sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Defumação

Muitas pessoas nos escrevem fazendo perguntas ou pedindo referências literárias sobre fundamentos, rituais e práticas Umbandistas. Sei que é muito difícil praticar aquilo que não se entende e que é impossível amar aquilo que não se conhece. Pensando nisso e no fato de que só podemos ser bons médiuns se amarmos a Umbanda, resolvi iniciar hoje uma série de artigos que serão publicados de tempos em tempos visando o estudo e um maior conhecimento sobre os fundamentos básicos da Nossa Religião. Sendo assim, nada melhor do que começar pelo começo, não é mesmo? Então vamos hoje falar sobre defumação!
Nenhuma ação de limpeza ambiental é mais completa que uma boa defumação pois o ar concentrado de energias elementais entra e penetra em todos os cantos e brechas da casa envolvendo as paredes, o teto, o chão, os móveis, enfim, tudo. Além disso a defumação também descarrega o corpo mediúnico das pessoas e sutiliza suas vibrações tornando-as receptivas às energias de ordem positiva fazendo, assim, com que a comunicação com o Plano Astral Superior se torne mais fácil e em perfeita harmonia. Tudo isso facilita a imantação positiva que as Entidades de Luz irradiam sobre o nosso corpo físico, irradiação esta capaz de eliminar as doenças de fundo espiritual e material.
É comum o uso religioso das defumações pelos Sacerdotes pois um Terreiro, um Centro, um Templo e até uma Igreja são locais onde as pessoas vão para descarregar seus emocionais. Chegam da rua com pensamentos negativos, vibrações pesadas, sentimentos rancorosos e o forte magnetismo existente nesses recintos desagrega os acúmulos das auras das pessoas que ficam retidos no interior desses locais religiosos. Então a defumação torna-se necessária e até obrigatória pois ela visa purificar o ambiente e dissipar as condensações ali acumuladas, sem contar que quando queimamos incensos naturais nossos pensamentos ficam claros e de alguma maneira estamos agradecendo à Mãe Terra pelo ar fresco e ajudando a clarear o pensamento individual e planetário.
O segredo da defumação por parte das entidades espirituais que utilizam os cachimbos, os charutos e até cigarros são variados e dependem do caso em questão. É importante que fique bem claro que as entidades não fumam, isso quer dizer que não são viciadas nem viciam o médium como  muitos pensam. Eles apenas utilizam o charuto, por exemplo, como elemento concentrador vegetal do fumo acompanhado do seu sopro que pode ser quente, frio, desagregador, harmonizador ….. mas isso tudo é assunto para um outro artigo !
Infelizmente incensos comerciais raramente contêm resinas ou óleos naturais pois são feitos com essência sintética e derivados de petróleo que na verdade não trazem benefício algum. Portanto, para fazer uma boa defumação é preciso um turíbulo cheio de carvão em brasa sobre o qual vai se derramando ervas secas e resinas. Todas as janelas e portas deverão ser fechadas deixando apenas uma aberta para a saída de “todo o mal”. Manuseie seu defumador de maneira que a fumaça aromática envolva tudo: todas as pessoas da sua casa, os móveis, os armários (abrindo suas portas), as camas (embaixo e em cima), não esquecendo dos animais de estimação. É importante fazer a defumação sempre em oração podendo também cantar, afinal quem canta os males espanta! É sempre recomendado que as pessoas da casa tomem um banho de ervas depois da defumação afinal não basta somente limpar o ambiente temos que limpar também o nosso campo áurico.
Alguns pequenos exemplos de ervas que podem ser usadas nas defumações (sempre secas):
·                                 limpeza: casca de alho ou cebola, orégano, arruda, guiné, quebra demanda
·                                 prosperidade: canela, folhas ou grãos torrados de café, eucalipto, colorau
·                                 harmonia: anis estrelado, camomila, alecrim, alfazema, sálvia
·                                 meditação: sândalo, mirra, olibano, sangue de dragão

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Enfermidade

Ninguém poderá dizer que toda enfermidade, a rigor, esteja vinculada aos processos de elaboração da vida mental, mas todos podemos garantir que os processos de elaboração da vida mental guardam positiva influenciação sobre todas as doenças.
Há moléstias que têm, sem dúvida, função preponderante nos serviços de purificação do espírito, surgindo com a criatura no berço ou seguindo-a, por anos a fio, na direção do túmulo.
As inibições congeniais, as mutilações imprevistas e as enfermidades dificilmente curáveis catalogam-se, indiscutivelmente, na tabela das provações necessárias, como certos medicamentos imprescindíveis figuram na ficha de socorro ao doente; contudo, os sintomas patológicos na experiência comum, em maioria esmagadora, decorrem dos reflexos infelizes da mente sobre o veículo de nossas manifestações, operando desajustes nos implementos que o compõem.
Toda emoção violenta sobre o corpo é semelhante a martelada forte sobre a engrenagem de máquina sensível, e toda aflição amimalhada é como ferrugem destruidora, prejudicando-lhe o funcionamento.
Sabe hoje a medicina que toda tensão mental acarreta distúrbios de importância no corpo físico.
Estabelecido o conflito espiritual, quase sempre as glândulas salivares paralisam as suas secreções, e o estômago, entrando em espasmo, nega-se à produção de ácido clorídrico, provocando perturbações digestivas a se expressarem na chamada colite mucosa. Atingido esse fenômeno primário que, muita vez, abre a porta a temíveis calamidades orgânicas, os desajustamentos gastrintestinais repetidos acabam arruinando os processos da nutrição que interessam o estímulo nervoso, determinando variados sintomas, desde a mais leve irritação da membrana gástrica até a loucura de abordagem complexa.
O pensamento sombrio adoece o corpo são e agrava os males do corpo enfermo.
Se não é aconselhável envenenar o aparelho fisiológico pela ingestão de substâncias que o aprisionem ao vício, é imperioso evitar os desregramentos da alma que lhe impõem desequilíbrios aviltantes, quais sejam aqueles hauridos nas decepções e nos dissabores que adotamos por flagelo constante do campo íntimo.
Cultivar melindres e desgostos, irritação e mágoa é o mesmo que semear espinheiros magnéticos e adubá-los no solo emotivo de nossa existência, é intoxicar, por conta própria, a tessitura da vestimenta corpórea, estragando os centros de nossa vida profunda e arrasando, conseqüentemente, sangue e nervos, glândulas e vísceras do corpo que a Divina Providência nos concede entre os homens, com vistas ao desenvolvimento de nossas faculdades para a Vida Eterna.
Guardemos, assim, compreensão e paciência, bondade infatigável e tolerância construtiva em todos os passos da senda, porque somente ao preço de nossa incessante renovação mental para o bem, com o apoio do estudo nobre e do serviço constante, é que superaremos o domínio da enfermidade, aproveitando os dons do Senhor e evitando os reflexos letais que se fazem acompanhar do suicídio indireto. (EMMANUEL - Pensamento e Vida, FCXavier)



Comportamento do Médium

     -Este caso – falou baixinho o Preto-Velho para os outros médiuns presentes – é o típico caso do encosto, conforme dizem meus filhos. Um espírito qualquer se sentiu atraído pela aura do rapaz e, de modo bastante natural, sentiu afinidade com o comportamento dele. O espírito não pretende fazer mal algum; porém, está quase que aprisionado magneticamente à sua aura. Mas não adianta nada separarmos os dois se o moço não modificar a vibração de seus pensamentos e emoções, adquirindo atitudes mais sadias. Vamos ver o que se pode fazer.
     O pai-velho induziu um dos médiuns a ficar ao lado do rapaz, que se contorcia e chorava, como se estivesse numa luta intensa.
     Do outro lado da situação, a entidade tremia violentamente, quase em espasmos, literalmente grudada à aura do rapaz. Energias sutis eram sugadas pela entidade, que subtraía de Tony fluidos preciosos, porém em grande medida comprometidos pela qualidade das emoções do consulente. Eram fluidos pesados, que pareciam se esvair através dos poros ao mesmo tempo em que eram absorvidos pelo espírito errante.
     O médium entrou em sintonia com o pensamento da entidade, e a transferência magnética foi imediata, liberando Tony da influência estranha. O espírito acoplou-se vibratoriamente à aura do médium e começou a se utilizar da sua voz para expressar-se:
     -Eu não tenho culpa – falou, quase gaguejando, a entidade através do médium Paulo César. – Fui atraído para perto dele e, a partir daí, não consegui mais me livrar. Estou amarrado a ele.
     Sob a orientação do pai-velho, a entidade foi desligada fluidicamente da aura do consulente.
     Espíritos amigos aproximaram-se do rapaz, manipulando energias magnéticas com tal intensidade que os laços fluídicos com a entidade foram desfeitos de imediato. Contudo, via-se claramente que fluidos pesados ainda ficaram aderidos ao corpo espiritual de Tony. Parecia uma fuligem, que impregnava a aura do moço, penetrando pelo interior de seu corpo.
     -Você está com uma crosta de sujeira energética, meu filho – falou o pai-velho para o rapaz, que recobrava seu domínio mental. – É como se você, durante longo tempo, tivesse se envolvido com ambientes ruins e nocivos a sua saúde espiritual. Elementos de baixíssima vibração impregnaram sua aura. E olha que a culpa não é do obsessor, mas é responsabilidade sua.
     O rapaz baixou o rosto sensibilizado e, ao mesmo tempo, envergonhado.
     -Sua conduta, filho, é que define o tipo de companhia espiritual que circunda ao seu redor. Não adianta estar vestido de terno e gravata e ter um verniz social, sem uma vivência real de qualidade. Pode até ser que você pense estar escondendo algo de seus amigos ou de alguma pessoa, mas sua vida, na verdade, é um livro aberto. Para nós, espíritos, as atitudes e os comportamentos se transformam em entidades vivas, em energias poderosas, sejam eles bons ou maus. É dessa forma que você atrai outros seres que se apegam a seus vícios e paixões e, de alguma maneira, passam a se alimentar de seus pensamentos mais secretos, espelhando-se em seu comportamento. Nem sempre esses espíritos despreparados querem prejudicá-lo, mas com certeza a qualidade de seus pensamentos e atitudes os excita e atrai. Por sua vez, através do processo de sintonia mental eles acabam por influenciar você também, embora nem sempre tenham consciência do que lhes ocorre. Tenha cuidado, filho, pois semelhante atrai semelhante.

Que fique aqui mais um ensinamento para nós médiuns.
Do livro Corpo Fechado – psicografado por Robson Pinheiro
Pelo espírito W.Voltz, orientado por Ângelo Inácio.

Orixás

Os orixás são deuses africanos que correspondem a pontos de força da Natureza e os seus arquétipos estão relacionados às manifestações dessas forças. As características de cada Orixá os aproxima dos seres humanos, pois eles se manifestam através de emoções como nós. Sentem raiva, ciúmes, amam em excesso, são passionais. Cada orixá tem ainda seu sistema simbólico particular, composto de cores, comidas, cantigas, rezas, ambientes, espaços físicos e até horários. Como resultado do sincretismo que se deu durante o período da escravidão, cada orixá foi também associado a um santo católico, devido à imposição do catolicismo aos negros. Para manterem seus deuses vivos, viram-se obrigados a disfarçá-los na roupagem dos santos católicos, aos quais cultuavam apenas aparentemente.
Estes deuses da Natureza são divididos em 4 elementos - água, terra, fogo e ar. Alguns estudiosos ainda vão mais longe e afirmam que são 400 o número de Orixás básicos divididos em 100 do Fogo, 100 da Terra, 100 do Ar e 100 da Água, enquanto que, na Astrologia, são 3 do Fogo, 3 da Terra, 3 do Ar e 3 da Água. Porém os tipos mais conhecidos entre nós formam um grupo de 16 deuses. Eles também estão associados à corrente energética de alguma força da natureza. Assim, Iansã é a dona dos ventos, Oxum é a mãe da água doce, Xangô domina raios e trovões, e outras analogias.
Na Umbanda e no Candomblé se cultuam muitos outros orixás, desconhecidos por leigos, por serem menos populares do que Xangô, Iansã, Oxossi e outros, mas com um significado muito forte para os adeptos dos cultos afro-brasileiros. Alguns são necessariamente cultuados, devido à ligação com trabalhos específicos que regem, para a saúde, morte, prosperidade e diversos assuntos que afligem o dia-a-dia das pessoas. Estes deuses africanos são considerados intermediários entre os homens e Deus, e por possuírem emoções tão próximas dos seres humanos, conseguem reconhecer nossos caprichos, nossos amores, nossos desejos. É muito comum, alguns dizerem que suas personalidades são conseqüências dos Orixás que regem suas cabeças, desenvolvendo características iguais às destes deuses africanos.
Apresentamos à seguir as descrições dos 16 Orixás mais cultuados no Brasil. Lembramos que existem diversas correntes no Candomblé e na Umbanda, por essa razão as informações poderão ser diferentes de acordo com a tradição ou região.

O PANTEÃO DOS ORIXÁS AFRO-BRASILEIROS

EXU, Senhor dos caminhos, Orixá mensageiro e vencedor de demandas. Por estar mais próximo da realidade humana é considerado o Orixá das causas materiais. Veste-se de vermelho e preto e seu elemento é o fogo. Seu dia é a Segunda-feira e sua saudação é "Laroiê !". Seus filhos são pessoas críticas e originais, não ligam para opiniões alheias. Adeptos da lei do menor esforço, preferem concentrar suas energias no lazer. De hábitos noturnos, tendem a ser egoistas e tornam-se tristes quando não se encaixam em determinados ambientes.
OGUM, é o Orixá guerreiro. Deus do ferro e da guerra. Seu domínio são as retas dos caminhos, as lutas e o trabalho. Veste-se de azul escuro, verde ou vermelho. Traz sempre sua espada pronta para o ataque. Seu dia é terça-feira e sua saudação é "Ogunhê !" Seus filhos, são pessoas com um apurado senso de honra e incapazes de perdoar uma ofensa. São fisicamente muito resistentes, curiosos por natureza, possuem muita capacidade de concentração e perseguem seus objetivos com derterminação.
OXOSSI, Orixá caçador, protetor das matas, dos animais da floresta e dos caçadores. Veste-se de verde, azul turquesa e vermelho. Traz sempre o seu Ofá (arco e flexa). Seu dia é a Quinta-feira e sua saudação é "Okê Arô Oxossi !" Seus filhos, são pessoas muito exigentes no cumprimento das obrigações, de atitudes firmes e até um pouco duras. Não têm "papas na língua" e costumam falar tudo o que pensam. Dão muito valor aos acordos e não faltam com sua palavra. Com tendência à timidez, não gostam de demonstrar suas emoções.
OSSAIM, Orixá das ervas medicinais e das plantas em geral, presentes em todos os rituais de iniciação no Candomblé. É representado por um pássaro pousado num ramo e seu domínio é a mata virgem. Veste-se de verde e rosa. Seu dia é Quinta-feira e sua saudação é "Ewé ô - Ewe assá !". Seus filhos, são pessoas com forte tendência à religiosidade, tolerantes e de bom coração. De personalidade instável, costumam controlar seus sentimentos e emoções. Valorizam a liberdade e não se apegam aos bems materiais.
OBALUAIÊ, ( ou OMOLU, em sua forma velha). O deus das pestes e das doenças de pele. Por ser o deus da peste conhece a cura de todos os males. Veste-se de branco e preto e usa um capuz de palha-da-costa que encobre todo o corpo. Dança com o Xarará. Seu dia é segunda-feira e sua saudação é "Atotô !" Seus filhos, são pessoas que se preocupam demais com os outros, esquecendo de seus próprios interesses. Podem até ter uma boa situação financeira, porém não se apegam aos bens materiais. São inquietos e não apreciam a monotonia.
OXUMARÉ, Orixá da sorte, fartura e fertilidade. Protetor das mulheres grávidas. Seu domínio são os poços e fontes da mata. Veste-se de verde e amarelo ou com as sete cores do arco-íris e é representado por uma serpente. Seu dia é Quinta-feira e sua saudação é "Àrobô bô yi !". Seus filhos são pessoas orgulhosas e exibicionistas. Periódicamente mudam tudo em sua vida: casa, emprego, amigos, sempre buscando novidades. Costumam desenvolver o dom da vidência e possuem intuição aguçada, que normalmente lhes revelam os melhores caminhos.
EWÁ, Orixá das chuvas, rainha dos mistérios e da magia, jovem virgem que recebeu de Orunmilá o poder de ler os Búzios (o Oráculo de Ifá). Comanda os astros e está ligada às mudanças e transformações das águas. Veste-se de vermelho e branco. Seu dia é Sábado e sua saudação é "Ri-rò !". Seus filhos são pessoas extremamente metódicas e racionais. Costumam traçar metas para tudo. Conservadoras, acabam sofrendo com o execesso de rotina que conseguem estabelecer em suas vidas.
XANGÔ, o Orixá da justiça, do trovão e da pedreira. Veste-se de vermelho e branco. Usa uma coroa, e traz o Oxé (machado duplo) e o Xerê (instrumento musical) Seu dia é Quarta-feira e sua saudação é "Kawó-Kabyesilé !". Seus filhos são pessoas fisicamente fortes, atrevidos e prepotentes. Com um senso de justiça muito próprio, não suportam desaforos. As vezes agem como se fossem os donos da verdade. Porém, quando a situação complica, sempre buscam um meio termo, para não sair perdendo.
OXUM, é a rainha dos rios e das cachoeiras (todas as águas doces), do ouro e do amor. Veste-se de amarelo, dourado, azul claro e rosa. Traz em suas mãos o Abebê (espelho-leque) e uma espada se for guerreira. É a segunda esposa de Xangô. Seu dia é Sábado e sua saudação é "Ora Ieiê Ô !". Seus filhos são pessoas graciosas e elegantes, adoram jóias, perfumes e roupas caras. Voluptuosas, sensuais, esbanjam charme e beleza. Possuidoras de muita frorça de vontade e um grande desejo de ascensão social.
IANSÃ, é a deusa guerreira, senhora dos ventos, das tempestades e dona dos raios. É a dona dos eguns, por isso seus filhos são os mais indicados para a entrega de ebós. É a mulher principal de Xangô. Veste-se de vermelho, marrom escuro, e branco. Seu dia é Quarta-feira e sua saudação é "Eparrei Oiá !". Seus filhos, são pessoas alegres, audaciosas, intrigantes, autoritárias e sensuais. Adoram usar joias e bijuterias. Extrovertidas, francas e amantes da natureza. Ambiciosas e de temperamento forte. São guerreiras e comunicativas.
LOGUN-EDÉ, filho de Oxum com Oxóssi. Seus domínios são os leitos de rios e mares. Veste-se com uma pele de leopardo, leva em uma mão o espelho de Oxum e na outra as armas de Oxóssi. Suas cores são amarelo e azul. É representado por um pavão ou um papagaio. Seu dia é Quinta-feira e sua saudação é "Olu A Ô Ioriki !". Seus filhos são pessoas bonitas, atraentes e sedutoras. Carinhosos, amorosos e sensuais. Orgulhosos e vaidosos. Inconstantes, indecisos, frios e calculistas. reservados e um tanto calados. Ciumentos, solitários e discretos.
OBÁ, uma das esposas de Xangô, Orixá do equilíbrio e da justiça. Seu domínio são as águas revoltas. Veste-se de laranja e amarelo, portando espada e protegendo a orelha com um escudo. Seu dia é Quarta-feira e sua saudação é "Obá xirê !". Os filhos de Obá são pessoas pouco atraentes, desajeitadas e de temperamento forte. Agressivas e objetivas. Aparentam ser mais velhas do que realmente são. Costumam ser bem sucedidas nos negócios e gostam de acumular bens.
IEMANJÁ, Orixá da harmonia em família, é considerada a Rainha dos mares e a mãe dos Orixás. Veste-se de azul e branco ou verde claro, portando seu Abebê (espelho-leque)decorado com uma sereia ou uma concha. Seu dia é Sábado e sua saudação é "Odô iyá !" Seus filhos, são autoritários, persistentes, preocupados, responsáveis e decididos. Amigos, protetores, faladores e não suportam a solidão. As mulheres, se comportam como super mães. Quando a segurança dos filhos e da família está em jogo, são agressivos e até traiçoeiros.
NANÃ, é o Orixá feminino mais velho do Panteão. É a mãe de Oxumarê e Obaluaiê. Em sua mão traz seu cetro o Ibiri. Veste-se de lilás, branco e azul. É a protetora dos doentes desenganados. Seu dia é Terça-feira e sua saudação é "Salubá !" Seus filhos são conservadores e apegados às convenções. Calmos, mas às vezes tornan-se agressivos e guerreiros. As mães, são apegadas aos filhos e muito protetoras. Ciumentas e possessivas, exigem atenção e respeito. Não costumam ser muito alegres e não gostam de brincadeiras.
IBEJI, Orixás Gêmeos protetores das crianças e da família. Vestem-se de azul, rosa e verde. São representados por dois bonecos gêmeos ou duas cabacinhas. Seu dia é domingo e sua saudação é "Omi Beijada!" Embora possa ocorrer, são raros os filhos de Ibeji. Essa energia infantil, geralmente se manifesta com o orixá do iniciado. Mesmo sendo adulto, quando em "estado de erê", o iniciado torna-se brincalhão, irreverente, cheio de energia e aparenta ser mais joven. Adoram festas, música e dança.
OXALÁ, é considerado o Pai de todos os orixás. É o mais velho e o primeiro a ser criado. É responsável pela criação do mundo e dos seres humanos. É o Orixá dos inhames novos e da agricultura, que traz as chuvas e que fecunda os campos, Sua festa ligada ao início do ano agrícola costuma ser em agosto e setembro, e inclui a renovação da água do templo e a lavagem dos objetos de culto. Está associado à justiça e ao equilíbrio. É cultuado nas seguintes formas: Oxalufã = Oxalá Velho e Oxaguiã = Oxalá Moço.
OXALUFÃ é o Orixá da paz, veste-se de branco portando sempre seu apaxorô (cajado). É representado por uma pomba branca. Seu dia é Sexta-feira e sua saudação é "Eepaá babá !".
OXAGUIÃ é um Orixá valente e guerreiro, considerado filho de Oxalufã. Também veste-se de branco, dança com muita energia carregando uma "mão de pilão". Seu dia é Sexta-feira e sua saudação é "Exê êêê !
Os filhos de Oxalufã (oxalá velho), em geral são pessoas calmas e dignas de confiança. Dotados de grande sabedoria, estão sempre buscando os significados de tudo o que ocorre ao seu redor. Não cansam de estudar e buscar o conhecimento. Também são teimosos orgulhosos e inteligentes e com tendência à serem preguiçosos.
Os filhos de Oxaguiã (oxalá moço), são pessoas joviais e viris. Ativos, guerreiros, alegres e generosos. Não se deixam influenciar por opiniões alheias. São organizados e metódicos em seus ofícios e projetos. Trabalhadores incanssáveis e por essa razão, suscetíveis à crises de estresse.




quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ervas

As plantas tem a virtude de expelir todas as toxinas do nosso organismo, purificando-o e suprimindo a falta de certos elementos nutritivos. Não foi em vão que Deus criou a rica natureza com tão variada flora medicinal. E é nessa Natureza que o homem encontra seu equilíbrio energético.
* O instinto animal está sempre presente na natureza. Mesmo os irracionais recorrem às plantas por questão de sobrevivência. Alguns animais, sentindo-se perturbados, recorrem à planta certa para roê-la ou come-la, e assim curar seus males, sejam eles, fome ou doença.*
A finalidade dos banhos dentro da Umbanda é purificar, limpar e energizar.
Nos banhos são utilizadas ervas, as quais, já têm sua eficiência comprovada pela ciência e são largamente utilizadas em forma de medicamentos pela indústria farmacêutica e de manipulação.
Cada erva ou conjunto de ervas têm sua finalidade em relação a um ou mais tipos de problemas, doenças, e baixas energéticas.
Não basta tomar o banho.  Tem que se ter fé naquilo que se está fazendo, consciência de sua utilidade, finalidade e benesses.
Não se toma um banho de ervas somente por se tomar.  Deve haver um motivo e uma orientação. 
LEMBRE-SE, ANTES DE QUALQUER PROCEDIMENTO, AS ERVAS DEVEM SER BEM LAVADAS E SE NECESSÁRIO SECADAS. NÃO UTILIZE ERVAS QUE APRESENTEM MANCHAS OU QUE ESTEJAM DOENTES.
Deixe, sempre que possível, a água secar naturalmente. Assim, o seu corpo absorverá melhor as boas energias pelas plantas e ervas.
Os banhos são pura magia verde. Portanto, use e abuse do incrível poder das ervas e plantas mágicas.
Podemos então preparar um banho muito poderoso, usando as ervas e os ingredientes certos, aliados também ‘a credibilidade dada a todo o universo mágico das plantas.

* Identificação, Coleta e Armazenagem das Ervas:

Identificação: Tudo começa com a identificação correta das espécies que se deseja utilizar. Deve-se tomar cuidado com a confusão causada pelo excesso de nomes vulgares, populares ou regionais.
Coleta: Depois de saber qual planta será utilizada, há a necessidade de alguns cuidados na hora da colheita. Poderemos fazer uma coleta parcial(raiz, casca, semente, flor, folha, fruto) ou total (toda a planta). E ainda nunca esquecer de fazer as saudações necessárias (Ossae, Oxossi, Jurema), sempre com muito respeito.
Eis alguns cuidados para melhor uso das energias ou seva da planta:
Madeira , casca e raízes colher fora do tempo de crescimento e circulação da seiva, geralmente no inicio do inverno;
Raiz, casca, flor e semente proporcionalmente, são geralmente mais concentradas, portanto mais fortes do que as folhas e a madeira. Logo, devem ser usadas em menor quantidade;
As flores devem ser coletadas quando estiverem bem abertas;
As folhas ou plantas inteiras, devem ser coletadas no inicio da floração;
As sementes coletam-se depois de maduras e bem saudáveis, ou depôs que a planta estiver seca;
As plantas perfumadas devem ser coletadas no final da tarde;
Cascas, raízes e óleos coletam-se em período não chuvoso;
Os frutos carnudos e secos só serão colhidos depois de maduros;
Colher plantas adultas, limpas e saudáveis em locais limpos e sem contaminação;
Sempre colher pela manhã, após secar o orvalho, ou no final da tarde;
Colher em dias ensolarados para facilitar a secagem se necessário;
Folhas e flores colher na lua cheia;
Raízes na lua nova;
Sempre que for necessário secar isso deve ser feito a sombra e o local deve ser arejado.
Armazenagem: Sempre manter em local seco arejado e protegido das crianças e animais domésticos.

• PREPARAÇÃO:
1-Uso interno:
Chás - Fornecem substancias terapêuticas, hidratam, estimulam, desintoxicam, controlam a temperatura e auxiliam na digestão. São três tipos:
  -Chá em maceração:Mergulhar a erva em água (fervida ou filtrada), macerar, tapar bem o recipiente, deixar por horas, dias ou até semanas, depois coar e tomar.
Obs.: É pela maceração que se processam garrafadas e óleos medicinais.
Na maceração são extraídos os princípios ativos da planta, bem como sais minerais e vitaminas.
-Chá em infusão: Picar a erva, colocar num recipiente e derramar água fervente sobre elas. Tapar e deixar de 5 a 15 minutos, coar e tomar ainda quente.
-Chá em decocção: Picar a erva e acrescentar água fria, levar ao fogo por 5 a 10 minutos, coar e tomar ainda quente.

2-Uso externo:
Banhos - Todos nós temos ao redor do nosso corpo físico um campo eletromagnético, composto por corpos sutis, que se denomina aura. As auras das pessoas e dos lugares funcionam como antenas que recebem e enviam mensagens entre si, que são decodificadas através da nossa intuição.
Quando passamos por situações estranhas, energias desequilibradas se agregam à nossa aura e permanecem lá por muito tempo provocando doenças.
Quando tomamos um Banho de Ervas limpamos a nossa aura fazendo com que ela volte a funcionar normalmente e harmonizando os nossos chakras que são túneis por onde entram as energias no nosso corpo físico.
Cada planta tem características próprias que interagem com as nossas energias provocando as mudanças necessárias. As ervas podem limpar, energizar, melhorar nossa auto-estima, tirar nosso cansaço, etc...
-Banhos de ervas verdes: Quando usamos ervas verdes, estas devem ser maceradas na água e nunca fervidas pois a energia e o sumo obtido podem ser evaporados.
-Banhos de ervas secas: Devemos misturar em água fria e levar ao fogo até ferver para que com o calor se desprenda a vitalidade da planta.
Obs: Sempre que formos fazer um banho deve-se acender uma vela ao lado, para combinar as energias e assim atingirmos o nosso objetivo.

Alguns Banhos Específicos:

* Descarrego: quando nos sentimos muito irritados ou extremamente desanimados;
Banho: arruda, guiné, casca de alho.
* Abre caminho: quando queremos mudar alguma coisa na nossa vida;
Banho: Erva Abre caminho, levante, louro.
* Tirar mágoas: quando não conseguimos nos livrar de uma tristeza;
Banho: Folhas de colônia, Malva, Camomila            
* Fraqueza: quando nos sentimos sem forças;
Banho: Aniz estrelado, canela, erva doce
* Densidades acumuladas: quando sentimos dor nas costas;
Banho: Costela de Adão, Samambaia, sete sangrias
* Aumentar a auto-estima;
Banho: Dandá da Costa, Malva, Folha da Costa
* Prosperidade;
Banho: Alecrim, Eucalipto, Manjericão
*Defesa: proteção
Banho: Espada de São Jorge, Guiné, Alecrim do Campo
* Amor
Banho: Sementes de Emburana,, Canela em Pó, Pixuri

CURIOSIDADE:
Banhos: São vários os tipos e diversas são as funções que os banhos exercem em nosso organismo:
O trabalho da água fria: Quando a água fria toca a pele, os vasos periféricos se contraem, o coração retarda momentaneamente suas batidas e a pressão arterial aumenta. Em alguns segundos a pele se torna mais corada, baixa a pressão arterial e o coração acelera as suas batidas.
O trabalho da água quente: A pele fica sucessivamente pálida, e logo em seguida rosada, em virtude dos movimentos vasculares, graças aos quais, a pele pode desempenhar mais facilmente as suas funções, sendo que, entre elas... a eliminação das substâncias morbosas, pela freqüente transpiração.

A Purificação do Corpo

A purificação do corpo implica comportamento limpo, claro e aberto, dar carinho e servir aos outros,fazendo de nós um modelo a ser seguido. Significa não ir à busca do prazer e da gula, não falar palavras fúteis, desrespeitosas ou sobre os erros dos outros; não promover discórdias; mas sim, incentivar as pessoas a fazerem as coisas certas; falar palavras reconciliadoras; ser educado, amoroso, suave, delicado, afável e benevolente; não falar alto e grosseiramente. Implica, ainda, o consumo de alimentos depurativos do sangue e curativos e a superação de vícios e maus hábitos.
     Nos dias de trabalho estamos para Deus. Certos cuidados são exigidos: não ter relação sexual por pelo menos 24 horas antes; não ingerir bebida alcoólica e/ou outras drogas e substâncias prejudiciais à saúde, sejam elas legais ou ilegais; não ingerir carne de espécie alguma. A alimentação deve ser leve, pois refeições pesadas ou picantes demais trazem distúrbios orgânicos e energéticos que desvirtuam o trabalho do médium, interferem na concentração e despertam emoções mais densas.
     O excesso de alimentação produz odores desagradáveis pelos poros, pela saída dos pulmões e do estômago. O álcool e outras substâncias tóxicas conturbam os centros nervosos, entorpecendo a mente, anulando a percepção extra sensorial e alterando certas funções psíquicas. Também abrem o campo mediúnico às vibrações negativas e estimulam o emocional dos médiuns.
     Os procedimentos de resguardo visam desobstruir os pontos de captação de energias e afinizar a vibração do médium em seu padrão pessoal. Quanto mais puro em suas energias, mais facilmente o médium sintonizará, vibratoriamente, as irradiações dos orixás e isto, se feito continuamente, se expressará na saúde do médium, tornando-o menos suscetível às doenças.

A Purificação do Coração
     A purificação do coração, enquanto fonte da consciência do ser humano, ocorre com a preservação do pensamento limpo e sem defeito. Para isso, devemos desenvolver a sinceridade, o respeito, a humildade, a gratidão, a harmonia, o contentamento, a misericórdia, a compaixão, a abnegação e o perdão, no entanto sem aplacar o sentimento de revolta contra as injustiças e a miséria.
     Este mundo transitório da matéria deve ser entendido como uma dádiva, para podermos enxergar  nossa verdadeira dimensão e caminhar para a comunhão com a consciência divina. Em nossa prática do dia-a-dia, temos de ser, nós mesmos, uma fonte de luz.
     O ciclo reencarnacionista é uma das vias de evolução, sob a irradiação dos sagrados orixás, na qual todo e qualquer espírito tem a possibilidade de percorrer um caminho de infinito aperfeiçoamento, tanto no plano material quanto no plano espiritual.
     O sentido da vida está em ajudarmos no equilíbrio de nossos semelhantes. Aqueles que se tornaram conhecedores da Lei e já conquistaram seu equilíbrio buscam a essência do Criador nas coisas mais simples; sacrificam-se pelos semelhantes, sem nada esperar em troca; preocupam-se em não depredar a natureza; integram-se por inteiro ao ancestral místico, sabendo que tudo é parte do mesmo corpo de Olorum. O I Ching alerta para não se anular para servir ao outro, pois se diminuindo muito não se poderá prestar ou servir para nada.
     A nós, umbandistas, cabe purificar o nosso íntimo, renovar a religiosidade e a fé nos sagrados orixás, no nosso meio humano, sofrido e desencantado com tantas injustiças sociais e religiões comprometidas com esse estado de coisas. Temos que lidar, simultaneamente, com o nosso íntimo e com o nosso meio, sem nos dissociarmos de nada ou de ninguém à nossa volta. É fundamental que conquistemos os dons, as virtudes e a harmonia para o nosso planeta, retornando à simplicidade de cultuar Deus, de sermos responsáveis pela vida e auxiliares do nosso Divino Criador. Se essa for a prática cotidiana na vida do médium, torná-lo-á inacessível aos espíritos trevosos e às vibrações negativas.
    

OGUM


Ogum é a Lei ! É o equilíbrio entre a luz e as trevas e a defesa contra as forças destrutivas das trevas. Ogum luta para não deixar cair quem Ele está protegendo. É o guerreiro, o general destemido e estratégico, é aquele que veio para ser o vencedor das grandes batalhas, o desbravador que busca a evolução. Ogum é o que vem primeiro, o que está sempre à frente, um líder nato. Ele conhece e domina todos os caminhos, por isso nunca se perde e está sempre ajudando quando corretamente evocado. Diante disso, cultuar Ogum é vital para quem quer conseguir vencer as suas batalhas com força, coragem e determinação. Ogum é aquele que sempre está de “ronda” para proteger seus filhos, é a Lei e a Ordem Divinas.
Sincretizado com São Jorge, ou Santo Antônio na Bahia, é festejado no dia 23 de abril. Tem seu ponto de força nas estradas, caminhos, estradas de ferro e no meio das encruzilhadas. Seu símbolo é a espada e suas cores o vermelho e o azul escuro. É o Orixá do Ferro e o Senhor dos metais.
Quem é filho de Ogum não sofre demanda!
Oração à Ogum:
Andarei  nesse dia nessa noite
Com meu corpo cercado vigiado e protegido
Pelas as armas de Ogum.
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Ogum
Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem
Tendo mãos não me pegue e não me toquem
Tendo olhos não me enxerguem
E nem em pensamento eles possam ter para me fazerem mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão
Facas e lanças se quebrem se o meu corpo tocar
Cordas e correntes se arrebentem se ao meu corpo amarrar
Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Ogum.
Salve Ogum! Salve sua Lei e sua força, meu Pai!

Locais Sagrados da Umbanda

Na Umbanda existem "dogmas" 1 como em qualquer religião. Em cumprimento a esses dogmas e também aos rituais, existem aqueles que necessitam ser praticados fora do templo. Desta forma, é comum constatar que os umbandistas realizam alguns de seus trabalhos fora do ambiente dos templos.
Essa prática, cada dia mais comum, no entanto, tem transformado locais sagrados da Umbanda consagrados aos Guias, aos Orixás e a outras religiões, em verdadeiros depósitos de lixo. Isso porque alguns infelizes infiltrados em nosso meio, que se dizem umbandistas, ou então alguns irmãos umbandistas mal preparados, fanáticos e que normalmente não sabem o que fazem, levam às nossas praias, matas, cachoeiras, pedreiras, rios e lagos uma série de objetos, que muitas vezes nada têm em comum com os dogmas da Umbanda.
Esses locais de forte campo vibratório, consagrados ao plano astral da Umbanda e também a outras religiões, são a cada dia maculados, de forma que hoje é comum notarmos em nossas matas e nas cachoeiras matanças de animais. Quem pratica essas barbaridades não é o umbandista verdadeiro e sim o infeliz mistificador ou o ignorante mal preparado.
Essas pessoas, na realidade, não têm idéia do que estão fazendo no local, ao local e a elas mesmas. Desconhecem o valor sagrado, vibratório e espiritual desses locais.
As cachoeiras, que são domínios de Xangô, são de natureza vibratória limpa e condensam energias positivas, desta forma, não sintonizam com energias ou pensamentos negativos ou relacionados à magia negativa. Nos locais sagrados da Umbanda, a figura do elemento exú também está presente, mas apenas como guardião do local.  Quem ensina obrigações negativas nesses locais é o quimbandeiro, que procura destruir a todo custo a prática da magia positiva ou então é o louco vampirizado, que acredita ser umbandista, praticando coisas que julga corretas já que aprendeu essa conduta com outros mais errados do que ele. E esse homem mal preparado irá, no futuro, formar outros, talvez mais fanáticos do que ele mesmo.
O umbandista que desejar entrar em sintonia com seus Guias e Orixás não deve em hipótese alguma sujar esses locais consagrados. Se tiver que ir a uma cachoeira acender uma vela (desde que saiba o que está fazendo com ela) faça-o, mas faça-o de forma que não suje as pedras e se possível permaneça no local até que a vela se apague. Depois raspe-a e enterre os resíduos. Você com certeza se sentirá melhor.

As Árvores e a Umbanda

Certo dia, um jovem dissidente de nossa religião, dirigindo-se a mim, queixou-se:
- Pai Silvio, deixei de seguir a Umbanda por achá-la muito confusa. Não consegui entender o emaranhado de caminhos que me ofereceu, todos se apresentando como detentores da Verdade Máxima, como o único braço de Deus capaz de se estender a mim e salvaguardar-me dos sofrimentos, das angústias, das incertezas, das injustiças e com condições de ajudar-me a encontrar a prometida redenção, do lado de lá, quando eu vier a desencarnar. Afinal, por não saber distinguir qual deles representava a Realidade Inquestionável e a solução para todos os meus problemas, peguei meus apetrechos, minhas guias de firmeza, minhas roupas brancas e tudo o que havia ofertado aos meus protetores espirituais e orixás e despachei nas águas do mar. Não quero mais saber dessas coisas. É um tal de Umbanda de Raiz, Umbanda Branca, Umbanda Omolocô, Umbanda de Jurema, Umbanda Esotérica, Umbanda Cabalística, Umbanda Carismática, Umbanda Sagrada, Umbanda Traçada, Umbanda Iniciática, Umbanda Tradicional, Umbanda Mística, Umbanda isso..., Umbanda aquilo, arre! Não dá pra entender mais nada! Para mim, Umbanda tem que ser uma coisa só. Umbanda é Umbanda e nada mais! É assim que a defino.
Então, depois de ouvir, atentamente, seu desabafo, percebendo que o que lhe faltava era uma transparente orientação lhe expliquei:
- Em parte, você está coberto de razão. Umbanda é Umbanda, assim como as são, cada uma dessas segmentações que você acaba de descrever em tom de crítica e reprovação. Porém, não se pode dar àquilo que não estamos habilitados a compreender, interpretações errôneas e vazias. Tais Umbandas, não retratam um braço único do Criador, mas, incontáveis braços e mãos que o Construtor do Universo coloca à disposição de todos os que o procuram, seja lá por que caminho for. Lembre-se de Sua admirável capacidade de onipresença. Ele está, não somente nas Umbandas que você acaba de mencionar, mas em todos os lugares; do macro ao micro, das gigantescas galáxias às diminutas parcelas atômicas e não faz distinções entre os filhos de Sua criação e suas crenças. Particularmente, vejo a Umbanda como se fora uma esplendorosa árvore frutífera, pois, somente assim é possível clarear este entendimento.
- Agora então, Pai Silvio, complicou-se, de vez a minha compreensão a respeito deste assunto. – retrucou o rapaz, cheio de dúvidas e de avidez. – Que raios de analogia mais esquisita é essa que o senhor está usando como base para tentar me convencer!? - Não há nada de estranho ou excepcional em minha comparação. – afirmei. – Você nunca reparou na sapiência de que está dotada a Mãe Natureza? Nunca percebeu que suas opções jamais fogem a uma imutável Lei elaborada pelo Pai Onipotente? Ela não cria regras, apenas configura as coisas, de acordo com a situação e suas necessidades de sobrevivência. Assim, se um obstáculo surge à sua frente, não se torna estacionária ou se declara derrotada, contorna-o ou o sobrepõe atingindo o lado oposto para dar continuidade à sua caminhada e ao seu desenvolvimento e, dessa forma, como uma imbatível guerreira, tem-se mostrado vitoriosa na conquista de seus objetivos.
- Continuo não entendendo tal similitude! – declarou
- As árvores raciocinam? – perguntei-lhe.
- É lógico que não! – respondeu.
- E você, raciocina? – tornei.
- É evidente que sim. – disse-me.
- E qual dos dois tem se mostrado mais eficaz nos ajustes que devem ser feitos para o alcance do equilíbrio vital, o ser vegetal, que é irracional, ou você que nasceu com o dom da inteligência e com a capacidade do uso da razão para conhecer e julgar a relação das coisas, para deduzir, discorrer, pensar, refletir e considerar? – interpelei-o.
- Neste caso, acredito que tem sido a Natureza que, de acordo com o exposto, jamais desiste ou deserta da luta pelos seus propósitos, mesmo diante dos efeitos negativos e das intempéries que lhe tentam cercear o âmbito que lhe é salutar.
- Pois bem! – adverti-o ao mesmo tempo em que tentava lhe despertar os sentidos da percepção e da objetividade.
 – Você nunca se questionou, por que motivo as árvores jamais geram seus galhos todos voltados para um lado só?
- Não. – redargüiu ansioso para saber o desfeche de minha narrativa.
- Note – prossegui -, que se tal acontecesse, esses vegetais provocariam uma distorção nas regras físicas e na ordem do comedimento e, certamente, tombariam vencidos pelas Leis, do Peso e da Gravidade, fugindo à necessária estabilidade que lhes permite mostrar sua utilidade no reino do qual se ocupam. É por isso que os distribui de forma equânime, simétrica, ascendente e se mantém em freqüente crescimento, impulsionados pela natural força de renovação. Cada um desses galhos deve ser visto como as Umbandas que você não conseguiu atinar às verdadeiras finalidades. Todas essas ramificações fazem parte de um processo comum. Invariavelmente, por elas, virão também as flores e depois os frutos que nos alimentarão ou lhes darão a oportunidade de preservação de suas espécies através de selecionadas sementes que, certamente, gerarão. O que se diferencia é, tão somente, a capacidade produtiva de cada uma, ou seja, umas abundarão mais do que as outras, dependendo do seu preparo interior, mas, isso, acontecerá, exclusivamente, com aquelas que, por livre-escolha e esforço próprio se ajustarem para a obtenção de tal merecimento, enquanto que, as demais, apodrecerão e cairão por terra, a qual lhes dará nova destinação (provavelmente saciarão os pássaros, os insetos, ou virarão adubo), já que, no universo, tudo se transforma. Repare, meu irmão, que, apesar da variedade de sendas ofertadas, representadas por essas ramagens, todas irão produzir o mesmo fruto, uma vez que derivam de um mesmo tronco e são alimentadas pelas mesmas raízes, embora umas se voltem para o norte, outras o fazem para o sul, algumas se expandem para o rumo leste e as restantes para o oeste, mas, se você olhar para o seu conjunto, perceberá que todas elas exibem um crescimento direcionando-se para o alto.Assim se dá com a pluralidade umbandista, importando, antes, o lugar-comum entre elas existentes: o AMOR, a CARIDADE, a HARMONIA, a FRATERNIDADE, a EVOLUÇÃO ESPIRITUAL DOS SERES, A PAZ, e a mola propulsora desse conjunto, chamada: FÉ.
Depois de escutar minha explanação, compreendeu, o adolescente, a necessidade de tal diversidade e, ruborizado, com os olhos inundados de lágrimas e animado pela obtenção da nova visão respeitante à Sagrada Doutrina da qual houvera desertado, decidiu:
- Retornarei às fileiras da Umbanda. Pedirei “maleime” (perdão) a Zambi (Deus), aos Orixás, à Entidade Mentora do humilde templo do qual eu participava, aos meus Guias e Protetores Espirituais, ao meu respeitável Chefe-de-Terreiro e repararei meu ato impensado, pois, agora, compreendi que, um médium só se faz com paciência, perseverança, estudos, humildade, fidelidade e crença viva nas diretrizes almejadas. Entendi que, sem a junção das árvores não se constrói uma floresta, sem a sua ramagem a árvore é fraca; sem as suas raízes a árvore é morta, ou seja, sem este imenso conjunto de variedades que se convergem a um ideal comum, sustentado por um mesmo fundamento, a UMBANDA perderia sua expressão, sua beleza e seu poder. Já posso perceber, depois de suas palavras, o desanuviamento de minha cegueira, o surgimento de uma transparência, com especial brilho, oriundo desses caminhos, e capacitei-me a reconhecer que são dádivas celestiais a nos ofertar a oportunidade de abrirmos nossos corações para a verdadeira vida; aquela que se insere nas sementes produzidas por esses incomparáveis ELOS, impulsionados pela geratriz da força universal que se traduz, simplesmente, por: ESSÊNCIA DIVINA.

 Silvio Ferreira da Costa Mattos,



A Mediunidade Evolui?



Ramatís – Tanto quanto evolui o psiquismo do homem, pois ela é correlata com o seu progresso e a sua evolução espiritual. Mas é necessário distinguir que o padrão evolutivo da mediunidade não deve ser aferido pela produção mais ostensiva dos fenômenos incomuns do mundo material. Assim é que o médium de fenômenos físicos, embora possa produzir uma fenomenologia espetacular e surpreendente aos sentidos carnais, nem por isso sobrepõe-se ao médium altamente intuitivo, como fruto de elevado grau espiritual do homem. Enquanto os fenômenos físicos dependem fundamentalmente da maior ou menor cota de ectoplasma produzido pelo médium, a fim de permitir a materialização dos desencarnados no cenário físico, o médium intuitivo e de alto nível espiritual também é capaz de transmitir mensagens que ultrapassam a craveira comum da vida humana.
Embora não surpreenda nem satisfaça os sentidos físicos com suas comunicações de caráter puramente espiritual, ele pode traçar roteiros definitivos para o progresso sideral dos homens.
No primeiro caso, a mediunidade de fenômenos físicos se manifesta espetacular ao operar no mundo das formas, mas é acontecimento transitório que, embora a muitos convença da realidade espiritual, nem sempre os converte para o reino amoroso do Cristo. No caso da intuição pura e elevada, o ser descortina a realidade crística dos planos superiores, despreocupado de provar se a alma é imortal, pois “sente” em si mesmo que a sua ventura lhe acena além das formas perecíveis do mundo fenomênico da matéria.
A mediunidade de Francisco de Assis era para si mesmo a faculdade divina que o fazia vislumbrar a paisagem do mundo angélico de Jesus, sem necessidade de qualquer demonstração espetacular e fenomênica de materializações, levitações ou voz direta dos desencarnados. Em conseqüência, a mediunidade intuitiva, ou mais propriamente a “mediunidade espiritual”, é faculdade superior a qualquer outra mediunidade que ainda dependa da fenomenologia do mundo terreno e transitório, para então provar-se a realidade do espírito imortal.
Embora seja louvável a preocupação dos estudiosos do espiritismo com a maior produção de fenômenos mediúnicos destinados a convencer as criaturas sistematicamente incrédulas, a mais evolvida mediunidade ainda é a Intuição Pura, porque auxilia o homem a relacionar-se diretamente com a fonte real de sua origem divina.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Conhecendo mais um pouco

      VOCÊ SABE POR QUE OS PRETOS VELHOS TÊM EM SEUS NOMES UMA MISCELÂNEA DE PALAVRAS QUE ESTÃO LIGADAS TANTO À ORIGEM PORTUGUESA QUANTO A  AFRICANA, COMO MARIA CONGA E JOSÉ DE ANGOLA?
Porque na época da escravatura esses negros eram obrigados a aprender e praticar os dogmas de seus feitores, não somente em relação à religião, mas também eram obrigados a receber outro batismo e agora ganhar o nome de seus senhores, o que forçava-os a esquecerem suas origens. As crianças escravas também eram batizadas duas vezes, a primeira, ocultamente, na nação da qual pertenciam seus pais recebendo um nome de acordo com a seita (Angola, Congo, Moçambique, etc). A segunda vez, na pia batismal católica, era exigida pelos senhores e nesta a criança recebia o primeiro nome de seu senhor e em alguns casos recebia também um sobrenome que o relacionava à Fazenda onde nascera, por exemplo Antônio da Coroa Grande.
VOCÊ SABE O QUE É CAMPO MEDIÚNICO?
O campo mediúnico pode também ser chamado de Campo Eletromagnético e não deve ser confundido com a aura. Ele é responsável pela captação de energias Etéricas e pela ligação com o Plano Espiritual. Sua sede está no chacra coronário derramando-se em torno do corpo numa distância de 30 a 60 cm dele. Nesse campo mediúnico estão as ligações com o plano espiritual e energias etéricas, que podem ser boas ou ruins dependendo da condição mental do Ser. Isso significa que se a pessoa estiver mentalmente positiva essa energia se refletirá em seu campo mediúnico que automaticamente atrairá para si espíritos de energia positiva, agora se ela estiver negativada atrairá espíritos negativos. Isso não é mistério, é lei! É a famosa LEI DA AFINIDADE, tão mal compreendida pelas pessoas. Todas as pessoas, independente de mediunidade, têm esse Campo Mediúnico que muitas vezes está sobrecarregado de energias etéricas negativas refletindo no mental.
VOCÊ SABE DIFERENCIAR UM ASSENTAMENTO DE UMA FIRMEZA?
ASSENTAMENTO é a Força do Orixá trazida para dentro do Terreiro e que deverá estar iluminada e ser alimentada constantemente tornando-se um Ponto de Força Divino captador e emissor de energias.
FIRMEZA é a emissão das irradiações do Guia ou do Orixá somente no momento em que se ilumina o ponto firmado. É aquela vela que acendemos com um propósito bem definido, como para imantar um objeto ou solicitar proteção durante algum trabalho.

Responsabilidades

Muitas pessoas acreditam que o Guia Espiritual tem o dever de tudo saber e tudo fazer, ficando o médium isento de responsabilidades e cuidado. Pura Ignorância! É claro que os Guias tudo sabem e nós temos muito que aprender com eles. Sabem de nossos erros, de nossas preguiças, de nossa vaidade e de nosso egoísmo, sabem que muitas vezes, médiuns sustentados por esses sentimentos viciados simplesmente “decidem” abrir sua casa desconhecendo a seriedade e as suas próprias responsabilidades diante deste ato. Abrir um Centro não é só incorporar e colocar tudo na mão do Guia Espiritual. Existem obrigações, assentamentos e firmezas, fundamentos estes que devem ser cumpridos pelo médium e não pelo Guia. Afinal um Centro Espírita é o local identificado por todo o plano espiritual como sendo um ponto de troca, de recarga, de cura e de encaminhamento. E esse local não funciona somente no dia e hora da gira, mas sim continuamente como um Centro de Reabilitação entre o embaixo e o alto. É como se encontrássemos em um mesmo local o delegado e seus policiais; o juiz e seus promotores; o médico e sua equipe; o professor e seus estagiários, encaminhando cada espírito, 24 horas por dia todos os dias.
Diante de toda essa grandeza o local deve ter sua proteção com campos de irradiações específicas e pontos de descargas energéticas para que nada fique acumulado no ambiente e nas pessoas. Preparações essas que devem ser realizadas com conhecimento e não com achismos. Também não encontramos esses ensinamentos na internet ou nos livros, mas na nossa ancestralidade, no conhecimento de Pais e Mães Espirituais, verdadeiros zeladores de Orixás (aqueles que cuidam, conhecem e zelam pelo Orixá).
Infelizmente vemos hoje pessoas trabalhando em suas casas ou em seus escritórios terapêuticos sem nem mesmo saber diferenciar um assentamento de uma firmeza, não sabendo nem realizar uma obrigação ou simplesmente não sabendo diferenciar ou até preparar um banho de fixação, de proteção, de energização ou de descarrego sobrecarregando a casa, o escritório, o médium e toda a família. Médiuns não preparados vão criando um Centro de ações nocivas e com o passar do tempo o próprio médium culpa, julga e menospreza a Umbanda e os Guias Espirituais, esquecendo que a sua ignorância e a sua vaidade foram as causadoras do negativismo em sua vida. Pura Irresponsabilidade! Não é o médium quem decide a abertura de um Centro, mas o Guia Espiritual e essa determinação
vem do Alto. Afinal, só nos é permitida a evolução quando nos tornamos capacitados e responsáveis pelos nossos atos.

Mediunidade de Incorporação

No mecanismo da mediunidade de incorporação, o espírito do médium afasta-se momentaneamente do corpo durante a comunicação de seu Guia.
É consciente quando o Guia atua apenas sobre o cérebro do médium, que por sua vez recebe os pensamentos da entidade e os transmite muitas vezes com as próprias palavras. Em razão desse fenômeno, muitos médiuns principiantes, acham que as mensagens transmitidas, são seus próprios pensamentos. A falta de confiança é um sério motivo de inibição ao desenvolvimento desse tipo de mediunidade. O médium nessa situação, normalmente aumenta muito a sua sensibilidade e passa com o tempo a notar (quando se entrega totalmente) movimentos dos braços, das pernas e da boca sem a sua interferência. A consciência é mediunidade de prova e testa constantemente a fé de um médium em relação a sua missão. Se for um bom médium (bom médium é aquele que é dedicado a sua missão) não dará importância a esse fenômeno e seguirá com a sua missão até o final sem tropeços.
É semiconsciente quando o Guia atua sobre o cérebro e o duplo etérico e movimenta os órgãos da fala e os membros do médium, mas o médium tem ainda em grande parte a consciência do que ocorre a sua volta já que percebe em grande parte as mensagens que lhe chagam ao cérebro.
 É inconsciente quando o Guia atua de forma ampla sobre o espírito, o cérebro e o duplo etérico do médium, ocasião em que o médium adormece, mas permanece ao lado do seu corpo.
Na aproximação do Guia que tenta fazer as ligações necessárias entre ele e o médium, são comuns os tremores do corpo e o aumento forte da respiração do médium, esse fato ocorre devido ao deslocamento sutil do duplo etérico do médium. As ligações de um Guia ao corpo astral de seu médium, são complexas e difíceis de explicar e exige do Guia, também grande aprendizado. Por esse motivo, os sofredores necessitam do auxilio de um Guia ou protetor para poderem se comunicar, ocasião em que o Guia faz as ligações entre o espírito comunicante e o médium.
Mas o importante é comparecer aos trabalhos nos dias combinados e fazermos a nossa parte, de resto, nada mais é importante nesse assunto.
Compreenda que se um médium não é inconsciente, mas diz que é, ele mente. Se alguém mente, é porque esse alguém esconde alguma coisa ou fantasia alguma coisa em sua mente, desta forma, até que fique provado que um médium é realmente o que diz ser, deve-se desconfiar sempre dele, principalmente os que se dizem totalmente inconscientes.
Sempre desconfie, porque, pelo que transmito  aqui,  essa faculdade  não  é comum. Não esqueça, se alguém mente...
Médiuns videntes
Desconfie sempre também, daqueles que se dizem VIDENTES.
A vidência momentânea é comum e a maioria das pessoas a possui, porém, a vidência total, na qual algumas pessoas dizem ver espíritos, não é somente rara, é excepcional, sendo necessário ao médium com essa qualidade possuir elevado padrão moral.
Vale ressaltar mais uma vez, que o importante é a certeza do dever cumprido, não importando o tipo da mediunidade ou sua classificação. Importante é o médium comparecer aos trabalhos e trabalhar  para  ajudar seu próximo. Muitos médiuns são conscientes, desde o início até o final de sua missão, e são bons médiuns. São médiuns firmes e corretos nos quais podemos confiar, e são médiuns felizes, que conscientes e convictos de sua missão e merecimento, cumprem o seu dever. Se este é ou vier a ser o seu caso, SEJA FIRME em seus atos, pensamentos e atitudes.
Caso verídico
Certa vez quando ainda era muito jovem e no início do meu desenvolvimento, visitei certa tarde um terreiro muito estranho. Uma pessoa havia feito um comentário para minha Mãe de Santo sobre o local e eu muito curioso como sempre, fui até lá.
Quando entrei no local, não vi nada de anormal, lá estava o altar, o espaço reservado para assistência, etc. Nesse local a Mãe de Santo não incorporava e simplesmente ordenava os trabalhos e essa mulher se dizia “médium vidente”.
A mulher dizia a todo instante que estava vendo caboclo fulano e o caboclo cicrano... Em dado momento olhou para mim e veio conversar. A princípio me deixou feliz, dizendo que estava vendo o meu Guia ao meu lado e em seguida me deixou triste ao fazer o seguinte relato:
A sua vida meu filho está toda atrapalhada (o que não era verdade) porque estou vendo que você teve um relacionamento com uma mulher casada e essa mulher lhe fez um trabalhinho que o está atrapalhando (o que também era mentira).
Levantei e sem dizer nada e fui embora. Eu nunca tinha tido tal relacionamento o que indicava claramente que a mulher mentia e não tinha vidência alguma. Qual era então o objetivo daquela mulher?
Eu lhe digo, ela queria o meu dinheiro. Se ela tivesse conseguido me acuar psicologicamente sob a alegação de trabalho feito, iria pedir dinheiro para quebrar o trabalho. Na porta desse local, no entanto, lá estava a placa com o nome Umbanda.
Que existem médiuns videntes não há dúvidas e eles são muito úteis em qualquer trabalho espiritual. Agora seja sempre como eu, seja como São Tomé (1), antes tenha certeza do que ouve desses médiuns. Na dúvida fique longe deles, porque o objetivo é sempre um só, extorquir o dinheiro do próximo ou tirar algum proveito de alguma situação que o interessa.



CENTRO ESPÍRITA ORIXALÁ - 5º

É um Terreiro que começou devagar, atendendo a um Filho a outro, e quando vimos já tínhamos uma equipe.
É uma equipe homogênea, que estuda, trabalha para os mesmos fins – A CARIDADE e o AMOR AO PRÒXIMO – nossa META.Muitas coisas ainda irão serem feitas. EM BREVE.
Nosso Terreiro se assim posso chamá-lo, porque é o quintal de uma casa, mas todos que ali vão, são muito bem vindos e tratados com muito carinho, suavizando assim seus problemas e suas dores, por isso é o Nosso Terreiro e de quem vier.
Estudamos muitos livros inclusive O Livro dos Espíritos e a Umbanda, vários autores.
“Somos a Umbanda Branca” -
aquela que mostra o Espiritismo num geral, unindo Kardecismo – mesa branca – com a Umbanda – comunicação dos mensageiros de luz.
O primeiro Centro Espírita Orixalá – foi fundado em Vila Velha, Espírito Santo. Hoje, existem mais quatro: Colatina, Linhares, São Mateus todos no Espírito Santo e o nosso que já está em nosso coração há quase trinta anos e que no ano de 2007, nasceu em Atafona, município de São João da Barra o único no Estado do Rio de Janeiro.
O Centro Espírita Orixalá tem como Mentor o Caboclo Ubiratan; sua missão é despertar e desenvolver a Espiritualidade de seus adeptos através da fé e do conhecimento gradual das Leis Cármicas, além de preparar o corpo Mediúnico para a prática da Caridade pura.
Muito Axé!