Deve haver ainda, a sapiência e a consciência do médium sobre os atos, preceitos e fundamentos litúrgicos da Umbanda, antes por exemplo, de se ver um médium de incorporação consultando, este deve estar capacitado e apto ao trabalho mediúnico, e estes fatores só terão êxito se houver juntado com a prática do desenvolvimento e o estudo, pois sem ele, não se conseguem princípios basilares para o trabalho mediúnico adequado.

Queda do Médium de Umbanda

Os médiuns na Umbanda e em outras correntes, também,Costumam cair ou baquear por três coisas:
a) Excesso de vaidade
b) Ambição pelo dinheiro fácil facultado pelo mau uso da Mediunidade
c) Sexo, ou seja, ligações amorosas nas dependências do terreiro, verificado mesmo, que muitos médiuns dentro do 1º e 2º caso, costumam voltar à linha justa, depois de convenientemente disciplinados pelos seus protetores. Para uns, apenas alguns trancos duros os consertam; para outros, faz-se necessários severos castigos etc, para se reintegrarem e finalmente receberem o perdão, visto terem deixado de lado tanta vaidade oca e prejudicial e tanta ambição pelo dinheiro fácil, “do santo”…
Porém, no 3º caso, o perdão - salvo condições excepcionalíssimas  é difícil, é raro… Quando, por via das condições excepcionais em que aconteceu o erro, alguns têm sido perdoados de conseqüências maiores, mas uma coisa é certa: - geralmente são abandonados pelos seus protetores, isto é “o caboclo, o preto-velho” não volta ao exercício mediúnico com eles - os médiuns que decaíram pelo sensualismo, pelo desrespeito às coisas espirituais de seus Terreiros ou de seus “congás” e, portanto, sagradas…
Não adianta a esses tais “médiuns-decaídos” quererem empurrar teimosamente, nos outros, “o seu caboclo, o seu preto-velho”…
Uma mancha negra persegue-os, não se apaga ninguém se esquece do caso e, no fundo, ninguém acredita neles e mesmo os de muita boas vontades acabam sempre duvidando de suas “mediunidades, de seus protetores etc”…
Sabemos que a maior regra, a maior força que existe para um médium segurar por toda sua vida terrena a proteção de suas entidades afins, é a sua conduta reta em todos os setores, é a sua MORAL, especialmente no seio familiar…
Allan Kardec - Livro dos Médiuns, fala sobre isso também, de outra forma.
Vejamos:
2ª Estará no esgotamento do fluido a causa da perda da mediunidade?
“Seja qual for a faculdade que o médium possua, ele nada pode sem o concurso simpático dos Espíritos. Quando nada mais obtém, nem sempre é porque lhe falta a faculdade; isso não raro se dá, porque os espíritos não mais “querem, ou podem servir-se dele.”
3ª Que é o que pode causar o abandono de um médium, por parte dos Espíritos?
“O que mais influi para que assim procedam aos bons Espíritos é o uso que o médium faz da sua faculdade. Podemos abandoná-lo, quando dela se serve para coisas frívolas, ou com propósitos ambiciosos; quando se nega a transmitir as nossas palavras, ou os fatos por nós produzidos, aos encarnados que para ele apelam, ou que têm necessidade de ver para se convencerem. Este dom de Deus não é concedido ao médium para seu deleite e, ainda menos, para satisfação de suas ambições, mas para o fim da sua melhora espiritual e para dar a conhecer aos homens a verdade. Se o Espírito verifica que o médium já não corresponde às suas vistas e já não aproveita das instruções nem dos conselhos que “lhe dá, afasta-se, em busca de um protegido mais digno.”
4ª A suspensão da faculdade não implica o afastamento dos Espíritos que habitualmente se comunicam?
“De modo algum. O médium se encontra então na situação de uma pessoa que perdesse temporariamente a vista, a qual, por isso, não deixaria de estar rodeada de seus amigos, embora impossibilitada de vê-los. Pode, portanto, o médium e até mesmo deve continuar a comunicar-se pelo pensamento com seus Espíritos familiares e persuadir-se de que é ouvido. Se for certo que a falta da mediunidade pode privá-lo das comunicações ostensivas com certos Espíritos, também certo é “que não o pode privar das comunicações morais.”
5ª Por que sinal se pode reconhecer a censura nesta interrupção?
“Interrogue o médium a sua consciência e inquira de si mesmo qual o uso que tem feito da sua faculdade, qual o bem que dela tem resultado para os outros, que proveito há tirado dos conselhos que se têm-lhe dado e terá a “resposta.”

VEJO TUDO... SERÁ QUE ESTOU INCORPORADO?                                        

Esse é o medo e a pergunta de todo médium que inicia sua caminhada na Umbanda é o fator da incorporação consciente.
A cada 10 médiuns 9 tem essa dúvida e insegurança no inicio de suas Incorporações.
Isso é muito comum de ouvirmos, esse tipo de dúvida sobre o transe, quem não teve esta duvida? Ou quem nunca ouviu esta pergunta?
Essa dúvida que assola a maioria dos terreiros a culpa é de grande parte dos dirigentes espirituais e dos médiuns de incorporação mais antigos que insistem em dizer que são totalmente inconscientes, talvez para valorizar sua mediunidade e não perderem a credibilidade ou com medo de serem tachados de mistificadores.
- Podemos nos acalmar! Há muito tempo sabemos que as entidades deixaram de usar a inconsciência como fator preponderante para um bom trabalho exercido através de seus médiuns, muito pelo contrario, hoje sabemos que 95% dos médiuns são totalmente conscientes, e 4% semi-conscientes.
A inconsciência completa hoje é rara nos médiuns, a minoria cerca de 1% dos médiuns a traz pelo dom mediúnico de nascença e não por necessidade espiritual dos Guias, e raramente irá ser revelada, justamente para não causar insegurança tão presente em nossa religião.
 PENSEMOS EM UM EXEMPLO:
Você Tem um Copo de Água, Adicione uma ou Duas Colheres de Açúcar , Dá ainda Para Identificar os Dois Elementos, Se Agitarmos Esses Dois Elementos Eles se Misturaram, Dando Assim Um Terceiro Elemento Inteiramente Modificado. Mas, Ainda Contendo os Outros Dois Elementos. – Assim Se Processa a Incorporação, A Mente do Médium Aliada a Energia Gerada Pela Entidade que se Aproxima, Unindo-se em Perfeita Harmonia e Com o Conhecimento de Ambos Fazem um Trabalho Mais Compacto e Correto. -Nunca Se Acanhe Em dizer que é Consciente, Pois ao Contrario a Persistência da inconsciência
Poderá Levá-lo a Falha dando Assim, Margens para Suspeitas de Mistificação.
MAIS UMA PROVA:
Os Médiuns Quando Incorporado Suas Entidades Possuem Alguns Trejeitos Vamos Usar o Caboclo Como Exemplo:
Caboclos Levam Uma Das Mãos para Traz Ou Fecham suas Mãos Estirando Um Dos Dedos Como se Fosse Uma Lança Ou Espada, Outros Mancam de uma Perna e Outros Gostam De Dançar, VOCÊ Médium Tente Impedir Um Desses Movimentos ou Vontades, Você estará Cometendo uma Falha Muito Grande de Intervenção, Má Terá a Prova da Reação da Entidade Não o Permitindo Corrigir a Postura ou Movimento.
 FINALIZANDO
Antigamente no Inicio Da Umbanda Havia a Necessidade Da inconsciência dos Médiuns, Muito era o Numero de Leigos E Descrentes, Muitos Curiosos de outras Seitas Testavam Nossos Médiuns de Forma Inconveniente, A Umbanda Sentia a Necessidade De Provar a que Veio, E Também por Causa De seus Médiuns que Sentiam Vergonha na Pronuncia, Nos Trejeitos e na Postura Das Entidades se Assustavam Com Estas Condições e que Por Conseqüência
Poderiam os Levar ao Afastamento de Suas Entidades e Obrigações Religiosas.
Hoje Graças ao Nosso Pai Oxalá, Nossos Orixás e Guias, E Com A Evolução Constante da Lei Todos nos Conhecemos as Capas Fluídicas que Nossas Entidades Faz de Uso, Não Havendo Assim Mais a Necessidade de Esconderem de seus Médiuns a Forma que se Apresentam.



Com o Espírito Incorporado
Sempre digo que o kardecismo é muito mais tolerante que a Umbanda. Na mesa um espírito incorpora, deixa uma linda mensagem de amor ou de advertência para os perigos mundanos sem a necessidade de dizer seu nome. Na umbanda, ele tem que incorporar no ponto de chamada, com a tipicidade da linha (caboclo, preto-velho ou criança), cumprir todas as ordens da hierarquia do terreiro, riscar o seu ponto individual, beber, fumar e dar seu nome, correndo o risco de, se não cumprir tudo, ser chamada a sua atenção.
Claro que tudo será feito com cautela e tempo de treinamento. Para chegar a isso, o médium passa uma dificuldade de saber o que fazer dentro do terreiro. Ele está incorporado com o Orixá, sentindo toda sua energia, mas ainda falta muito para dar o passo certo como cavalo bem domado, chegando mesmo em alguns momentos achar que o espírito se afastou, fato explicado pelo impulso mental do médium. Nessa parte quero chamar a atenção de um fato de grande importância. Dificilmente um médium é sonâmbulo (ou inconsciente, como alguns dizem), sendo o mais comum o médium consciente, aquele que sabe o que está acontecendo, mas não tem o controle das palavras e dos gestos.
É o que chamamos de terceira energia. Vejam como funciona: existe uma fusão do espírito do médium com o espírito comunicante, criando-se uma terceira energia. Gosto de dar exemplos. O café e o leite, separados, são puros. Misturados criam uma terceira bebida, podendo ser mais preto ou mais branco, conforme a quantidade das bebidas. Mas sempre, a união de ambos, terá uma terceira qualidade. É impossível a comunicação pura do espírito. O importante é a presença do espírito, com maior ou menor intensidade. Voltando ao médium perdido no terreiro, o seu impulso inicial é procurar alguém para lhe dar um passe ou tocar em sua testa. Muitos dirigentes não gostam desse procedimento e inibem o espírito de fazer isso, o que é um erro porque, talvez até mais que o próprio dirigente, é o espírito quem quer o desenvolvimento de seu cavalo escolhido.
Recomendo para minha hierarquia deixar que isso aconteça, sem exageros, é claro. Com o decorrer do tempo esse médium ganha um charuto, cachimbo ou cigarro de palha, conforme a entidade, e é quando ele começa a se acalmar, até procurar um lugar para sentar. Daí para riscar o ponto é bem mais rápido. Quero anotar aqui, para conhecimento dos médiuns em desenvolvimento, alguns erros que atrapalham bastante a evolução da mediunidade: não procurar, sob nenhuma hipótese, tentar adivinhar o nome do espírito; não querer riscar o ponto sem antes estar bem assentado com a entidade; não tentar dar avisos e recomendações a ninguém; não ter ciúmes do espírito e não pensar que ele é seu, porque espírito não tem dono.
É comum o médium incorporado procurar um amigo seu para lhe dar um passe ou falar com ele, e isso não invalida a incorporação e não quer dizer que foi o médium que procurou e não o espírito, principalmente porque a entidade, sabendo das dificuldades de seu cavalo, tenta de todas as formas facilitar a incorporação. Alguém já me perguntou como o espírito sabe que a pessoa é amiga do médium. Respondi convicto: mais do que o guia, ninguém conhece tanto os amigos de seu protegido.
 É fundamental ao médium confiar nos dirigentes do terreiro. Incorporem que as pessoas responsáveis estão lhe cuidando. Eu, na primeira vez que fui ao terreiro da Umbanda, senti a incorporação e saí dando passes para o ar e quase caí dentro do Congá. Meu pai-de-santo carinhosamente ajudou-me a levantar e disse: "você não está na mesa kardecista, e sim em um Terreiro de Umbanda. Com o tempo você aprende". E eu tinha vinte e cinco anos de experiência, o que me fez responder ao pai-de-santo: "estou nas suas mãos, vou esquecer momentaneamente tudo que sei do espiritismo". E foi o que fiz, sem nenhum arrependimento. Fazia, sem questionar, tudo que o pai-de-santo mandava.
Na Umbanda, os médiuns mais comuns são os de incorporação e os de intuição".